Uma vida na ponta.

Ela pode te ajudar.

Emma Swan
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Bem, estamos aqui a horas esperando notícias, só sabemos que a Cora está em cirurgia, mas não conseguimos nenhuma informação. Tenho quase certeza que minha ansiedade vai me atormentar, na verdade, já está atormentando, e eu preciso dos meus remédios, mas a Zelena precisa de mim aqui, e eu vou ficar.
De repente, a ruiva que chorava no meu ombro se levantou bruscamente e se amoitou no abraço de uma mulher de cabelos negros, estatura alta, uma roupa formal e com uma expressão apreensiva.

-Eu te prometi que voltaria pra você.
A morena disse colocando as mãos por entre as longas madeixas ruivas da outra.

-Sister... E-eu, eu senti muito a sua falta!

-Eu também! Mas porque não me disse o que estava acontecendo? Por que estamos num hospital?

-A mamãe...
-El-ela desmaiou na companhia, e agora está em cirurgia, eu não sei o que está acontecendo, Regina, eu estou com medo.

-Na companhia...
-Não disseram nada? Ela não te disse nada?

-Não, a Emma a trouxe aqui, é só o que eu sei.

-Eu vou conseguir informações, fique tranquila, vai ficar tudo bem, eu prometo!

A morena saiu e sumiu corredor adentro.

Zelena andava de um lado para o outro, enquanto eu me perguntava quem era aquela que acabara de sair. Acho que ela nem sequer me viu, e se viu, deve me considerar um verme comparado a ela, já que não me cumprimentou ou me olhou, até a mesma voltar com um médico.

-Zel? Esse é o Dr Whale, ele que operou a Cora.
-E ele tem algo para contar.

-Bem, senhoritas... A Sra Mills, Cora, tem um câncer em estado terminal, um melanoma de grau IV, com mestástase no fígado e cérebro. Ela veio aqui ao hospital a uns 7 meses com alguns sintomas anormais, fizemos exames e tudo mais e demos a ela opções de tratamento, ela tinha 63% de chance de recuperação, mas ela ela disse que preferia...

-Morrer mais cedo, mas morrer fazendo o que ama, do que morrer mais tarde, presa a uma cama.
Interrompi, com a voz rouca e baixinha.

-Você sabia disso?
Zelena perguntou.

-Não! Mas eu conheço ela, nenhuma de nós poderia impedí-la.
Minha voz saiu novamente baixa e manhosa, por que?

Bem, estou prestes a cair num poço sem fim chamado "Crise de ansiedade".
Estou sentindo uma dor no coração, falta de ar, minhas mãos e meu rosto estão suando, minhas mãos estão tremendo muito, minha boca está seca, estou com náuseas frequentes e com uma horrível sensação de algo ruim vai acontecer.

-Eu preciso que uma de vocês venha comigo.

-Eu vou.
A ruiva respondeu.

-Voltaremos logo e vocês vão poder vê-la.

Regina Mills
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- Você está bem, Regina?
-Não vai entrar?

-Sim, Tinker, eu vou entrar.

Respirei fundo, contei até 3 e entrei. Por que eu estou com medo? Principalmente, da Zelena. Será que ela está com raiva de mim? Eu disse que viria vê-la com frequência, e aqui estou eu, dez anos depois, prestes a reencontrá-la num hospital.
Fui dando passos lentos e duvidosos, okay Regina, não é nada. Respira fundo, você consegue. Será que consigo mesmo? Meu Deus, eu odeio sentir isso, o medo. É bem melhor quando as pessoas tem medo de mim, pois eu não sei como reagir ao sentir o medo, é assim que as pessoas se sentem? Essa angústia e esse aperto no peito? Isso, essa sensação, sempre me lembra quando eu estava prestes a ir pro palco, e eu não gosto nem um pouco de me lembrar dessas coisas.