Capítulo 15

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- Mano, temos o reconhecimento do parque para fazer.

- Conta comigo, Eli.

- Podem ir descansados. Eu vou cuidar da pequena. Logo nos reunimos para planear o resto.

- Obrigada, Gabe. - Eli Sorri. - Quem foi com Zach?

- Santiago e Theo. A Williams World Technology acionou o protocolo de segurança, antes de ele lá chegar e mantém-se enquanto isto não passar. - Eli, respira fundo e sossega.

- Não consigo ficar descansada, Gabe. Sei que ele não é o alvo principal. Quer dizer, ele é o alvo para infligir dor, sofrimento.

- Já partilhaste essa tese com ele?

- Não concretamente, mas ele já percebeu. Por isso é que está bastante preocupado comigo, também.

- OK, deixemo-nos de tretas. Vão lá ver o parque e tenham cuidado.

- Obrigada, Gabe. Vamos, Rodriguez?

- Vamos nessa!

Dois dias depois, já tinham instalado o novo programa de localização. O nerd da informática quase não dormiu para ter tudo pronto. Era um programa perfeito. Foi testado e colocaram todos os novos localizadores nos veículos e, inclusive numa pulseirinha para Lilly, e outras para Zach e Eli.

Eli leva o seu carro. Pelo menos a condução vai deixá-la um pouquinho mais relaxada.

Estavam a passar numas ruas movimentadas, a uma velocidade bem moderada, quando umas pessoas lhes despertam curiosidade.

- Eli.

- Já vi.

Eli reduz ainda mais a velocidade e consegue um estacionamento próximo das pessoas. Observam duas mulheres e um homem a conversar. Uma delas gesticula agitadamente.

Aproveitam a privacidade que lhes conferem os vidros escurecidos, e continuam a observar.

- Eu pagava para ouvir a conversa.

- E eu.

Aos três, que estavam a falar, junta-se uma outra mulher.

- Eu sabia, mano!

- Mesmo, Eli. Bem disseste. A lixadela é não conseguirmos um áudio.

- Tira o flash, mano.

Rodriguez certifica-se que tem o som do obturador desligado e o flash, antes de filmar e tirar umas quantas fotos. Não podiam dar espiga e serem catados, mesmo estando no interior do veículo.

Ah, pois é.

Eli e Rodriguez depararam-se, nada mais, nada menos, do que Hélio Rodriguez, Eleanor Lawrence e Sarah Bradford, absorvidos numa espécie de discussão. A mulher que se juntou a eles, posteriormente, foi Jessica Matthews.

Ficaram ali cerca de cinquenta minutos. Depois disso, despedem-se com apertos de mão. Eleanor e a filha seguem o seu caminho juntas e Hélio e Jessica, por sua vez, tomam o caminho contrário, abraçados. Param para trocar um beijo e sorrisos cúmplices, retomando o caminho novamente.

- Que grande cabra! Estou arrependida de não lhe ter dado umas chapadas naquela tromba.

- Como eu te compreendo.

- Ainda bem que nós fomos para aquela casa, aparentemente, no momento certo. Nem quero imaginar o que ela poderia ter feito à Lilly na ausência de Zach, ou num momento de distração de Gabe.

- Eli, isto afigura-se com mais gravidade do que eu pensava. O teu julgamento era acertado, mana. - Rodriguez passa os dedos pelo braço de Eli, acalentando-a.

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