- Como é que é possível? – Zach reclama, enquanto partilha o banho com Eli.
- Sendo! – Eli ri-se da expressão facial dele. – Quando estamos a lutar, tu observas como eu te ataco, como me esquivo ou como me defendo?
- Já apanhei algumas estratégias tuas, mas nem todas. E tu és rápida pra caramba!
- Eu já topei vários pontos fracos teus. E cada vez que lutamos, ainda consigo perceber mais.
- Ah, assim não vale! Para a próxima quero Kickboxing!
- Tens a certeza?!
- Hã?! A sério?! – Ele percebe a indireta dela.
- Yap.
- C'um catano! Jiu Jitsu?
- Pode ser.
- Hum... É melhor não. Não sou muito bom nisso. - Eli ri-se até ao ponto de lhe doer a barriga.
- Se calhar, podemos continuar com MMA. – Eli ergue uma sobrancelha. - Se lutarmos num só estilo, vai ser mais difícil para ti, Amorzinho.
- OK Mas não te safas para a próxima. – Zach usa um tom de voz ameaçador.
- Huh! Estou cheia de medo. Estás a ouvir este som?
- Qual? Não estou a ouvir nada.
- O dos meus joelhos a baterem um no outro, com o medo que tenho de ti.
- Eli, és mesmo doida! – Riem-se os dois. Depois, Zach abraça-a. – Ainda bem que já estás mais serena.
- Obrigada pelo apoio, Amorzinho.
- De nada. Mas, quero outro tipo de recompensa. – Zach dá um sorriso malicioso.
- Depravado!
- Não sou não! Nem te disse qual era a recompensa e já estás a acusar-me!
- Ai, não te armes em santinho!
- Eu?! Longe de mim fazer tal coisa!
- Vá, diz lá qual é a recompensa?
- Por enquanto, não vai ser possível. – Beija-a. – Quero levar-te a outro passeio romântico.
- Hum-hum E sem sexo?!
- Definitivamente... - Zach faz uma pausa. - Não posso abdicar disso.
- Eu sabia!
Voltam a rir e terminam o banho. Depois de se vestirem, descem para se acomodarem na sala. Num dos sofás, Zach acaba por se deitar com a cabeça na perna de Eli, que passa os dedos no seu cabelo, assistindo um filme aleatório.
- Amor, já pensaste no nosso casamento? – Zach murmura.
- Ainda não. – Eli responde no mesmo tom. - Contudo, acho que estou a tentar acostumar-me com a ideia, Zach.
Zach levanta-se e ajoelha-se em frente de Eli, segurando as mãos dela nas suas, passando os polegares nelas.
- Tens dúvidas?
- Não.
- Eli...
- Calma, Amorzinho. Não penses em asneiras! – Eli leva as mãos ao seu rosto. – Com tudo o que tem acontecido, ainda não comecei a idealizar nada. A nossa relação desabrochou rapidamente e eu fui tomada por novas sensações. Algumas sensações que eu desconhecia. Foi inesperado e parece que, por vezes, é irreal Não sei se me faço entender.
- Receias que isto não passe de uma ilusão? Que eu acabe por te magoar?
- Não é bem isso, mas quase parecido.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Segura de si
RomanceQuem disse que a tropa não é para mulheres, está bem enganado. Eliana de Sá foi Sargento no Exército, sendo militar durante sete anos, e saiu apenas para trabalhar numa empresa conceituada de segurança privada, onde já exerce a sua atual profissão h...