Tirano | Daniel Seavey

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Madeline Price

Meu plano parecia cada vez mais ir por água abaixo. Para tudo que eu pensava havia uma punição horrorosa. Eu estava ferrada para sair daqui.

Ouço passos e ajeito minha postura, enquanto olho pela janela e me finjo de boa garota.
A porta do quarto é aberta e eu não preciso de muito para saber que se tratava do tirano. Logo sinto uma mão pousar em minha cintura e pisco algumas vezes, me virando para ele e abrindo um sorriso.

- Hey. - Falo e o mesmo me encara. - O que posso fazer por você? Está precisando de algo de mim?

- Sim. - Ele fala e começa a retirar seu casaco. - Quero uma massagem.

Evito revirar os olhos e ele se senta na cama.

Começo a massagear seus ombros e bufo discretamente, enquanto vejo que o miserável estava gostando.

- Onde está a Emme? - Pergunto.

- Não sei. - Ele fala dando de ombros e eu aperto seus ombros com mais força. - Ela não me interessa mais.

- Por que? - Pergunto cheia de curiosidade e frustrada. Sem a Emme eu não teria tempo para bolar meus planos. - Ela não está mais aqui?

- Está. Mas deve estar fazendo aquelas pinturas de campo com a Genevive. - Ele fala e eu me recordo de que era uma criada. - Não tenho mais intesse na Emme.

- Mas por quê? - Volto a perguntar. - Ela fez alguma coisa? Você até disse que  devia ser como ela...

- Você é minha nova favorita. - Ele fala como se fosse óbvio e evito bufar. - Não quero mais a Emme.

- Não foi isso que eu perguntei. - Falo e paro com a massagem. - Por que você está fazendo isso com ela? Emme é melhor que eu.

- Mas você é minha favorita. Você é mais bonita que ela. - Ele diz e o olho incrédula. - Emme nem é tudo isso.

- Você não pode dizer isso! Você não aprendeu a apreciar a beleza de uma flor sem desvalorizar as outras?! - Falo indignada. - Isso é ridículo! Seu tirano metido!

- Você não entende nada sobre isso, e eu sou atraído pela beleza. - Ele diz me olhando feio. - E você é a minha nova favorita.

- Vejo claramente que você não passa de um idiota. - Falo na cara e solto um grunhido. - É por isso que precisou sequestrar servos! Porque ninguém aqui estar por escolha própria.

- Não acredito que está dizendo essas coisas na minha cara! Sua grande ingrata, eu te dei lar e coisas que jamais teria em toda sua vida. - Ele fala parecendo estar indignado. - Você não merece ter a graça de falar comigo.

- Eu tinha um lar antes de vir pra cá! Eu não queria estar aqui e nunca quis! - Falo e sinto meus olhos lacrimejarem. - Você me arrastou para longe da minha família e me obriga a conviver com você toda a sua forma egocêntrica de ser e ainda espera que eu caia aos seus pés. Isso não vai acontecer!

- Você tem que entender que agora pertence a mim e é minha serva! - Ele exclama e nega com a cabeça algumas vezes seguidas. - Você recebe ordens e as cumpri.

- Eu não pertenço à você. - Digo firme e o vejo parar em minha frente. - Já estou cansada dessas suas atitudes de tirano horrorosas.

- Você obedece sim! Você é minha agora. - Ele fala soltando e pisando duro no chão. - E como punição vai limpar todo o meu quarto.

- Espera sentado, ridículo. - Falo e cruzo os braços.

- Se não fizer isso pode esperar por algo bem pior. - Ele fala sorrindo de forma meio cínica.

- O que seria pior do que estar aqui com você? - Falo ainda mais cínica e ele dá uma risada irônica, saindo do quarto.