ManuJade ~ versão antiga!

Minha amiga 1

Olá minhas delícias. Como estão vocês? Eu estou maravilhosamente bem. Esta história que vou contar foi da primeira vez que fiquei com uma mulher. Confesso que foi uma primeira vez inesquecível.

Meu nome é Manoela, mais conhecida como Manu, inclusive prefiro que me chamem assim. Sou heterossexual, pelo menos achei que era até acontecer uma coisa curiosa no qual me despertou uma vontade que até então eu não tinha tido antes. Sou uma menina atraente, sempre recebi elogios por minha beleza, mas nunca dei confiança para nenhum dos rapazes que me elogiavam, já que tinha namorado e era claro que eu respeitava bastante nosso relacionamento.

Só que terminamos. Exatamente, ele virou ex. Terminei depois de descobrir uma traição, confesso que fiquei muito triste apesar de já está desconfiada a mais o menos três meses de que ele era mesmo um cafajeste. Nesse período me fiz de cega. Quis me fazer de cega já que era uma idiota apaixonada por ele. Ao menos consegui me desencantar um pouco nesse período até que finalmente tive coragem de terminar. Pelo menos assim sofri menos do que eu esperava, mas mesmo assim ainda estava triste com nosso término.
Depois de voltar do meu trabalho, liguei para minha amiga, Bruna. Ela me convidou para ir a seu apartamento e como eu estava a fim de desabafar e conversar com alguém não pensei duas vezes e aceitei, me vesti o mais depressa possível, apenas uma blusa branca e calça jeans, nada muito produzida, fui bem básica mesmo. Ela já estava acostumada a me ver assim nesses últimos meses em que me descuidei um pouco já que fiquei abalada pelo fim do meu namoro.
Bruna sempre foi carinhosa e amiga, uma companheira e tanto nas baladas, não erámos do tipo melhores amigas, mas sempre que uma precisava da outra podíamos contar ou ligar sem problema algum. Ao chegar a seu prédio, logo me deixaram entrar. Assim que ela abriu a porta meus olhos brilharam ao vê-la completamente linda. Geralmente ela se produzia assim só quando íamos sair. Ela é uma mulher loira, cabelos médios e de sorriso encantador, juro que sempre admirei aquele sorriso.
-Como você está linda- Falei espontânea.
Ela sorriu e em seguida me convidou para entrar. Segurou minha mão e estava com um sorriso estampado na cara que até desconfiei o porquê de tanta alegria. Ela me puxou para dentro do apartamento até irmos à sala.
- Por que me chamou para vir aqui. Já que você vai sair? -Perguntei.

- Porque você vai comigo. -Falou me olhando com precisão.

- Bem que eu queria. Mas não dá, estou completamente desanimada pra festas ou qualquer coisa do tipo.

- Eu sei que prometi que iríamos conversar, mas o melhor que temos para fazer é nós divertir. Só um pouco vai. -Disse Bruna tentando me convencer.
- Não dá. E não quero te atrapalhar. Olha minha cara de velório. É melhor você ir sozinha - Sugeri já que realmente eu não estava nem um pouco animada para ir em baladas.
- De jeito nenhum - Disse ela, segurando meu braço.
- Manu eu sei que você gostava dele mas ele não te merecia, não era a primeira nem a segunda vez que ele ficou com outras meninas, sabia que tem muita gente afim de ter apenas uma chance com você? Desencanta e aproveita. O que não vai faltar é gente no seu pé. - Dei um sorriso bem bobo e logo perguntei
- Dessa eu não sabia. E onde está esse tanto de gente que ficaria no meu pé? -perguntei.
- Pra ser mais específica, é apenas uma pessoa. -Disse enquanto me olhava de maneira fixa.
- Quem é o gato? -Perguntei quase que imediatamente.
- E se for uma gata? -Disse ela na lata.
Dessa vez fiquei parada sem dizer absolutamente nada, e depois dei uma risada sem graça, de quem não sabia o que responder.
-De gata atrás de mim já teve algumas, mas meu lance é gatos. -Falei sem pensar muito, apenas pra ter algo para responder e não ficar com cara de tacho na frente dela.
Bruna depois de me dizer essa frase, me olhou nos olhos de uma maneira que nunca havia me olhando antes, e logo se aproximou de mim, colocou as duas mãos em minha cintura, e eu continuei imóvel e com a respiração já acelerada, Bruna colocou os dedos em meu rosto, acariciando minha face e em seguida encostou sua boca pertinho da minha, de modo que eu podia sentir sua respiração ao falar.
-Nem se a gata te levar ao céu?
Depois que ela disse isso, senti um arrepio imediato instaurar em meu corpo, e só consegui sentir ela se aproximando ainda mais de mim, senti sua boca tocar na minha, seus lábios macios e delicados tocando os meus bem devagar enquanto sua mão apertava minha cintura, e a outra mão estava penetrando entre meus cabelos.

Fechei meus olhos para sentir todas as sensações que aquele momento estava me causando, consegui sentir aquela sensação completamente nova e diferente que ela estava me proporcionando, o beijo foi ficando mais rápido, sua língua percorreu minha boca, meu corpo estava sendo puxado para perto dela, aquela pele macia, quente e delicada e então ela foi parando devagarinho e por fim terminou com uma leve mordiscada em meus lábios.
Não consegui olhar para ela, ainda estranhava tudo o que havia acabado de acontecer, foi uma mistura de experimentar algo novo, mas que parecia ser proibido e errado. Fiquei assustada e não estava sabendo lidar com o que tinha acabado de acontecer entre nós naquela sala. Então apenas agi no impulso, sai desesperada na intenção de ir embora. Eu não sabia o que dizer ou fazer então apenas corri.
-Espera, não precisa ir.
Só isso que ouvi de Bruna, pois já estava caminhando o mais rápido que podia para sair dali, sim, eu estava quase correndo.
Cheguei em casa atordoada, fui direto para o meu quarto, me atirei na cama, só queria dormir e esquecer tudo, tudo que havia acontecido entre nós duas. E quem disse que consegui ? Não parei de pensar um minuto nela, no jeito como ela me olhou assim que entrei, na boca dela ao falar comigo e depois ao me beijar, no sorriso lindo que ela insistia em ter, nas palavras, na frase matadora que me disse digno de me causar arrepios, na pele, no cheiro e principalmente do beijo.
Bruna. Bruna. Bruna. Meu Deus o que estaria acontecendo comigo? Nunca senti isso! Será que estou carente ou o que? Me perguntava toda hora.
Resolvi tomar um banho na tentativa de esquecer todos esses pensamentos. Mas quem disse que eu consegui? Fiquei com a água escorrendo em meu corpo enquanto viajava em Bruna, no nosso beijo e até mesmo imaginando coisas que não tinham acontecido.
Como nunca percebi. Como nunca desconfiei? Bruna era uma mulher muito discreta, mas eu deveria ter percebido que ela tinha algum interesse em mim além de apenas amizade. Não deveria?
Assim que saí do banho, vi uma nova mensagem no meu celular e de quem era? Isso mesmo, da Bruna.
"Boa noite, me desculpe pelo que fiz. Jamais quis te deixar assustada, envergonhada ou algo do gênero, esqueça tudo que aconteceu, espero que isso não interfira na nossa amizade, adoro você. Beijos!"
Decidi não responder, por mais que eu tivesse ficado assustada e demonstrado isso a ela, também havia uma parte de mim que tinha sim gostado da nova sensação, porém existia algo em mim que estava me travando. Nunca me vi ficando com mulheres. Quer dizer, às vezes já tinha imaginado, mas foram breves momentos e todos na adolescência. Fiquei me perguntando como seria ficar com uma. Como seria transar com uma mulher? - me questionei.
Até pesquisei na internet e confesso que fiquei ainda mais com vontade após ver histórias, contos e vídeos.
Depois disso tudo fiquei curiosa como nunca havia ficado antes. Bruna sem sombra de dúvidas era uma ótima opção para sanar minha curiosidade e me proporcionar sensações que nunca tinha dito antes. Se com o beijo já havia conseguido isso, com certeza ela era do tipo que me levaria ao céu.

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