-O que é isso? -Me perguntou de maneira doce.
-acho que infelizmente teremos companhia
-Minha roupa -Disse ela apavorada saindo de onde estávamos, mas logo recuou já que avistou o pessoal mais perto do que poderia imaginar.
-Não se preocupe. Eu pego- tentei tranquiliza-la mergulhando indo em direção as roupas.
-Rápido. Por favor. -Escutei sua voz aflita.
Por mais rápida que eu tentasse ir, não adiantou muito visto que as crianças já estavam por ali e os adultos se aproximando cada vez mais de onde estávamos. Assim que peguei as vestimentas de Elisa notei tanto que Ana e sua namorada me olharam e eu apenas me virei e voltei para encontrar elisa. Assim que saímos do lugarzinho onde estávamos pude perceber os olhares de algumas pessoas em nossa direção inclusive de Ana e sua namorada, mas tentei ignorar o máximo que pude, apesar do constrangimento que instaurou ali.
-Quer sanduíche? -Perguntou Elisa de maneira carinhosa.
-aceito. -Respondi simpática e então a observei se distanciar.
-Foi bom fazer sexo na água? -Perguntou Ana me fazendo deixar o copo de água que eu segurava cair. Ela então o pegou e me entregou enquanto me encarava, seu olhar era capaz de me dizer muitas coisa sem ao menos precisar falar. Como não soube exatamente o que responder, optei pelo silêncio.
- Você é... -Iniciou dizendo e pelo tom de sua voz era como se fosse me xingar, mas acabou que ao notar Elisa se aproximando, logo ela foi embora ignorando totalmente sua aproximação e presença visto que a ignorou mesmo passando ao seu lado.- Posso te perguntar uma coisa. -Perguntou ela ao me entregar o sanduíche e eu apenas balancei a cabeça afirmando que sim.
- Você e a Ana já tiveram alguma coisa?
Balancei a cabeça positivamente e em seguida complementei.
-Já sim. É passado.
-Tem certeza que é passado? Por que acho que vocês ainda se gostam.
-Como assim?
-Eu notei a troca de olhares entre vocês. Todo mundo já notou.
-Claro que não. Não é nada demais. –Recuei.-Como não? Logo após a namorada dela falar com você, elas começaram a discutir quando você saiu. Por favor, só me fala a verdade.
-Com todo respeito que tenho por você, nós ficamos juntas hoje e eu amei. Mas isso não te dar o direito de ser tão invasiva.
-Desculpe. Ela também é minha chefe. Não quero que ela me odeie por ter ficado com você.
-Isso jamais aconteceria. –Falei tentando amenizar o clima. Elisa sorriu e concordou. Finalizei meu sanduíche e pulei de volta na água, dessa vez fiquei brincando com as crianças me esforçando ao máximo para não procurar por Ana e sua namorada.
Brincamos durante toda a tarde e quando o sol começou a baixar todos decidiram ir embora já que teríamos que caminhar consideravelmente até chegarmos ao lugar em que iríamos dormir.
-Você não vem? -Quis saber Elisa.
-Vou sim. Daqui a pouco. –Elisa sorriu e fora embora. E era tudo que eu queria, apesar de ter adorado o que havia acontecido entre nós, me relacionar ou apegar a ela estava fora de questão principalmente sabendo que trabalhávamos juntas e tudo poderia mudar na próxima semana de trabalho.Completamente sozinha em meio as arvores e a cachoeira escutei alguns barulhos vindo de um lugar próximo aonde eu estava, apesar do medo pequeno que senti fiquei atenta e torcendo para que não fosse nada demais, não precisei de dar muitos passos, e logo a frente pude ver Ana fazendo um oral daqueles em sua namorada que estava encostada na pedra. Ver aquela cena me deixou com enjoo e ódio. Ódio por sentir algo por ela e saber que ela não passava de uma bela mentirosa.
Saí dali antes de ver como terminaria o que estava acontecendo entre as duas. Fui embora seguindo a trilha no qual havia vindo antes.
Depois de caminhar dez minutos e notar que talvez estivesse perdida me veio um medo repentino já que a noite estava prestes a chegar.
No decorrer de meus passos, fui pega de surpresa ao pisar em cima de uma cobra, foi inevitável não gritar e cair no chão. Nisso para a minha surpresa nada boa avistei Ana vindo até mim.
-O que faz aqui? -Disse ela se aproximando.
-Eu acabei de pisar em uma cobra. Aqui deve ter um monte. -Falei.
-Isso é óbvio. Estamos no meio da mata. -Retrucou ela.
-Se machucou? –Perguntou preocupada.
-Não. Apenas me assustei. Por que está aqui?
-Acho que me perdi.
-Se perdeu da namorada? Que estranho.
-Você viu as trilhas? Acabei me perdendo.
-Que azar o seu. -Completei.
-Não acho. Pelo menos te encontrei. -Disse ela me fitando.
-Eu já fui por aí. Então é melhor irmos por aqui -Falei dando-lhe as costas e então ela me seguiu.
Ficamos em silêncio durante uns cinco minutos de caminhada até chegarmos em mais um fim de trilha e ter que escolher entre três caminhos diferentes.
-Acha melhor cada uma ir por uma? -Perguntei.
-Nem pensar. Acho que você não quer ficar sozinha em uma mata.
-Entre está sozinha no meio do mato ou está sozinha com você, juro que considero a primeira opção como melhor. -Falei enquanto nós encarávamos.
-Entendi. -Disse Ana escolhendo a entrada que ficava no meio.
-Entendeu? Às vezes me pergunto se você entende alguma coisa -Falei gritando já que ela havia ido sem se quer me esperar.
-E o que eu deveria entender. -Falou voltando e vindo em minha direção.
-Esquece.-Você quer que eu advinhe? -Disse.
Eu continuei caminhando e tentando ir o mais rápido que podia já que ficar no mesmo ambiente não me fazia nada bem.-Eu deveria entender que você me ama, porém se recusa a ficar comigo. É isso Jade?
-E eu não disse que te amava. -retruquei.
-Disse. Disse sim.
-Eu nunca falei que te amava Ana. -Parei e a encarei.
-Falou sim. Duas vezes bem no meu ouvido quando estava prestes a gozar pra mim. Disparou olhando no fundo dos meus olhos enquanto se aproximava. Ficamos rente uma na outra e por pouco nossos lábios não se tocaram.
-Por que não fica comigo? -Perguntou ela enquanto me encarava. E eu sorri, não de alegria e muito menos por simpatia. Sorri de ódio e raiva que eu estava dela.-Por favor. Só me fala porque não.
-É sério que você não faz ideia? Primeiro você me engana e me faz me sentir um lixo perto da minha prima. Depois me faz acreditar que eu sou importante pra você mesmo tendo uma namorada. Vocês duas acabaram de transar bem ali. Como você quer que eu me sinta? Como você quer que eu me entregue a você?Nisso Ana apenas me beijou, aliás; tentou me beijar já que a empurrei de maneira ríspida fazendo-a desiquilibrar e cair no barranco íngreme.
-Meu Deus. Ana!!!! -gritei assim que a vi cair. Imediatamente fui descendo também segurando com as mãos no chão e torcendo para não cair juntamente com ela.
-Ana!!!! Ana!!!! Você está bem? –perguntei, mas nada ouvi.
Continuei descendo o mais rápido que pude.
-Ana!!! Por favor. Me responde. Ana!!! -Fiquei chamando-a desesperadamente
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ManuJade ~ versão antiga!
RomansaQue tal conhecer as histórias de Manoela, mais conhecida como Manu e Jade? Elas são duas amigas que irão compartilhar suas histórias eróticas ou não com diferentes mulheres. O público algo é Mulheres lésbicas ou bi. São histórias lésbicas.