IAN P.O.V
Ainda me lembro como corredores da casa pareciam ficar cada vez mais estreitos todas as vezes que eu retornava.
Especialmente daquela vez a Sensação de inclinação e vertigem me deixava tonto e com os passos cada vez mais instáveis, o corredor parecia se estender infinitamente e o suor frio escorria pela minha nuca e costas, assim como minhas mãos se enxarcavam cada vez mais à cada minuto.Não é como se eu não tivesse feito uma preparação mental antes de vir. Mas minha mente continuava me lembrando que estava prestes a assinar minha sentença de morte, meu coração estava prestes a falhar.
Essa decisão é uma loucura, e eu sei disso.
A porta de madeira escura chegou à minha frente antes que conseguisse notar e a maçaneta parecia um monstro que estava prestes a me engolir por inteiro.
Puxei a respiração mais funda que consegui e então à soltei, uma tentativa falha de acalmar meu estado de pânico mas não é como se houvesse volta à partir daqui.
Fui eu que solicitei a audiência afinal.
Gravei essa frase no meu subconsciente, esta é uma decisão minha.
Bati na porta duas vezes para anunciar mimha chegada e então com a mão firme girei a maçaneta.
O Escritório de meu pai não havia mudado muito desde minha última visita, sejam as grandes janelas nas costas da cadeira ou as enormes estantes de livros, o cheiro de tinta e pepel antigo, tudo era exatamente o mesmo.
Inclusive meus pais, a postura de meu pai era a mesma, o rosto severo e sempre enterrado em inúmeros documentos, minha mãe tinha seu próprio escritório mas dessa vez estava em pé ao lado da cadeira de meu pai analisando um documento em mãos, quando era criança tinha a impressão que o tempo não passaria para eles mas observando agora enquanto minha presença passa despercebida posso ver as marcas do tempo começando a tomar conta.Fechei a porta atrás de mim, o barulho pareceu desperta-los.
-Ian meu filho... Finalmente em casa, sente-se vamos conversar- Minha mãe estendeu a mão em direção ao sofá no canto da sala próximo a uma das janelas laterais.
Coloquei as mãos atrás das costas e a fitei em silêncio por alguns segundos.
- Não posso ficar por muito tempo mãe, vim discutir um assunto importante e voltarei logo depois- Ela não questionou mais e apenas voltou a olhar o documento, enquanto isso senti o olhar de meu pai queimar minha pele.
Ele colocou os docmentos de lado e me encarou, sustentei seu olhar diretamente.
-Então? Deve ser realmente muito importante, você nunca tem tempo para casa e decidiu aparecer-
Apertei o punho escondido mas costas com força, não é o momento de cair na provocação.
-É sobre o compromisso de casamento com a familia Hartch...-
Fui interrompido por um olhar cortante de minha mãe.
-Você decidiu uma data?- Ela pousou a folha na mesa novamente e se concentrou em mim.
Desviei o olhar de meu pai e segurei o dela, pude sentir o primeiro me analisar e julgar em busca de brechas, ele quer uma falha.
-Eu quero romper o compromisso-Concluí.
Minha mãe pareceu ter perdido a respiração e o olhar de meu pai se tornou furioso.
- Não! Você vai casar com Amanda Hartch- Ela cuspiu as palavras de forma ríspida.
Levantei uma sobrancelha, apesar da aparência de desafio meu sangue estava queimando e minha magia queria entrar em combustão espontânea.
-Amanda e Eu não vamos casar, isso já foi decidido- Respondi.

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Dragões:A Domadora
FantasíaCelina, uma estudante de um colégio de elite do ensino medio,aparentemente bolsista, com uma típica vida escolar. Tem sua vida mudada após um evento inesperado durante uma das excursões da escola. Após uma discussão com sua mãe ela toma a decisão de...