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Madeline Price

Eu havia acordado bem cedo já que quase não havia dormido direito por conta do barulho no quarto ao lado que era o da Emme. Ela e o tirano pareciam estar se divertindo muito.

Eu não havia tocado no jantar de ontem. Estava com tanta raiva que não conseguia comer. Só queria minha casa.

Ouço Anne me chamar e bufo. Ela já tinha vindo aqui mais cedo para me ajudar a tomar banho e me vestir. Parecia até que eu era impossibilitada, mas ela dizia que era uma ordem do seu senhor.

- Você está linda, senhorita Madeline. - Fala e me guia para fora do quarto.

Eu vestia um vestido creme com algumas flores e curto, porém meio rodado. Meu cabelo estava solto, mas bem arrumado e com algumas presilhas de enfeite.

- Bom café da manhã. - Ela fala e me acompanha até a cadeira.

Vejo que Emme ainda não havia descido e só então me forço a olhar para o tirano, que sorri cínico.

- Bom dia, Madeline. - Ele fala e eu agradeço aos céus por ter acertado meu nome. - Espero que sua noite de sono tenha sido maravilhosa.

Reviro os olhos ao notar seu tom irônico e cínico. Ele estava dizendo aquilo porque era evidente que os gemidos da Emme ecoaram por todos os locais.

- O gato comeu a sua língua? - Pergunta e eu volto a ignorá-lo.

Cruzo os braços e ele acaba por revirar os olhos.

- Exijo que me responda. Você é minha serva agora, tem que fazer tudo o que eu quiser. - Fala e eu o olho indignada. - Você agora é propriedade de Daniel Seavey.

- Eu já disse e irei repetir: Não sou sua serva. - Falo já perdendo a paciência. - Você é um grande cretino.

- Você deveria se portar como a Emme. Ela é bem obediente e sorridente. - Fala sorrindo e eu bufo. - E apesar de ter chegado a menos de 72 horas, já faz de tudo para me agradar.

- É?! Então talvez deva me mandar embora. Eu não vou obedecer você e muito menos fazer coisas para seu agrado. Eu não devo nada à você. - Falo indignada. - Se você pensa que eu serei igual a Emme, pode ir tirando o cavalinho da chuva.

- Você vai ser sim! Vai ser minha melhor serva. - Ele fala me olhando e negando com a cabeça várias vezes seguidas. - Você não tem todo esse direito de falar comigo desse jeito. É uma grande ingrata.

- Eu quero é que você se exploda. - Falo e ele arqueia as sobrancelhas. - Seu nojento!

- Sua... sua grande herege! Como ousa falar assim comigo?! - Ele fala incrédulo e nega com a cabeça. - Você está tendo um péssimo comportamento! Não merece minha atenção.

- Ótimo! Me mande para casa então. - Falo e ele bufa. - Meu recado já está dado. Eu não vou ser sua serva.

- Você ser minha serva sim! Quem dita as regras aqui sou eu. - Ele fala soltando um grunhido e bufando. - E você obedece a mim agora! Não quero mais ouvir respostas contrárias.

- Problema seu. - Falo e em seguida vejo uma mulher adentrar a cozinha.

- A senhorita Emme não está se sentindo muito disposta, senhor. - Ela fala para o tirano.

- Mas o que ela tem?! - Ele questiona e bate com a mão na testa. - Dê algum remédio para ela. A Madeline não irá hesitar em me servir até que a Emme se sinta bem novamente.

- Ela está sentindo dores de cabeça. - A mulher fala e logo faz uma reverência, saindo dali.

- O engraçado é te tratarem como se você fosse rei. - Falo e ele me olha. - E eu não vou servir você.

- Eu sou seu rei e nada deve ser tão vangloriado como eu. - Ele fala como se fosse óbvio e eu bufo. - Que tal uma massagem? Meus pés estão doendo.

- Que tal você se jogar num rio com crocodilos?! - Falo cínica. - Já disse que não sou sua serva.

- Pare de me contrariar antes que eu perca a paciência que eu já não tenho. - Ele fala me mandando um olhar feio e passando a mão no rosto. - Eu quero a minha massagem e quero agora.

- Faça com suas próprias mãos. - Digo e cruzo os braços.

- Você é a serva e você me obedece! Não o contrário. - Ele fala soltando um grunhido e revirando os olhos. - Seja boazinha para seu grande líder.

- Você não é o meu líder. - Falo e ele me olha feio. - Você não é bom para ter essa comunidade nas mãos. É mimado demais.

- Não me lembro de pedido sua opinião para nada, serva. - Ele fala num tom cínico e eu respiro fundo para não o matar. - Ande! Estou esperando pela massagem nos meus pés.

- Morra esperando então. - Falo enquanto faço pirraça.

Tirano | Daniel SeaveyOnde histórias criam vida. Descubra agora