Capítulo 26

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Acordei de repente, ouvindo vozes masculinas vindo do andar de baixo; passei a mão no rosto e apertando os olhos, vi que o relógio marcava 02:30 a.m. Continuei deitada ali, agora passos subindo as escadas e, então, a porta se abre devagar. A silhueta de Ruggero é visível apenas pela tênue luz que surge do lado de fora, entretanto, some quando ele fecha a porta atrás de si. Demorou um tempo até minhas vistas se acostumarem com a escuridão e quando isso aconteceu, Ruggero estava tirando sua camisa e pendurando em um cabideiro de chão ao lado da cômoda, a seguir a calça foi para o chão e ele entrou no banheiro.

O barulho da água jorrando iniciou não muito tempo depois e não fez nada de bom com a minha imaginação, a água deslizando pelo seu corpo, traçando um caminho que eu queria traçar com meus dedos e boca. Fechei os olhos rapidamente quando a porta se abriu, ouvi seus passos pelo quarto e então, silêncio. Espiei sob minhas pálpebras rapidamente e vi que Ruggero estava parado ao meu lado na cama, me observando, eu sentia a carícia dos seus olhos pelo meu corpo como se fossem suas mãos. Ouvi um suspiro e os passos começaram novamente; abri os olhos completamente e quando ele se virou de costas para procurar algo para se vestir no guarda-roupa, me levantei cautelosamente e caminhei até ele na ponta dos meus pés descalços. Rodeei meus braços ao redor da sua cintura e minhas mãos foram para seu peito, descendo para sua barriga. Ruggero virou-se bruscamente e me segurou pelos ombros, mas não disse nada.

- Eu quero você - sussurrei roucamente e lambi meus lábios secos.

- Karol... - ele começou e apesar de ter saído com os rapazes, com certeza ter bebido, não parecia bêbado.

- Eu sei, eu me lembro do que você disse - passei a mão no seu peito esculpido novamente - mas é a nossa penúltima noite juntos, Rugge. Depois disso você não vai me ver nunca mais e tudo será apenas uma lembrança - me ergui nas pontas dos pés e beijei seu pescoço - e eu quero ter isso.

 Ruggero ficou imóvel por um tempo, de modo que eu já estava perdendo as esperanças, então levantou-se e caminhou para longe. Fechei os olhos e suspirei em derrota. O que uma garota devia fazer para dormir com esse homem? Tudo bem que eu já havia feito uma vez, mas... meus pensamentos foram interrompidos quando a cama afundou, Ruggero colocou um joelho no colchão e bateu a mão na cômoda ali ao lado. Abri os olhos e vi que ele havia deixado um preservativo ali em cima; mordi o lábio para sorrir, ficando sério logo em seguida quando esse homem enorme pairou sobre mim. Sem dizer uma única palavra, ele me beijou. Começou devagar, seus lábios macios sobre os meus, até que sua língua entrou na minha boca, causando-me um arrepio na espinha; ergui as mãos e toquei seus cabelos macios e úmidos, seu pescoço e seus ombros largos. Sua boca desceu para meu pescoço à medida que suas mãos subiam minha camisola lentamente, passando pelos meus quadris, minha cintura, meus seios e para fora do meu corpo.

- Você é linda - disse sob sua respiração, sua língua rodeando meu mamilo endurecido, me fazendo arquear. Ruggero ficou me torturando dessa maneira por um tempo até que finalmente o sugou duramente em sua boca, várias e várias vezes, me fazendo tremer. A sensação era incrível. Ruggero passava a boca de um seio para o outro, mordisquei seu ombro, seu pescoço e minhas mãos foram para seu traseiro durante, o puxando para mim. Ruggero desceu seus lábios quentes pela minha barriga e ao mesmo tempo descia minha calcinha que era uma poça úmida; ele a descartou de lado enquanto beijava meu osso ílio, minhas coxas, esparramou minhas pernas para os lados, deixando-me totalmente exposta para ele. Esse homem sabia exatamente o que fazia em cada movimento, cada toque e estava me deixando maluca. Ruggero ergueu a cabeça para me lançar um olhar lascivo, mordeu minha coxa levemente antes de tomar minha parte mais íntima em sua boca quente.

Eu sempre pensei que isso era mais íntimo do que o sexo em si e não queria a boca de qualquer um por ali, por isso nunca deixei Evan fazer isso. E aqui estou eu, deixando um cara que eu conheci há um mês fazer sexo oral em mim e... uau, era surreal. Sua língua quente me explorava por todo lugar, tanto por fora como por dentro.

- Oh - gemi e mordi o lábio para não fazer barulho. Quando meu corpo começou a tremular, como se uma onda elétrica transcorresse por ele completamente, tentei me afastar da sua boca implacável de Ruggero; entretanto, ele não me deu nenhuma chance, me manteve no lugar e com um gemido que não consegui segurar, eu me derramei para ele. Ruggero me lambeu até que não restasse vestígio algum do meu clímax e subiu, beijando meu corpo até a minha boca.

- Deliciosa - disse no meu ouvido e quase gozei ali novamente. Como Ruggero já estava nu, facilitou muito as coisas, ele rapidamente estendeu a mão até o móvel, pegou o preservativo e rasgou o pacote entre os dentes.

Ruggero estava sobre mim, seus lábios por todos os lados do meu corpo e, então, senti seu membro na minha entrada úmida. Eu o queria tanto que chegava a doer, fechei os olhos e quando ele ia entrar dentro de mim, Ruggero deu dois cascudinhos na minha cabeça. Olhei para ele com a cabeça pendida para o lado, uma expressão de pura confusão no meu rosto e antes que pudesse dizer algo, ele repetiu o ato, agora um pouco mais forte".

Abri meus olhos de repente e ainda sonolenta olhei em volta, recordando-me de onde estava. Bocejei e me virei, encontrando os olhos castanhos de Ruggero olhando para mim; senti minha bochecha ruborizar quando me lembrei do sonho pervertido que estava tendo com esse homem, até que algo realmente esquisito acontecesse.

- Tem alguém ali fora - ele murmurou, sua voz rouca pelo sono e foi então que o Ruggero me batendo na cabeça significava as batidas na porta, que foi o que realmente me acordou.

- Já vai - gritei e olhei no relógio digital sobre a cômoda: 09:30 - oh, droga - resmunguei, joguei as cobertas para o lado e praticamente corri para dentro do banheiro. Foi o banho mais rápido do século, vesti um vestido curto e estampado, escovei os dentes, prendi meu cabelo em uma trança de lado e saí. Quando apareci, Ruggero e Valu que estavam ali sentados na beirada da cama e conversando, pararam e me olharam. Ruggero estava com o cabelo desalinhado, o tórax nu e vestia uma bermuda, e parecia mais bonito do que nunca agora pela manhã. Como isso era possível? Era um maldade e injustiça para nós, meros mortais.

Valu estava de costas para ele, olhando para mim com uma sobrancelha erguida e um sorriso malicioso. Ela mexeu os lábios formando "gostoso" antes de pigarrear e levantar-se.

- Está pronta? - perguntou-me.

- Sim - respondi no automático.

- Então vamos, sabe que Bianca odeia esperar e estamos atrasadas.

- Ai, caramba, ela vai nos matar - corri para pegar minha bolsa e a coloquei no meu ombro - até mais - disse para Ruggero e como se uma força maior estivesse me puxando, me inclinei e dei um selinho em seus lábios.

- Tenha um ótimo dia, querida - ele disse com sua voz pingando doçura.

Mal havíamos saído do quarto, minha amiga passou o braço magro sobre meus ombros e assoviou.

- Caramba, que homem - ela se abanou - ele estava conversando comigo e eu não conseguia prestar atenção em suas palavras. Quem pode me culpar por isso? Aquele tanquinho foi desenhado - ela tagarelava incessantemente - mas claro que você sabe disso e me responda: seu corpo é rígido como parece? E... - ela baixou a voz quando chegamos do lado de fora da casa - você aproveitou a noite? Se é que você me entende.

- Sim, é rígido como parece e sim, nós dormirmos juntos - respondi baixinho e seus olhos brilharam de excitação - e foi a melhor experiência que já tive - acrescentei e ela parecia ainda mais eufórica.

- Eu quero mata-la e tomar seu lugar.

- Devo lembra-la de quanto isso está me custando? - perguntei e ela fingiu um estremecimento.

- Eu já disse que você é louca? - ela perguntou e mordeu o lábio assim que Ruggero saiu pela porta que havíamos saído há poucos minutos, vestindo uma camisa rosa clara, uma calça preta e sapato social - mas pensando bem, ele vale a pena cada centavo.

Dei uma cotovelada em sua costela, brincando, e caminhamos até minha irmã assim que a encontramos.

- Kah, Kah - ela disse assim que estava ao seu lado - onde você estava? Eu preciso de você, irmã.

- Estou aqui agora, Bia - falei e dei um abraço nela - então, finalmente?

- Sim, estou tão animada - e minha irmã parecia realmente brilhar. Bia me puxou pela mão e me levou até uma roda de meninas, Valu logo atrás de mim - hoje a manhã será nossa, garotas. Vamos nos arrumar e deixar esses homens de queixo caído.



Um Namorado Por EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora