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Madeline Price

Abro os olhos quando a porta do quarto se abrir. Anne entra e faz sinal para que eu me levante imediatamente.

- O senhor Seavey quer falar com você. - Fala me guiando para o banheiro e enchendo a banheira.

Escovo meus dentes e dentro de minutos tiro a camisola, entrando na banheira, agora com espuma.

- Você va...- Anne para de falar quando ouvimos batidas na porta do banheiro.

Em segundos vejo Daniel adentrar e evito revirar os olhos.

- Bom dia. - Fala e Anne faz reverência. - Nos deixe sozinhos, Anne.

Vejo a mesma me olhar e logo sair dali. Engulo em seco e Seavey passa a me encarar.

- Eu não fiz nada. - Digo e o ouço rir.

- Você saiu do meu quarto bem cedo ontem, Madeline. - Fala e se aproxima. - Uma pena...

- Estava cansada. - Minto descaradamente e ele sorri de lado.

- Posso entrar na banheira com você? - Pergunta e eu arregalo os olhos. - Você disse ontem que queria se redimir comigo...É uma boa chance.

- Claro. - Falo e ele sorri, retirando sua calça e em seguida a camisa.

Daniel entra na banheira e se senta ao meu lado, passando o braço pelo meu ombro.

- Relaxante. - Fala em meu ouvido e eu acabo me arrepiando e praguejando mentalmente.

- Você dormiu bem? - Pergunto e resolvo colocar o plano em prática. Deslizo o dedo pelo seu peitoral e o olho nos olhos. - Espero que esteja tudo formidável.

- E está, serva Price. - Diz e eu me seguro para não revirar os olhos. - Estou gostando do seu comportamento.

Sinto seu olhar descer pela minha clavícula e parar na entrada dos meus seios. Eu ainda estava com a roupa interior, isso me aliviava.

Daniel retira o braço dos meus ombros e trás suas mãos até meu cabelo, os afastando do meu rosto e prendendo para cima. Minha bochecha é acariciada após isso e eu o vejo molhar seus lábios enquanto me olha.

- Me mime, Madeline. - Fala e eu pisco algumas vezes, afastando todo o tipo de pensamento que eu acabei tendo nesses segundos e me sentando em seu colo.

Levo uma das minhas mãos até seu cabelo e afasto da sua testa. As mãos dele param em minha cintura e me puxam para mais perto.

Começo a massagear seus ombros, não o olhando nos olhos, e levo meus lábios até seu pescoço, raspando e deixando beijos no mesmo.

- Se você fosse boa para mim desde o começo, teria sido mais fácil. - Fala e eu passo a olhá-lo.

- Sinto muito. - Falo sem ao menos sentir. - Eu estava irritada...Fui boba ao fazer tudo aquilo.

- Foi sim. Porque eu posso te dar o que você quiser. - Fala e coloca a mão em meu rosto, me fazendo olhar para si.

- Eu sei. - Murmuro e ele aproxima seus lábios.

Olho para os mesmos e sinto se chocarem com os meus. Eu tinha a opção de rejeitar e inventar uma desculpa esfarrapada. Mas escolhi beijar de volta. Uma das piores, ou talvez não, escolhas da minha vida. Porque ele beijava bem.

Sua boca desliza pela minha com leveza e minha cintura passa a ser acariciada. A língua dele pede passagem e eu cedo, sentindo a mesma adentrar minha boca. E como se isso não bastasse, sua mão desce até minha coxa e deixa uma leve carícia na mesma.

O beijo se encerra e ele me encara, esperando por alguma reação minha.

Meu corpo inteiro se arrepia e eu molho os lábios. Tinha sido bom e agora eu estava tentada. Realmente tentada.

- Foi assim que beijou a Emme? - Pergunto baixo e ele me olha.

- Não beijei a Emme. - Fala e eu arqueio as sobrancelhas. - Foram toques nela. Apenas toques.

- Ela gemeu quase a noite toda. - Murmuro e ouço uma risada.

- Foram meus toques, Madeline. - Ele diz e aperta minha cintura.

Não digo mais nada, apenas sinto um beijo ser depositado em meus lábios.

Resolvo voltar a beijar seu pescoço de forma lenta e ouço suspiros escaparem dos seus lábios. Daniel me incentiva a rebolar em seu colo e assim faço, vendo que estava dando certo e que já havia uma ereção ali.

Desço minha mão pelo seu abdômen e adentro na sua boxer, tocando seu membro e começando a provocar.

- Madeline, não faça isso. - Ele sussurra em meu ouvido. - A vontade que eu tenho de te foder nessa banheira só está aumentando desse jeito.

- Não fala essa palavra. - Digo e reviro os olhos violentamente já que ele não podia ver.

Volto a usar minha mão naqueles movimentos e Daniel solta um gemido, apertando minha cintura.

Antes de mais nada, ouço batidas na porta do banheiro.

- Senhor, estamos com problemas com alguns criados. - A voz grave fala e eu afasto minha mão dali.

- Resolva, Grant. - Daniel diz com a voz séria e rouca.

- Eles exigem falar com o senhor. - Fala e vejo o tirano bufar, logo me olhando.

- Acabe o seu banho e me encontre para tomar café da manhã em 30 minutos. Depois nós vamos conhecer a casa, como me pediu ontem. - Fala e me tira do seu colo, se levantando, enrolando uma toalha no tronco e saindo.

Passo a mão no rosto e bato na testa, me odiando por ter gostado do beijo dele.

Tirano | Daniel SeaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora