6 anos depois...
- Vic, pare de correr ao redor da piscina - gritei, tirando os olhos momentaneamente do livro de palavras cruzadas que estava fazendo.
- Mama - ela resmungou e fez uma careta - não problema.
- Sim, tem problema, ficará tonta e cairá na água - respondi e cruzei os braços sobre os seios, um gesto que indicava que não adianta discutir.
A garota me olhou com olhos grandes e brilhantes, mas quando viu que não teria nenhuma chance de vitória, suspirou e se aproximou, sentando-se ao meu lado de cara emburrada. Lembram-se do garoto de cabelos castanhos, de olhos verdes que eu tanto queria? Bem, ele não veio; ao invés disso, uma garotinha linda, de cabelos castanhos e olhos lindos cor de mel, foi me dada de presente e eu não poderia estar mais feliz.
- Vou contar papa - resmungou sob sua respiração e eu apertei os lábios, segurando um sorriso.
- Oh, por favor, não conte para seu pai - implorei, brincando. Vic tinha apenas três anos, porém, às vezes, parecia ter mais do que realmente tinha.
- Não contar o quê? - uma voz veio atrás de nós e olhamos para o belo homem que estava ali parado.
- Papa - a garota levantou e correu para o pai, que a pegou no colo e beijou-lhe a bochecha - mama mau.
- O que ela fez? - questionou Rugge, arqueando uma sobrancelha.
Eu não conseguia me acostumar com o quão bonito era Ruggero e não podia acreditar que era meu marido; havíamos nos casado há algum tempo, tudo tinha sido perfeito, uma festa linda, com todos os amigos e famílias, mas eu estava mais de olho no noivo que me esperava na frente da igreja. Lembrou-me de me impacientar com a demora da cerimônia e de pensar: "Ande logo, padre, antes que ele desista".
- Ela estava correndo ao redor da piscina e eu a mandei parar - respondi, dando de ombros.
- Ó - disse a garota, apontando para mim.
- Por que não vai brincar com o tio Lino e a tia Gio que acabaram de chegar? Preciso ter uma conversa séria com sua mama - a menina idolatrava o pai e sem precisar de uma segunda ordem, ela saiu correndo e entrou dentro da casa.
- Olá senhora Pasquarelli - ele se sentou ao meu lado.
- Olá senhor Pasquarelli - respondi e me inclinei para ele - precisa conversar sério comigo?
- Com certeza - sorriu enviesado e eu quase me derreti - você está sendo muito má.
- E posso ser ainda mais - pisquei com um olho só e Ruggero rosnou, me puxando para ele e me dando mais um de seus beijos que me tirava do chão.
- Eu amo você - sussurrou e eu me agarrei mais a ele.
- Eu amo você - respondi.
- Você me faz o homem mais feliz do mundo, garota - e com isso ele me beijou novamente. Eu não sabia que poderia sentir tanta felicidade e pensar que tudo começou por acaso, que Ruggero começou sendo apenas meu namorado por encomenda.
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Acabouuu
Sim, essa história acaba aqui, agradeço a todos que votaram e comentaram
Espero que tenham gostado dessa história tanto quanto euObrigado a todos!!
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Um Namorado Por Encomenda
RomanceKarol Sevilla sempre teve tudo o que quis na vida: um ótimo trabalho, boa família, bons amigos e era solteira. E ela pensava que sua vida estava bom deste modo. Porém, o que fazer quando sua irmã Caçula está para se casar e seu ex-namorado comparece...