- Papá! - Lilly corre em direção ao leito do pai e pega na sua mão, com força.
- Eu ajudo. - Rodriguez pega na menina ao colo e auxilia-a a dar um beijinho no pai.
- Tinha saudades dos teus beijinhos, Lilly.
- E eu dos teus! - A menina dá um sorriso enorme. - Estás melhor, papá?
- Tenho um pouco de dor, mas consigo aguentar. E tu, princesa, como estás?
- Agora, já estou bem. - A menina sorri. - Papá, o tempo da minha visita está quase a terminar, mas eu prometo que volto amanhã. Queres que te traga alguma coisa?
- Oh, sim, podias trazer o computador...
- Tudo menos isso, papá! - Lilly torce o nariz.
- Mas...
- Papá, tens de descansar, para ficar bom depressa. - A menina faz uma careta, ao mesmo tempo que coloca as mãos na cintura.
- Já entendi tudo - Zach reclama. - Tu e a tua mãe são farinha do mesmo saco.
- Zach, Amorzinho, tens de entender que as mulheres são cúmplices umas das outras. - Eli pisca o olho para Lilly, que retribui, e desatam às gargalhadas.
- Ainda bem que vou ter um filho... Se fosse outra menina, estaria tramado, à força toda.
- Reza para que, das próximas vezes, não sejam raparigas. - Eli abre um sorriso enorme para Zach.
- Gostei do facto de pensares em mais filhos, Amor. - Depois, franze o cenho, assim que reflete em tudo o que Eli dissera. - Ah, não! Tenho de pensar bem nisso. Vou arranjar uma estratégia para conseguir fazer só meninos.
- Só tu, Zach! Nem sei onde é que a tua cabeça vai buscar essas ideias. - Eli revira os olhos. - Que imaginação mais fértil, senhores!
- Chega aqui, Amor. - Eli aproxima-se e Zach abre os braços, para ela se aconchegar. - Eu só quero que deixes de ficar preocupada comigo. Relaxa um pouco, Eli, estás muito tensa e ansiosa. Isso não é bom para ti, nem para o bebé, e, muito menos, para a Lilly, que dá conta do nosso estado de espírito. - Zach sussurra, e beija a sua face com carinho.
- Obrigada, Amorzinho. Eu amo-te.
- Também te amo. Promete-me que vais tentar ficar mais calma.
- Eu prometo. - Eli afasta-se ligeiramente dele, de modo a conseguir beijá-lo. - Nós vamos andando, Amorzinho.
- Eu fico bem. Fica descansada. - Estende a mão para Lilly. - Chega aqui e dá-me um beijo, filha traidora. - Lilly e Eli desatam às gargalhadas, e Zach acompanha durante uns segundos, antes de jogar as mãos ao abdómen e cessar o riso, com uma careta de dor. - Nem me posso rir com jeito! - Zach respira fundo, devagar. - Vão descansar. Eu fico bem.
- Aproveita para descansar, papá.
- Assim farei, princesa.
- Tchau, Amorzinho.
Eli despede-se dele com um beijo, seguida de Lilly e encaminham-se para a porta. São interrompidas pelo seu chamado.
- Podes trazer-me o telemóvel? Assim, eu ligo para vocês, quando tiver saudades... - O pedido é feito com uma carinha inocente.
- E para a empresa também, não é, senhor Zachary Williams?
- A... Fui apanhado! - Suspira dramaticamente. - Meu querido Deus, ajuda-me e dá-me força, para eu conseguir lidar com estas duas mulheres. Amém.
Depois de mais umas gargalhadas, Eli e Lilly saem e regressam a casa.
Uma semana e meia depois, Zach tem alta e regressa a casa, finalmente.
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Segura de si
RomanceQuem disse que a tropa não é para mulheres, está bem enganado. Eliana de Sá foi Sargento no Exército, sendo militar durante sete anos, e saiu apenas para trabalhar numa empresa conceituada de segurança privada, onde já exerce a sua atual profissão h...