Eu posso te ajudar.

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Regina Mills
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Alguns dias depois...

Acordei com o som do celular tocando, me estiquei até o criado mudo, peguei o celular e atendi a ligação, é uma chamada de vídeo da Hope. Respirei fundo enquanto esperava conectar, passei a mão no cabelo tentando dar um jeito nele.
Eu definitivamente estou com uma aparência péssima, não consegui dormir essa noite, acho que peguei no sono umas oito e pouca da manhã, agora são 09:27.

-Bom dia, mãe!
-Ué, ainda está na cama? Achei que você tivesse um compromisso hoje.

-Bom dia, querida! Eu realmente tinha um compromisso pra hoje, na verdade nem sei por que não fui, mas isso não importa agora.
-Como está sendo aí? O que está achando da escola nova?

-Sabe, a escola é boa, mas não tem como ficar legal aqui, sem você não dá. Quando vai voltar pra casa?

-Só se passaram alguns dias, aposto que você e a Emma estão dando conta aí, sem contar que tem as suas tias também pra te alegrarem. Já aqui... tá tudo uma confusão, tanto na empresa quanto em mim. A mamãe está cansada. Acho que preciso de umas férias.

-Você está velhaaaa.

-E você está chata!

-É, puxei de você.
-Bem, tenho que ir, o intervalo já vai acabar. Mãe, não fica assim, tá? Sei que você mal tem levantado da cama, então vê se sai, faz alguma coisa, quebra regras, tenha noites maravilhosas, vai num restaurante diferente... te amo, até mais tarde.

-Está bem, vou tentar fazer essas coisas aí, também te amo, até mais.

Desliguei a chamada e levantei, tomei um banho, vesti um pijama quentinho, deitei novamente, peguei meu notebook e fiquei na cama até a noite. Já são quase sete horas. Ouvi alguém batendo na porta, levantei, fui até lá e abri.

-Você não apareceu hoje de manhã, fiquei preocupada então resolvi vir aqui. Bom... trouxe vinho branco e pizza, o que acha?

-Depende, só vou deixar você entrar se essa pizza for de 4 queijos.

-Então já estou dentro. 4 queijos, quentinha, seu gosto nunca muda.

Ela entrou e fomos pra cozinha, sentei no balcão e ficamos conversando enquanto comíamos.

-Sabe de uma coisa? Vamos guardar essa pizza e ter um jantar descente.

Desci do balcão, fui no quarto, vesti um vestido tubo preto, com um batom vermelho sangue e um salto da mesma cor. Peguei minha bolsa e voltei a sala.

-Minha nossa senhora, cê não me aparece desse jeito que eu quase tive uma parada. Você está incrível!

-Bom, por conselho de uma garota muita sábia, cujo bone é Hope, eu deveria sair pra jantar num restaurante diferente. O que acha de ser minha acompanhante, Jack?

-Adoraria. Então, onde vamos?

-Não faço a mínima ideia.

Descemos e fomos pra um restaurante chique, que nenhuma de nós duas tinha ido antes. A noite foi incrível, nós bebemos muito, comemos, rimos, conversamos. Pela primeira vez em dias que eu tenho uma noite legal aqui em San Francisco, longe da Hope, que está em New York. Já deve estar bem tarde, nós duas perdemos totalmente a noção do tempo. Voltamos pra minha cobertura, chegamos a conclusão de que a Jack vai dormir aqui, por que está tarde pra voltar pra casa. Entramos, tirei meu casaco e pendurei no gancho. Sentei no sofá, cruzei as pernas e enverguei um pouco o corpo e comecei a tentar desatacar a porcaria do salto que não quer sair, meu Deus do céu, que raiva!

Uma vida na ponta.Onde histórias criam vida. Descubra agora