A hora de almoço estava a aproximar-se.
Eli e Gabe continuam nas imediações da casa fazendo uma verificação de modo a que Eli se inteire de possíveis pontos sensíveis. Eli vai falando com Tom e Leonard em videochamada, mostrando o local e fazendo o aconselhamento sobre o que fazer para facilitar o trabalho deles.
- Gabe, Lilly quer um cão. – Eli mantém uma conversa com Gabe enquanto se encaminham para a casa, depois de ter terminado a chamada com Tom e Leonard.
- Há semanas, senão meses, que ela anda a pedir o pai. – Gabe sorri.
- Eu preciso da tua ajuda para conseguir convencer Zach. – Olha para Gabe, parando de frente para ele. – É uma boa ideia. Um cachorro para se apegar, mas que se consiga treinar para também a proteger.
- Já tens alguma raça em mente?
- Se fosse noutra situação, poderíamos ir a algum local e adotar um cachorro, mesmo sem raça definida, mas que Lilly ficasse apaixonada. Mas esta não é uma situação usual. Eu sugiro um Pastor Alemão. É uma raça fiel, atenta, segura, autoconfiante, equilibrada, inteligente e altamente destemida. É fácil de adestrar e tem boa convivência com crianças e outros cães, desde que seja habituado e socializado.
- Bem, parece que já fizeste o trabalho de casa, Eli.
- Claro, Gabe! Para além disso é uma raça que se manifesta reservada com estranhos e bastante alerta, não recua perante o perigo, mesmo sob forte agressão, quer de armas de fogo ou até explosivos.
- Convenceste-me. Falas com Zach, ou falo eu?
- Eu posso falar com ele. Aproveito para conversarmos sobre outros assuntos importantes. Mas posso precisar de um aliado para o convencer.
Eli sorri e entram dentro de casa, ouvindo uma conversa alegre.
Lilly está no colo da avó paterna, Laura, que está sentada ao lado do marido, Samuel, e, no outro sofá de frente, está Rodriguez a rir com algo que Samuel disse à pequena.
No sofá perpendicular estão sentados Ella e Lucca, que sorriem.
Zach está de pé, conversando com o cunhado, Quinn Salvatore, e eleva a vista aos recém-chegados.
- Avó, aquela é Eli! – Lilly levanta-se do colo de Laura Williams e pega na sua mão, puxando a avó para a apresentar a Eli.
- Senhora Williams, sou Eliana de Sá. – Eli estende a sua mão em cumprimento e é surpreendida pelo abraço da senhora.
- É um enorme prazer conhecer a mulher que arrebatou o coração da minha neta em apenas um dia. – Laura sussurra perto do ouvido de Eli, no momento em que a abraça. – Lilly já me contou tudo. – Olha para Eli, que tem a expressão surpresa.
- Posso dizer, em minha defesa, que foi mútuo, senhora Williams. Mas sou apenas a segurança da sua neta.
- Eu sei, Eli. Mas conhecendo a minha neta, algo me diz que isso será esquecido tão rapidamente quanto a velocidade da luz! – Sorri para Eli, sem lhe largar as mãos.
- Senhora Williams, acho que está completamente acertada. – Sorri para a mulher, que dá uma gargalhada.
- Podes chamar-me Laura, querida.
- Obrigada, Laura.
Entretanto, Lilly abraça as pernas de Eli, que se curva para dar um beijo na sua cabeça.
Os demais levantam-se e dirigem-se a Eli para as apresentações.Lilly tinha feito questão de apresentar Rodriguez e já tinha falado sobre Eli e tudo o que tinha acontecido ontem.
Rodriguez ficou feliz com o entusiasmo da menina a falar deles e, quando Lilly disse que Eli tinha cantado para ela adormecer, teve a confirmação dos temores da amiga em relação à proximidade com a pequena Lilly. Estavam os dois apegados à menina como pastilha elástica. Lilly seria para eles a pessoa mais importante do mundo até conseguirem acabar com aquilo. O segurança sorri internamente. Já sabia dos olhares de Zach sobre Eli e não iria demorar nada a sentir algo mais por ela, tal como a filha.
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Segura de si
RomanceQuem disse que a tropa não é para mulheres, está bem enganado. Eliana de Sá foi Sargento no Exército, sendo militar durante sete anos, e saiu apenas para trabalhar numa empresa conceituada de segurança privada, onde já exerce a sua atual profissão h...