No dia seguinte um guarda arrastou-me até mais uma festa. Mas quando chegamos não foi um baile que encontrei, mas a sala do trono, olhei para cima na direção do enorme assento forjado a predra negra e cranios, Zelda ergue-se diante dele. Vários súbditos estavam no espaço, como se um baile tivesse sido interrompido a meio. Sombras envolviam a sala, iluminada pelo fogo de várias candeias. Guardas arrastaram um homem até ela. Senti a tensão entre todos os presentes.
"Traz o traidor até mim!", os guardas arrastaram-no até ela, segurando o homem, nobre, por cada um dos braços. Um soldado, percebi. Arregalei os olhos, horrorizada. O que se passava ali?
O homem estava vermelho e suor escorria-lhe do rosto. Era fácil perceber que as mãs lhe tremiam ao segurar a espada. Estava tão concentrada que não me apercebi de um guarda vir na minha direção. Um arrepiu percorreu-me quando os seus olhos cairam sobre o meu peito, exposto pelo sutia transparente. O meu rosto ficou muito pálido e as minhas mãos tremeram quando percebi que estava sozinha, retirada da multidão.
Uma mão nas minhas costas fez-me saltar. Virei-me, pronta a atirar em alguém. O principe. A sua mão segurour-me firmemente como que assegurando-me da sua presença.
Soltei o ar que respirava. O sangue retornou ao meu rosto, o corpo de Marchal deu-me a estabilidade para recuperar do subito disparo de adranalina, apenas para sentir os meus nervos acenderem-se mais uma vez onde a sua mão percorria as minahs costas nuas. Mal podia respirar... Não me orgulhei de me aproximar do seu tronco, de me deixar envolver pelo seu braço musculado... quando os olhos do nobre me olhavam intrigado, deslizando do meu peito até ao me rosto, como que absorvendo o meu semblante nas suas memorias. Estremeci. Marchal apertou o seu braço em meu redor e com uma vénia na direção do principe, foi-se embora.
"Apenas fica perto e fica calada", disse com um olhar de comando, "fica na margem da multidão."
O príncipe abriu caminho por entre da multidão aproximando-se da princesa.
Eu não me podia mover, paralelizada pelo medo que me envolvia.
"Parece que tinhamos um traidor entre nós, Marchal! Este pequeno nobre, Frod! Apanharam-no a fugir à instantes, acreditas? A fugir pela prisão! A libertar criminosos!", a gargalhada de Zelda ecoou pela paredes de pedra fazendo-me estremecer.
Marchal permaneceu imapssivo, o seu olhar cruel na direção da princesa e depois do homem de cabeça vergada entre os dois soldados.
"Diz-me.. traidor. Quem foram os teus cumplices! Sim.. porque eu não acredito que tivesses conseguido passar por um forte cheio de guardas sozinho!", a fala melodiosa de Zelda fez-me arrepiar. Subitamente um murmurinho surgiu.
Cumplices? Haviam cumplices.
E então a compreensão atingiu-me como uma pontada. Apesar de nao reconhecer o nobre, sabia que só podia ser um soldado de Cron. Os meus olhos abriram-se em alarme. Mas o homem continuou sem responder.
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Philcrocks - Primeiro rascunho (Concluído)
FantasyLara, uma feiticeira que odeia magia, deve abraçar os seus poderes na Academia de Guardiões de Philcrocks e aliar-se ao seu maior inimigo, o príncipe Marchal, para vingar a morte do seu irmão. * Lara luta todos os dias para manter a magia na sua vid...