Capítulo 23

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Exatamente como havia dito, dois dias depois Bel estava indo embora para a Espanha para uma nova sessão de fotos. Eu estava decidida a ir embora dias atrás, mas depois da noite em que conversei com a mãe de Rugge e percebi que ela realmente não estava bem, percebi que não poderíamos partir. Eu não me perdoaria se acontecesse algo com ela e seu filho não estivesse por perto. Depois de levar Belinda para o aeroporto voltamos para casa e agora estávamos jogando um jogo de tabuleiro.

- Você roubou - Leonardo gritou a plenos pulmões, estapeando o chão.

- Seja um bom perdedor, fedelho - Adam resmungou e Derek estava posicionado para intervir caso houvesse uma luta livre ali.

- Não é justo, você ganha todas - fiz bico em direção a Ruggero.

- Diga olá para o mestre dos jogos de tabuleiro - ele se gabou, me proporcionando um sorriso de lado perfeito.

- Se estivéssemos jogando cartas como eu havia proposto, vocês seriam história - disse Lino, tedioso.

- Eu chutaria esse seu traseiro gordo - Victor provocou e deu um tapa na cabeça de Lino e logo uma perseguição começou. Adam começou a rir e levantou-se para juntar-se aos irmãos.

- Vocês nunca param de brigar? - questionei, rindo.

- Claro que sim - Rugge respondeu, juntando o jogo e colocando em sua caixa.

- É verdade, às vezes nós dormimos - Derek falou e eu não consegui segurar uma gargalhada. Eu realmente estava me sentindo em casa com esses homens Pasquarellis.

- Somos homens, está em nossos instintos mais primitivos - Lucas falou - sabe, sermos agressivos.

Arqueei uma sobrancelha em sua direção e sorri.

- Lino, pare de apertar o pescoço do seu irmão - uma voz soou da porta e apesar de ser baixa, foi claramente ouvida pois houve silêncio logo após em que foi proferida. Olhamos em direção a porta e ali estava Antonella, parecendo bem melhor do que a última vez que a havia visto.

- Mamãe - Ruggero falou e colocou-se prontamente de pé - o que está fazendo em pé? Não deveria... - logo ele estava o seu lado

- Eu estou bem, meu filho - ela bagunçou o cabelo de Ruggero e bateu em sua bochechas duas vezes levemente como se ele ainda fosse um garoto e não um homem formado... e muito bem formado.

Antonella se sentou no sofá e todos seus filhos a rodearam, preocupados com seu estado de saúde, se ela realmente estava bem ficando fora da cama. Era algo realmente bonito de se ver e o amor entre eles era quase palpável.

Quando a noite chegou, a mãe dos rapazes estava no auge de suas forças e fez questão de que nós duas fizéssemos o jantar, apesar de todas as nossas tentativas de fazê-la mudar de ideia.

- A senhora tem muita sorte - comentei enquanto cortava o tomate para a salada -tem filhos maravilhosos.

- Eu tenho, não é? - ela falava de um modo em que seu orgulho ficava evidente -quando crianças eram intratáveis e brigavam mais do que você viu aqui, porém, estão se tornando homens corretos e doces. Você tem irmãos?

- Sim, tenho um irmão e uma irmã - falei - são ótimos irmãos, mas sempre fomos muito quietos e nada de brigas.

- Oh, então vocês deram sorte.

- Não sei dizer, acho que as brigas é que faz a família parecer mais real - falei, colocando o tomate picado em uma tigela - eu gostaria de ficar aqui por mais tempo

- Bem, eu tenho seis filhos solteiros - ela me deu um sorriso radiante e não passou despercebido que ela não contou Ruggero, mas algo em seu semblante me mostrou que estava adicionando, pelo menos em sua cabeça.

Um Namorado Por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora