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Madeline Price

A mulher acaba de me arrumar e dá um sorriso. Eu estava com um mau humor terrível. Não queria estar aqui, e nem ser serva de ninguém.

O tirano havia mandado algumas pessoas para me arrumarem e isso me incomodava. Eu desconfiada de que ele era um ridículo e agora tinha a total certeza.

- Você é muito bonita. - A dita como Anne fala e sorri para mim.

- Quando vou poder ir embora? - Questiono e ela suspira. -  Eu não quero estar aqui. Aquele cara é maluco. Não vou ser serva dele. Vou dar o fora daqui o quanto antes

- Não pode sair, senhorita. Não sem a permissão dele. - Ela diz e eu bufo.

Anne faz sinal para que eu me levante e em seguida me guia para fora do quarto.

O corredor era enorme e tinha uma decoração clássica. Bem típico de famílias ricas.

Ela me guia novamente para descer as escadas e logo põe a mão em minhas costas, conduzindo meu corpo para uma sala de jantar, onde havia não outra garota e o tirano.

Reviro os olhos e Anne me acompanha até a cadeira. Me sento e fico na maior cara de tédio, porém olho meio indignada para a garota em minha frente. Eu a conhecia. Era filha dos Calore. E diferente de mim, ela parecia estar adorando estar ali, já que estava com um sorriso enorme no rosto e falava com Daniel Seavey de forma simpática.

- Vejo que já desceu, Marlene. - Ele fala dando um breve ênfase no meu nome errado. - Está com fome?

- É Madeline. Sabe pronunciar ou é difícil demais para você? - Falo cínica.

- Claro, Marlene. - Ele volta a dizer e eu bufo.

- Hey, Mads. - A outra garota fala para mim e sorri grande.

- Olá, Emme. - Falo desanimada e o ridículo nos olha.

- Se conhecem? - Ele pergunta e ela assente com a cabeça. - Ótimo! Talvez deva ensinar para sua amiga como se portar, Emme.

- Vai ser um enorme prazer. - Ela fala sorrindo e logo pisca para mim.

- Talvez você deva parar sequestrar pessoas e desejar que elas te tratem bem. - Falo e bufo. - Cretino.

- Sua ingrata mal agradecida! - Ele fala enquanto me olha feio e nega com a cabeça. - Tirei você daquela vida chata e monótona.

- Ah claro. Muito obrigada por ter me arrastado para longe da minha família sem mais nem menos. E obrigada também por me avisar que eu fui sequestrada para ser uma serva. - Falo irônica.

- Existe honra maior do que ser minha serva? - Ele fala meio incrédulo e arqueia as suas sobrancelhas, enquanto Emme bebia vinho. - Você não merece o ar que respira.

- E você não merece estar vivo. - Digo e ele me olha indignado. - A verdade dói, não?!

- Ah, por favor! Fica quieta. - Ele fala e revira os olhos. - Então, Emme, me conte mais de como era sua vida antes.

- Era realmente bem entediante. - Ela fala dando de ombros e ele sorri cínico. - Fico feliz em estar aqui.

Apoio meu rosto nas mãos e fico olhando aquela cena mais entediada que nunca.

Vejo ele colocar a mão por cima da dela e dar um sorrisinho de lado enquanto falam sobre cavalos e acabo revirando os olhos.

- Posso mostrar todos para você. - Seavey fala para Emme e ela apenas sorri em concordância.

- Eu vou adorar! - Ela exclama e ele passa as mãos no cabelo, me mandando um olhar irônico.

- Quando é que eu vou poder ir embora? - Falo e bufo.

- Nunca. - Ele fala sem tirar os olhos de Emme. - Você é a serva mais bonita daqui.

- Obrigada. - Ela fala enquanto eles ficam cheio de sorrisinhos.

Cruzo os braços enquanto tento pensar em alguma coisa que eu venha a fazer para me tirar daqui.

Eu não ia ficar nem que a vaca viesse a tossir.

- Madeline, eu quero que me mime depois. - Daniel fala e eu arqueio as sobrancelhas. - Como todo bom súdito deve fazer.

- Vai ficar querendo. - Falo e reviro os olhos.

- Felizmente para mim, querer é poder. - Ele diz enquanto me olha e sorri cínico. - Paul, traga o jantar! Estou com fome.

- Ridículo. - Resmungo e bufo.

Tirano | Daniel SeaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora