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CELINA P.O.V

Deina foi levada naquele dia pelo mestre,não nos despedimos de forma adequada e nem nos foi permitido.

Deitada na cama,que não é minha,no quarto de hóspede da casa de um certo Ian.

Talvez eu devesse alugar uma casa.

Suspirei olhando para o teto,minha cebeça estava dando voltas.Fechei os olhos tentando me livrar daquela sensação incomoda.

Organizei as informações.

Deina é a Filha Sagrada do templo de Aser,o Deus que governa a santidade em terra em nome de Anclh'er,O Governante.

Os Santuários são como guildas e seitas,com a unica diferença de somente aceitarem mulheres e serem organizações "Elevadas" abaixo apenas da Própria rainha.
São potencias que ate a familia real não ousa desafiar abertamente.

O Santuário de Aser,O Deus Santo,prega e promove a Pureza.

O Santuário de Ascher,A Deusa da guerra prega a Integridade.

O Santuário de Aemr,O Deus da Sabedoria,prega o conhecimento.

Pureza,integridade e Sabedoria.

A condição de Filha Sagrada implica que Deina é um prodígio e foi escolhida como proxima governante do Templo.

Uma bênção e honra.

Mas o olhar obscuro que ela nos mostrou quando isso foi revelado,não me saia da cabeça.

Me revirei na cama.

Minha cabeça latejava.

-Celina esta tudo bem?-.

Ouvi batendo na porta,so o simples barulho fazia com que meus ouvidos explodissem.

-Não faz barulho por favor.-

Resmunguei e coloquei o travesseiro na cabeça com o rosto enfiado no colchão.

Ouvi o ranger da porta e me encolhi gemendo de dor.

Parece que meus ouvidos vão rasgar.

-Celina...-Ian sussurrou.

Soltei um resmungo em resposta,que foi abafado pelo colchão.

-Trouxe um remédio pra você.-

Concordei e ouvi o barulho do remédio sendo colocado no criado-mudo.

Ouvi o piso ranger e um barulho de algo pesado indo pro chão.

Tudo indica que Ian sentou no chão ao lado da minha cama.Por que ele não foi embora?

-Isso tem alguma coisa haver com a...você sabe,fusão com o Shady?-Perguntou.

Ri um pouco de sua curiosidade,mas logo me repreendi porque no instante seguinte gemi de dor.

-Não...desde criança às vezes tenho essa crise,como se tivesse uma pressão enorme na minha cabeça e ela fosse explodir a qualquer movimento que faço-.Respondi.

Ele ficou em silêncio por um tempo.

-Como você concilia a escola e esse mundo?-.

Ele riu de minha pergunta,mas logo entendi o por que.

-Nós temos que cumprir no mínimo o ensino médio,então vivemos lá ate que terminemos.Mas este ano é especial então fomos dispensados de nossas "Obrigações" com a desculpa de Auto-aprimoramento,basicamente estamos aprovados por privilegio mágico.-

-Por que esse ano é diferente? -

Perguntei.

-A cada cinco anos comemoramos o aniversario do império.Um ano respectivo para cada deus com as celebrações durante as festas de final do ano,então o quinto ano para Anchl'er O Governante.Na verdade é so uma desculpa para o império monitorar as forças das facções em uma torneio.-

Faz sentido.

- Ian,pode conseguir um daqueles Privilegios para mim?-

Perguntei e ele concordou.

-Você sempre soube que era mago certo?Então sua família deve ser também,como ela é?-.

Escutei ele rindo um pouco sem graça.

-Minha familia...-Ele respirou fundo.

Levantei um pouco a lateral do travesseiro para poder olhar sua expressão,ele encarava o chão escolhendo as palavras.

Seus olhos entregavam um pouco da sua decepção.

-Complicada,séria a forma de falar,eu vim de uma familia nobre.-Ele riu.

A risada dele seria bonita,se não carregasse essa quantidade de amargura.

Enfiei novamente a cara no colchão.

-Sabe por que Amanda e eu somos supostamente namorados?-

-Não eram?-Perguntei confusa.

-No reino inferior nos somos o casal de nobres perfeito,quando estamos lá somos vigiados a cada minuto por nossas famílias,já aqui não,estamos sempre em missões então não precisamos finjir.-Ele riu novamente,cada vez mais pensativo.

Dois jovens de familias nobres,namorando para cumprir as exigências de suas famílias.

E pensei que isso so acontecia em livros.

Se bem que minha vida atual seria o enredo perfeito para um livro de fantasia.

Senti o clima triste ter se instalado no quarto.

Suspirei.

Estendi o braço e logo alncancei meu objetivo,coloquei a mão em sua cabeça mexendo um pouco em seus cabelos.

Senti quando ele,pego de surpresa,ficou tenso,mas logo relaxou.

Enquanto isso eu estava com a cara enfiada no colchão,cobrindo o tom provavelmente vermelho que se instalava no meu rosto.

Fiz um pequeno cafuné em seus cabelos.

-Obrigada,Ian.-Agradeci,não sei exatamente o porquê.

Ele pareceu ficar ainda mais supreso e apesar de não estar enxergando,tenho quase certeza que ele estava rindo.

E foi minha vez de ser surpreendida.

Ele segurou a minha mão,que estava em sua cabeça,e a colocou entre as suas.

Quentes...a sensação é boa.

-Eu digo o mesmo,Celina.-E entao depositou um beijo nas costas da minha mão.

Arregalei os olhos,não me atrevi a levantar o rosto pra encara-lo.

Após alguns segundos ele limpou a garganta.

-Vou deixar você descançar,Boa noite-

O som do piso de madeira deixou que eu acompanhasse seus passos ate a porta.

-Boa noite Ian-.

Logo ouvi a porta trancando.

Soltei a respiração exasperada.E passei ali o resto da noite perplexa,sem reação,e com dor de cabeça.
























































Eu.gostaria de dizer uma coisa:

TA SATISFEITA AGR DONA Cally_Kb ?

Dragões:A DomadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora