Capítulo 25

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— VIADOOOOO! diga que você aceitou, DIGAAAAA?! .

Seokjin surtou, chamando atenção de quem estava perto. Estavam saindo da faculdade.

— CARALHO TAEHYUNG, POR QUE NÃO ME CONTOU ISSO MAIS CEDO!? — O olhou incrédulo.

O loiro o olhou, estava com vergonha pelo escândalo do moreno, mas estava rindo de sua reação.

— Me desculpe. Juro que iria te contar assim que chegasse em casa, mas me lembrei que você estava no trabalho, eu não queria atrapalhar. E também eu estava cansado, confuso e com sono — suspirou, enquanto desciam as escadas chegando ao asfalto branco da rua.

Pois é. Na noite anterior, Jungkook pediu algo a ele, algo que não estava esperando. Aquilo foi sério. Dava para ver a sinceridade em seus olhos, em seus braços, atos e ações. O Kim se sentia derretido nos abraços e beijos do advogado.

Naquele momento, o moreno e ele quase cometeram uma loucura ali mesmo naquele banco, resultando Taehyung gemendo manhoso, com a boca do advogado em sua pele alva, quase o deixando sem blusa.

Estava frio, mas para aqueles dois a noite começou a ficar quente demais naquela varanda.

O pedido de Jungkook fora algo que merecia uma resposta. Mas Taehyung o olhou bem nos olhos dele, Jeon era uma pessoa maravilhosa, não só por sua aparência física, mas por dentro também. O moreno o perguntou novamente, mas Kim sentiu medo de o responder.

E naquela noite havia ido pra casa, feliz, corado, inseguro e confuso. Iria dar uma resposta breve e concreta para o mais velho.

Ele só precisava pensar um pouco, com algo que aconteceu tão rápido e de repente.

— Ah Tae, te entendo nessa parte. Mas por que não o respondeu ontem? — Os dois pararam, e se olharam.

Seokjin notou a expressão insegura de Taehyung.

— Porque tenho que pensar.  Jungkook e eu somos homens, e na vida dele existe alguém chamado Jungwoo. O quê você acha, hein? Acha que isso não vai deixar o garoto confuso? Em ver o pai dele namorando o babá dele, o hyung dele?! — Beirou o desespero.

Seokjin apenas o olhava sem expressão

— Eu... eu não posso, hyung — se sentiu para baixo.

Por um lado.. Taehyung estava certo. Jungwoo é uma criança, e talvez isso não daria certo, o deixaria confuso. Estava com medo de uma rejeição.

Mas na cabeça de Kim Seokjin se passava o contrário do pensamento de do loiro.

— Taehyung.. — riu de leve — Estamos no século XXI, não estamos na época da ditadura. Hoje, nosso país está aceitando mais as várias orientações sexuais das pessoas —  Tae o olhou — Você mesmo vê milhares de casais homossexuais adotando crianças, se casando, tendo liberdade e respeito. Jungwoo ainda é uma criança, e nessa fase é fácil explicar a ele.

— Eu sei hyung, mas o Woo conheceu a mãe dele, ele sabe de onde veio, ele não é adotado!

— Quantos anos ele tinha quando ela morreu?

— Jungkook disse que tinha dois ou três anos. Não me recordo bem.

— Então é fácil. Ele não deve lembrar muita coisa dela.

— Ah, não sei não, Jin — coçou a nuca, olhando para qualquer lugar que não fosse a face do moreno — Acho que...

O moreno bufou, cansado das burrices do mais novo.

— Olha, você e o menino se tornaram próximos, ele até chama você de hyung. Conversa com ele!

— Um adulto conversando com uma criança, Seokjin?!

O Babá VL.1 ㅡ TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora