Capítulo 34

315 34 3
                                    

O show foi incrível, Jonathan era realmente bom no que fazia e contagiava os fãs. O resto da sua banda chegou hoje de manhã e desde então estavam ensaiando e resolvendo problemas. O melhor de tudo eram as garotas; algumas se empurravam e acotovelavam-se para chegar mais perto do palco, outras pulavam nas pessoas pedindo para que as carregassem até a frente. E sutiãs. Cacetada, se juntasse todos os sutiãs que jogavam no palco, daria para abrir uma loja.

Quando o show acabou, fui direto para o camarim da banda, sendo barrada no meio de garotas enlouquecidas que gritavam que queriam entrar; os seguranças grandalhões estavam com dificuldades de manter a manada longe dos garotos e um deles até levou uma mordida no ombro para que soltasse a jovem. Eu ri interiormente e me afastei. Estava andando por ali com o celular na mão, pronta para ligar para John, quando uma mão me puxa pelo pulso e eu sou arrastada para um lugar escuro.

- Mas que diabos... - comecei e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, havíamos alcançado a claridade novamente e ali estava Jonathan...e a banda.

- Não pensou que ficaríamos sem uma saída de emergência, não é? - Jonathan comentou e arqueou uma sobrancelha.

- E isso é algo bom, pois a barreira estava fraca para tantas garotas malucas - falei e ele me puxou mais para dentro. John me apresentou seus amigos, agora não recordo os nomes, entretanto, me lembro de pensar que Aidan parecia ser o mais de boa e menos problemático entre eles. E claro, com exceção de John. O quarto estava coberto por uma nuvem de fumaça causada por cigarros, dois deles tinham bebidas em suas mãos e provavelmente pegariam qualquer garota que lhes desse moral ali do lado de fora. Notei os olhares lascivos na minha direção e não gostei de algumas brincadeiras que fizeram; eu estava quase pegando as garrafas e quebrando-as em suas cabeças.

Jonathan deve ter notado meu desconforto e impaciência crescentes, pois logo levantou-se e me instruiu que fizesse o mesmo.

- Está na nossa hora, terão que lidar com as fãs - falou e já caminhávamos para a porta.

- Nós faremos isso - disse em um tom sugestivo o idiota cheio de piercing, revirei os olhos e saímos dali.

XXXXXX

- Partiremos depois do almoço, tudo bem? - John questionou assim que chegamos no meu quarto.

- Claro - respondi e nos despedimos.

Acordei com algo vibrando perto de mim na cama, talvez eu estivesse sonhando e por isso deixei o zumbido irritante para lá. Porém, o tremor era insistente e passei a mão por baixo do travesseiro, assim que percebi que era meu celular.

- Espero que alguém tenha morrido - falei com a voz rouca de sono e nem mesmo olhei no visor para ver quem era.

- Senhorita Sevilla? - questionou ao longe a pessoa do outro lado, senti minhas pálpebras pesadas e o sono me puxando de volta - senhorita Sevilla? SENHORITA SEVILLA?

Me sentei quando um grito estridente me despertou e eu queria morrer quando percebi quem estava do outro lado. Eu ia perder meu emprego.

- Oh, senhor Cooper? - perguntei bobamente.

- Está acordada o suficiente para falar comigo agora? - senti meu rosto corar mesmo que ele nem pudesse me ver.

- Sim, senhor - murmurei - sinto muito.

- Tudo bem. Estou ligando para informa-la de que ficará por ai por mais um tempo. Estava pensando e podemos aproveitar que está em São Francisco e resolverá algumas coisas para mim

Jensen me passou todas as instruções, papéis e detalhes do que queria e descobri que era muita coisa. Minha estadia aqui seria por um tempo indeterminado.

Um Namorado Por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora