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Madeline Price

Engulo em seco quando olho para a janela aberta do meu quarto e respiro fundo antes de me aproximar da mesma.
Me sento na beirada e olho para trás antes de colocar os pés para fora e olhar para baixo. A queda não ia ser dolorosa se eu caísse de pé. Não era nada que eu não havia feito antes.

Impulsiono meu corpo para frente e pulo, conseguindo cair de pé e suspirando aliviada. Mas o que me faz engolir em seco é um barulho de um galho sendo quebrado logo atrás de mim.

Forço uma queda falsa e choramingo, logo sentindo meu corpo começar a ser balançado.

- Senhorita? - Ouço chamarem. - Ela caiu. Chamem o senhor Seavey.

- O que está havendo aqui? - Ouço a voz do tirano e evito bufar.

- Ela caiu, senhor. Deve ter tropeçado em algo na varanda. E tudo que vimos foi a queda. - O homem fala e meu corpo é pegado no colo.

  - Garantam que isso não vai acontecer novamente. E coloquem mais segurança na varanda dela. - O tirano diz e em seguida meu corpo é carregado.

Abro os olhos um pouco e noto que era ele quem me levava no colo. Evito bufar e o mesmo sobe as escadas.

Em segundos, sou colocada na cama e a mesma afunda. Uma madeixa de cabelo que caía pelo meu rosto é afastada e eu p dedo dele deslizar por minha bochecha.

- Tão teimosa...- Ele diz e eu permaneço "desmaiada.'

Após alguns minutos, eu abro os olhos me fazendo de desentendida e sofrida e ele me encara.

- O que eu estou fazendo? - Pergunto com o ar de perdida. - Eu...Não fiz nada de errado.

- Você caiu da varanda, Madeline. O que estava fazendo? - Pergunta e eu engulo em seco.

- Não me lembro. - Digo e passo a mão na nuca, fazendo uma careta. - Está doendo...

- Vai repousar até segundo plano. - Diz e eu o encaro.

- Por que? - Pergunto como quem não sabe de nada.

Ele apenas nega com a cabeça e começa a acariciar minha bochecha, o que me faz franzir o cenho de imediato. Aquilo não era normal.

- Porque você caiu da janela. Poderia ter morrido, sabia?! - Ele fala enquanto nega com a cabeça.

- Eu não consigo me lembrar de ter caído. - Murmuro sonsa e ele levanta meu rosto.

- Você não se lembra de nada? - Ele questiona piscando algumas vezes seguidas e eu franzo o cenho.

- Não lembro dessa suposta queda. - Falo e coço a nuca. - Eu deveria?

- Do que mais você não lembra? - Ele volta a perguntar enquanto continua me encarando.

- Acho que de tudo. - Respondo e passo a mão no rosto. - Por que está me encarando assim?

- Isso é.... incrível! - Ele exclama e eu seguro a vontade de o bater. - Digo, é péssimo que não se lembra, mas ótimo que esteja bem.

- E onde estão meus pais? Eu quero falar com eles. - Digo e o vejo ficar sem saber o que dizer. - Você é médico?

- Não quero falar disso. - Ele fala e o vejo virar o rosto para o outro lado. - Quero ir pra casa...

- Não... E seus pais morreram. - Ele fala e eu arregalo os olhos por breves segundos. - Nós namoramos! Como não lembra?

- Meus pais morreram? - Repito indignada e forço lágrimas a saírem dos meus olhos. - Mas...E meus irmãos?

- Todos morreram em um incêndio. - Ele fala fazendo uma falsa expressão de tristeza. - Eu sinto muito.

Nego com a cabeça várias vezes e ele segura minhas mãos.

- E por que eu fiquei viva? - Falo chorando falsa.

- Eu salvei você em tempo. - Ele fala e as acaricia com seu polegar. - Agora você tem a mim.

Fungo e em seguida ele me abraça. O que me faz ver o quão horrível era seu caráter. Ele estava se aproveitando da situação por achar que eu não me lembrava.

- Mas eu não tenho família. - Murmuro e forço um soluço.

- Você tem à mim. - Ele fala suspirando e acariciando minhas costas. - Vai ficar tudo bem.

- Eu nem te conheço...- Digo totalmente indignada.

- Você apenas não lembra. - Ele fala negando com a cabeça. - Namorados há 2 anos, Madeline.

- E quem é você? - Pergunto e passo a olhá-lo.

- Seu namorado. - Ele fala como se fosse óbvio e eu nego. - Me chamo Daniel Seavey.

- Não lembro. - Murmuro sonsa e suspiro.

- Aposto que vai lembrar com o tempo. - Ele fala sorrindo de uma forma sonsa e beijando meu rosto. - Você está com fome?

- Não. - Respondo e molho os lábios.

- Está sentindo alguma dor? Eu posso chamar um médico. - Ele fala torcendo os lábios.

- Acho que estou bem. - Digo e encolho os ombros. - Eu só queria descansar...

- Eu vou mandar os seguranças para cá e poderá dormir em paz. - Ele fala e beija minha testa. - Sinto muito pela queda.

- Obrigada. - Digo e ele se levanta saindo do quarto.

Respiro aliviada e ao mesmo tempo não. Eu estava ferrada a partir de agora por ter que fingir.

...

OI

To desanimada pra att por causa da ordem dos caps

O wattpad bugou tudo

Tirano | Daniel SeaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora