No momento em que o carro estaciona em casa, os Sá e os Williams saem apressados até eles. Atrás vêm os Salvatore.
Lilly corre para o colo de Samuel, e os outros abraçam os recém-chegados.
Todos queriam perguntar como tinha sido, mas deixaram as questões para outra altura. Estavam sãos e salvos.
Era a única coisa que importava.
Acomodaram-se na sala, a falar apenas em meias palavras, para que os pequenos não ficassem perturbados. Depressa se esqueceu esse assunto e começaram a falar do facto das famílias de ambos se terem conhecido, finalmente.
Lilly estava no colo de Eli, que passava os dedos nos cabelos da menina, enquanto a menina falava ao telefone com a sua psicóloga.
- Mamã, já terminei. - Entrega o telefone a Eli. - Obrigada.
- Tens alguma coisa para me dizer, querida?
- Já posso ir para a escola?
- Claro que sim! - Eli ri.
- Oh, mas não era só isso que eu queria dizer. Isso foi uma pergunta. - Lilly faz uma careta, provocando o riso nos demais. - Eu quero dizer que agora já estou aliviada por não precisar de ter cuidado a toda a hora e isso deve-se a ti, mamã. Obrigada. E obrigada a ti também, papá, por teres trazido a mamã Eli para aqui.
- Bem... - Zach passa os dedos no cabelo, num gesto encabulado. - Vais ter de agradecer ao Gabe, porque ele é que fez com que Eli viesse para cá.
- Oh! Então também tenho de agradecer a ele.
- O que é que a Leia te disse?
- Muitas coisas importantes, mas essas ficam só para mim.
- Princesa, vais ficar bem?
- Sim, papá. Eu estou bem. - Depois arqueia a sobrancelha. - Mas tenho fome.
Todos começam a rir e Laura leva a menina para irem lanchar. Lucca e Senkai vão também.
Os restantes esperam que os miúdos e Laura saiam da sala, para se inteirarem dos acontecimentos.
- Filha. - David incentiva a filha a falar.
- Eu... - Eli suspira. - Eu acabei com a vida do indivíduo. - Zach abraça-a e beija-lhe a testa.
- Queres falar comigo a sós? - O pai pergunta-lhe.
- Sim, pai. Pode ser mais tarde?
- Claro, filha.
- Obrigada pai. Agora vou resumir-vos e, depois, quero alhear-me um pouco a isto, pode ser? - Todos concordam. - Há coisas que nem o Zach sabia. A missão fora quase toda planeada com o seu conhecimento, mas decidimos ocultar alguns detalhes, porque ele está ligado a Lilly por laços familiares. - Eli volta o rosto para ele. - Desculpa, Amorzinho.
- Não faz mal, Amor. Eu compreendo.
- Quer dizer, também eu estou... - Eli volta a suspirar. - Não foi nada fácil manter a cabeça fria e o coração longe, mas teria de fazer um esforço hercúleo para que nada acontecesse à Lilly. Tive momentos de pura frustração e, até mesmo, raiva, pois não conseguia delinear estratégias que se mostrassem apropriadas e que resultassem. - Eli faz uma pausa, olhando para todos os presentes, que mantinham silêncio e atenção nela. - O planeamento desta última foi complicadíssimo. Principalmente, depois de... - Eli olha para Zach, que acena a cabeça em confirmação para que ela prosseguisse, mesmo depois de terem acordado em esperar. - Depois de descobrir que estou grávida.
Assim que fala, a alegria toma conta de todos os presentes. Beijinhos e abraços são partilhados. O pai de Zach ficou completamente emocionado, e os pais de Eli sorriem e entreolham-se em cumplicidade, pois já sabiam. Ainda envoltos em euforia, voltam a sentar-se para que Eli termine o relato.
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Segura de si
RomanceQuem disse que a tropa não é para mulheres, está bem enganado. Eliana de Sá foi Sargento no Exército, sendo militar durante sete anos, e saiu apenas para trabalhar numa empresa conceituada de segurança privada, onde já exerce a sua atual profissão h...