Capítulo 37

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Já devia ser umas 22:00 da noite, estávamos deitados na cama no quarto de Ruggero, viemos para pegar uma roupa seca para ele e acabamos ficando por aqui; ele vestia apenas uma bermuda e eu calcinha e uma camisa dele, havíamos acabado de comer, ligamos a televisão e agora
Ruggero estava encostado na cabeceira da cama e eu, entre suas pernas, nossos dedos entrelaçados enquanto conversávamos.

- Eu vi o desenho - ele disse e o olhei com os olhos amplos - o que você fez lá na cabana - ele acrescentou, caso não tivesse ficado claro.

- Oh, não - falei e senti meu rosto ficar carmesim - então foi por isso que entrou de fininho no quarto?

- Sim - Ruggero ficou sem graça e mordiscou o lábio - no entanto, achei que seria uma invasão de privacidade. No outro dia, pensei em perguntar se poderia olhar, mas você já tinha ido embora.

- E você olhou assim mesmo - terminei.

- Bem, a curiosidade levou a melhor sobre mim - deu de ombros e me encarou - você é incrível. Já fez alguma aula?

- Não, mas eu gostaria, desenhar me relaxa. Quando era criança, me lembro de ir até o ateliê perto de casa e ficar olhando através do vidro, as pessoas desenhando.

- E o quê, você era uma criança de rua? Por que nunca fez? - perguntou, franzindo o cenho, e eu soltei uma longa gargalhada.

- Não, apenas... meus pais não se preocupavam com isso. Se você sabia se mover, conseguiria dançar; se sabia fazer uma linha reta, desenharia qualquer coisa; não precisava de ninguém parar ensinar tais coisas, eram apenas hobbies que passariam com o tempo.

- Sinto muito por isso - Ruggero disse e eu dei de ombros como se aquilo não fosse importante, apesar de ter sido naquela época.

- Tudo bem, logo você cresce e realmente não tem tempo para fazer esses hobbies - me separei dele e me sentei sobre meus calcanhares, ficando cara a cara com ele - e no tempo livre há coisas mais importantes.

Me inclinei e o beijei laconicamente, desci para seu pescoço e senti suas mãos nos meus quadris; sorri quando ele me puxou para ele e logo eu estava deitada de costas na cama, seu tórax por cima de mim e um sorriso belíssimo em seus lábios. Enrosquei meus dedos em seus cabelos e um beijo profundo aconteceu. Suas mãos começaram a percorrer meu corpo e apesar de eu estar dolorida por tudo o que havíamos feito hoje, eu o desejava fervorosamente. Sua palma passou pelo meu pescoço, cobriu meus seios como se fossem feitos para permanecer ali e desceu pela minha barriga, encontrando o meio entre minhas pernas; soltei um gemido, uma mistura de prazer e dor.

- Você está bem? - ele questionou, seus dentes mordiscando meu pescoço.

- Sim - murmurei, tentando puxa-lo para cima de mim.

- Ei, com calma doçura - ele sorriu - você deve estar dolorida.

- Não - resmunguei, beijei sua boca e o puxei para mim novamente, mas ele não saiu do lugar - eu quero você.

- Não está sentindo nada? - questionou, arqueando uma sobrancelha, símbolo de seu ceticismo.

- Talvez um pouco - mordi meu lábio inferior. O homem mais lindo que eu já havia visto estava ali na minha frente, estampando um sorriso enviesado sexy e eu poderia devora-lo. Senhor, quando eu havia me tornado depravada?

- Talvez eu deva tentar amenizar isso - ele disse, nublando meus pensamentos.

 Ruggero me beijou, devorando meus lábios, sua língua vasculhando cada parte da minha boca e suas mãos cobriram meus seios, seus dedos longos e ágeis provocaram os mamilos já entumescidos. Ruggero desceu para minha clavícula, beijou meus seios por cima da camisa e ergueu a cabeça para me encarar, enquanto descia minha calcinha e a passava pelas minhas pernas. Eu estava molhada e tremia em antecipação, seus lábios quentes e úmidos beijaram meu osso ílio, mordiscou minhas coxas, primeiro uma, depois a outra; Ruggero apenas provocava e sentir a respiração dele no meu centro estava me deixando louca.

Um Namorado Por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora