Capítulo 17

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Rugge praguejou baixo e fechou os punhos ao lado do seu corpo.

- Eu não vou enfiar minha mão aí - rosnou. - Seria uma ótima ideia - ri maliciosamente - mas essas são as duas propostas. Faça sua escolha,  Rugge

O homem pecaminosamente bonito na minha frente passou uma mão em seus cabelos úmidos e suspirou pesadamente. Minha cabeça estava girando, o calor aumentando e eu queria Rugge de todos os modos. Dei alguns passos até que estava a poucos centímetros nele, ergui na ponta dos pés e rocei seus lábios com os meus.

- Um beijo - murmurei.

- Não posso - Ruggero fechou os olhos e praguejou em outro dia, provavelmente italiano. Antes que eu pudesse me orientar, ele me agarrou pelos ombros e me encostou na porta - se te beijar, estarei perdido - sua voz era apenas um sussurro.

- Fique perdido comigo então - entrelacei meus dedos em seus cabelos - esperei por isso tanto tempo e é o único jeito de conseguir a chave.

- Abra a porta primeiro - ele falou e eu estreitei meus olhos.

- Vai me beijar?

- Vou, mas terá que abrir a porta primeiro - fiquei olhando para ele por um momento e então soltei uma risada.

- Acha que sou besta? - passei uma unha levemente em seu peito.

- Disse que farei e não falto com minha palavra - de alguma maneira eu confiei nele ou talvez fosse porque eu não estava pensando direito, mas tirei a chave, a lavei e destranquei a porta. Rugge passou por mim, caminhou até o guarda-roupa e tirou meu pijama de dentro.

- Vista-se - ordenou.

- Mas...

- Agora - me entregou a roupa e eu obedeci. Após isso, sentei-me na cama, bati no espaço ao meu lado e mordi o lábio. Ele sentou-se, umedeceu seus belos lábios carnudos e escovou alguns fios para trás da minha orelha.

- Feche os olhos - murmurou e eu obedeci prontamente. Senti sua mão descendo pelos meus cabelos e então para minha nuca. Sua respiração de repente estava tão perto, eu queria agarra-lo e não soltar nunca mais, mas mantive minhas mãos aos flancos, temendo que ele parasse. Seus lábios eram como plumas nos meus, suaves e macios, abri minha boca para poder senti-lo mais, porém, ele parecia estar apenas provocando; Rugge mordiscou meu lábio inferior e a frieza que tomou meu corpo significava que tinha se afastado.

Abri os olhos e torci o nariz.

- Apenas isso? - perguntei, contrariada.

- É o que posso dar-lhe, Karol - passou a mão nos cabelos novamente, sinal de nervosismo evidente - disse que a beijaria, não disse como.

Antes que ele pudesse piscar, algo que durava um segundo apenas, me escarranchei em seu colo e rodeei seu pescoço com meus braços.

- Não pode me deixar assim - eu estava praticamente sem fôlego - eu quero você, Rugge.

E então, eu ataquei sua boca. Senti o corpo de Rugge ficar tenso no mesmo instante, mas não parei de mover minha boca sobre a sua e assim que senti suas mãos nos meus ombros e tinha certeza que ele iria me afastar, invadi sua boca com minha língua. Provar seu gosto, uma mistura de menta com um algo peculiar dele, foi a experiência mais magnífica que eu já tive e eu não ficaria satisfeita com apenas uma amostra; me prendi mais a ele e senti sua resistência cair, um de seus braços rodearam minha cintura e a mão livre voou para meu pescoço, grudando ainda mais nossos corpos. Sua língua brincava com a minha em perfeita sintonia, vasculhando cada canto e a minha fazia exatamente o mesmo. Minhas mãos inquietas mergulhavam em suas mechas marrons, desciam por seu pescoço, ombros e costas e subiam novamente. Minhas pernas estavam enroladas ao redor da sua cintura e eu poderia sentir sua ereção potente em baixo de mim, me deixando ainda mais louca.

Um Namorado Por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora