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Madeline Price

Anne tinha dito que Daniel havia me dado permissão para ficar na sala do piano. Isso me deixava mais tranquila, já que eu precisava pensar em um bom plano.

- Pay attention, I hope that you listen cause I let my guard down. Right now I'm completely defenceless. - Cantarolo enquanto toco e suspiro. - For your eyes only, I'll show you my heart, so when you're lonely and forget who you are. I'm missing half of me when we're apart.

Afasto minhas mãos do piano e sinto meus olhos lacrimejarem. Sentia falta da Luce, do Thomas, do papai e da mamãe.

- Now you know me. For your eyes only. - Volto a tocar e nego com a cabeça. - I can feel your heart inside of mine, I feel it, I feel it.

Paro de cantar quando ouço o som da porta se fechando. Me viro para trás e vejo o tirano. Rapidamente me coloco de pé e forço a minha melhor expressão.

- Eu estava gostando. - Fala e se aproximando e parando em minha frente. - Não quer continuar?

- É pessoal demais. - Murmuro e ele me encara.

- Você não precisa esconder nada de mim. E nem pode. - Fala e eu torço os lábios.

Viro meu rosto para o outro lado, e evito encará-lo. Eu estava sensível demais hoje. Até mesmo para colocar minha armadura e lutar. Não hoje. Não dava.

- Madeline, se sente bem? - Ele questiona e vira meu rosto, para encará-lo.

- Estou bem. - Digo torcendo para minha voz não falhar.


- Não parece. - Fala me olhando e afasta meu cabelo para trás. - Estava chorando?

- Não. - Nego rapidamente. - Eu...Posso ir para o quarto? Não me sinto bem.

- Você acabou de dizer que se sentia bem e agora está negando. - Fala e me puxa para sentar. - O que está escondendo de mim?

- Não é nada. Só estou sentindo dor de cabeça. - Minto e ele nega. - É sério.

- Isso está com cara de outra coisa. - Fala e me encara. - Você quer alguma coisa?

- VOLTAR PRA CASA! - meu subconsciente gritou e eu fechei os olhos com força.

Sinto a mão de Daniel em meu ombro e volto a abrir os olhos, respirando fundo antes de encará-lo.

- Madeline? - Chama e eu molho os lábios.

- Hoje é aniversário da minha irmã. - Disparo e ele me apenas continua a me olhar. - Ela faz 16 anos. Eu tinha prometido à ela que quando ela fizesse essa idade, iríamos sair para o lugar favorito dela e chamar o Froy, o garoto que ela gostava. E que eu ajudaria ela à...

- Não diz...- Ele fala e coloca um dedo sob meus lábios, negando com a cabeça. 

Ele se levanta e acaba me olhando antes de sair da sala. Eu diria que estava atordoado.

Tirano | Daniel SeaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora