Sentiram saudades de mim? Juro que não via a hora de aparecer aqui novamente, e então hoje a história é um pouco mais picante eu diria, mas nada que vocês não gostam, não é mesmo?
Como algumas de vocês já sabem, eu sou bem atraente, não é que eu me ache, eu só sou. E como consequência disso recebo vários elogios, mas nenhum deles me atrai principalmente aqueles vindos de homens, mas quando muda de gênero, ah sou capaz de retribuir com dez, desde o mais amável ao mais pervertido, ultimamente ando sem vergonha, se tenho uma coisa que adoro usar é a minha cara de pau, principalmente para deixar uma mulher tentada a experimentar coisas novas, no caso, eu. Quem nunca quis uma hétero? Eu sempre. Mas vamos ao conteúdo.
Em um dia bem comum, estava eu morrendo de cansaço depois de trabalhar o dia inteiro e ainda ter que voltar para casa de transporte público, o que era ainda mais desgastante ainda. Assim que cheguei em casa, recebi uma ligação, quando vi no visor "Bruna" fiquei na dúvida se deveria atender ou não, porém mesmo com um pouco de receio, atendi.
-Oi? Bruna?-Perguntei desconfiada.
-Sou eu. Como vai?
-Bem, por quê?
-Por nada, queria te convidar para ir à festa de um amigo.
"Logo eu, porque ela não convida à namorada?" pensei comigo mesma. Já que não estávamos tão bem depois de tudo o que aconteceu. Basicamente nós afastamos, porém Bruna nunca me disse o motivo e eu não quis saber e muito menos perguntar sobre.
-Tudo bem, quando é?
-Hoje, te busco as sete, pode ser?
Concordei e então nós despedimos, desliguei o telefone com um frio na barriga, afinal o que ela queria?! Mas prometi para mim mesma que se ela não estivesse solteira não iria rolar nem mesmo um beijo. E então fui me arrumar, como eu havia cometido a gafe em não perguntar para Bruna que tipo de festa era demorei longos minutos escolhendo e experimentando alguns modelos diferentes de roupas, optei por um vestido vermelho, marcava minha cintura e a saia era rodada levemente, deixou meus seios comprimidos e avantajado e por fim um belo decote, nada extravagante, mas que ao meu ver ficou bem interessante e sexy, não só ao meu ver mas para quem quisesse olhar também, afinal, quem não gosta de ver um colo e parte dos seios amostra? Eu adoro.
Logo terminei de me arrumar; torcendo para que não tivesse errado no look, já que aquela roupa não cairia bem em qualquer tipo de festa. Conclui isso assim que me vi no espelho. Fui interrompida com batidas na porta, era mamãe.
-Minha filha, sua amiga está lhe chamando. - Falou e então peguei minha bolsa rapidamente e fui ao encontro de Bruna já que estava passando da hora em que havíamos combinado.
-Você está...- Ela me olhou de cima abaixo com os olhos brilhando, pude notar que havia despertado algo nela, tanto que ela mal conseguiu completar a frase.
-Estou? - insisti esperando uma resposta.
-Linda - respondeu ela, toda tímida, era estranho tal situação estar acontecendo conosco, depois de tudo que havia acontecido na viagem, era como se nunca tivéssemos tido intimidade suficiente para elogios sem causar nenhum constrangimento.
-Vamos? -Falei na tentativa de acabar com o gelo que havia ficado após seu elogio.
-Vamos. -Confirmou sorridente.
-Mãe. Pai, estou indo sem hora para voltar - Falei na brincadeira.
-Nada disso Manoela. Não vai demorar , quero você aqui cedo. - Disse meu pai enquanto não tirava os olhos da TV. Estava passando jogo de futebol, e quando se tratava do seu time, ele se quer desviava a atenção.
-Claro que não irei. Qualquer coisa ligo.- Saí antes que pudesse ouvir algum recado ou acato que eles insistiam em dar.
-Acha que estou bem? Fiquei em dúvida quanto ao que vestir já que você não me falou nada sobre o que era a festa. - Perguntei receosa.
-Não se preocupe. Você está maravilhosa- Respondeu Bruna sorrindo, aquele sorriso que eu tanto admirava e já estava quase me esquecendo de que ela tinha.
Fomos para a tal festa, no carro só estávamos nós e era estranho, pois parecíamos duas desconhecidas, eu me sentia desconfortável com isso, já ela não sei, não fiz questão de perguntar, de interromper o silêncio que tanto nós separávamos, fiquei ali admirando a paisagem e mentalizando para que algo de bom pudesse acontecer naquela festa, era tudo que eu precisava.
-Só hoje. -Acabei murmurando a ponto de Bruna me escutar.
-O que? Disse alguma coisa?
-Não, desculpe, estava pensando em voz alta- tentei disfarçar. Então, Bruna ligou o som, ficamos escutando música durante o caminho, o que era mais agradável do que o silêncio.
-Chegamos.
-Uau- foi a única coisa que consegui dizer, nunca tinha visto uma mansão de perto, o condomínio por si só já era luxuoso, as outras casas também, fiquei maravilhada com aquilo tudo.
-Linda não é? -Disse Bruna ao me ver deslumbrada.
-Linda é pouco. Isso é incrível. Mas me diga uma coisa, essa festa é de quem?
-É aniversário de um amigo, nós conhecemos há bastante tempo. -Disse Bruna.
Assenti e sorri com a balançando a cabeça, logo entramos, era uma casa enorme, só um cômodo era o tamanho da minha casa inteira praticamente, cada detalhe era luxuoso e lindo, claro. De repente Bruna e eu fomos recebidas por um homem alto, com o corpo atlético e de terno e que aparentava uma elegância nata.
-Que honra, que maravilha que veio, e quem é essa bela moça? -Falou ele se aproximando e cumprimentando Bruna.
-Essa é...
-Manoela, prazer- Falei interrompendo minha amiga e então estendi a mão e o cumprimentei de maneira simpática, ele fora bastante educado, nós encaramos por alguns segundos. Quando chegou uma mulher interrompendo tal troca de olhares, já que ela fez questão de colar ao seu lado.
-Prazer, Gustavo. -Finalizou com um sorriso.
-Não vai me apresentar meu amor? -Disse a mulher que o acompanhava.
-Essa é Bruna, uma grande amiga e parceira de negócios e essa é a amiga dela, Manoela.
Cumprimentamos com dois beijos no rosto, e foi impossível não notar o quanto a mulher em questão era atraente. Também foi impossível não sentir seu perfume que impregnaram em minhas narinas, aquilo fora combustível suficiente para não tirar os olhos dela e fazer questão de encara-la de maneira quase que descarada.
-Vamos?- Convidou Gustavo para adentrarmos pela casa que não estava cheia e muito menos vazia, porém parada, faltava animação que eu adorava quando ia a uma dita festa, ao chegarmos à sala sentei no sofá, ele e Bruna foram para outro lugar levando de brinde a esposa, se é que era, visto que não desgrudava dele, e eu só ria com a situação.
Pensei o quanto aquela mulher parecia ciumenta e possessiva, sem deixar de reparar em suas belas costas assim que eles se viraram. Ela usava um vestido preto, básico eu diria, que realçava seu batom vermelho e seus belos olhos escuros, era uma pena ela ser casada, se não fosse, bem que eu poderia investir, imaginei ao ficar olhando ela se distanciar.
-Bebida? - ofereceu o garçom, e claro que aceitei, nunca vi uma festa tão chata como aquela, se é que poderíamos chamar de festa.
Fiquei ali, sozinha tomando alguns goles de vinho, a maioria das pessoas estavam do lado de fora, e é pra lá que pensei em ir. Porém não antes de ir ao banheiro, já que estava me segurando para não ir antes.
Subi as escadas imaginando que na parte superior haveria um banheiro, porém assim que cheguei me deparei com um ambiente enorme e com um extenso corredor, eram tantas portas que seria fácil ficar perdida.
Por puro intuito conclui que o banheiro fosse a última porta seguindo reto, e foi pra lá que me dirigi caminhando lentamente, atenta para ver se havia mais alguém ali, porém estava tudo silencioso. Assim que cheguei, abri a porta sem ao menos bater, e me arrependi logo em seguida.
-Oh meu Deus. Me perdoe. -Fechei rapidamente e apressei para descer as escadas, quando pude escutar a moça enrolada ao lençol me chamando.
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ManuJade ~ versão antiga!
RomanceQue tal conhecer as histórias de Manoela, mais conhecida como Manu e Jade? Elas são duas amigas que irão compartilhar suas histórias eróticas ou não com diferentes mulheres. O público algo é Mulheres lésbicas ou bi. São histórias lésbicas.