- Se não visse com os meus próprios olhos, não acreditaria no que eles me contaram. – Hélio fala baixo.
- O que quer de nós? – Pergunta Zach.
- Eu sei que vocês sabem quem sou. – Ele ri em tom de deboche. – Mas não sabem o que pretendo.
- Sou toda ouvidos. – Eli fala com uma calma que não sente.
- Quer dizer, eu não quero nada. Mas eles pretendem algo.
- Eles quem? – Eli vai apalpando terreno.
- Oh, o teu homem sabe bem.
- Desculpe, mas não estou a compreender.
- De burro é que tu não tens nada, Williams. Então, pensa bem.
- Está a sugerir que vem fazer algo que não tem nada a ver consigo, mas a pedido de alguém. Porquê?
- Até tem. Um pouquinho. Mas indiretamente. – Ele arqueia a sobrancelha. – Vocês fizeram com que a minha mulher não consiga encontrar emprego.
- Desculpe?! Eu continuo sem perceber. – Diz Zach.
- A culpa também é dessa pirralha.
- Eu não sou pirralha! – Reclama Lilly.
- Olha, olha! A pequenina tem garra...
- Nem se atreva! - Zach fala ameaçadoramente.
- Acho que não estás em posição de falar, Williams.
Eli percebe que o homem não tem noção de que estão rodeados de seguranças. Começa a pensar no que pode falar para o incentivar a falar.
Ele está perto demais. Próximo demais.
Lilly está ao lado de Eli, à direita, ligeiramente atrás da sua perna. Senkai permanece em posição ao lado da menina e Zach encontra-se ligeiramente atrás delas.
- Só me ocorre o facto de que está a ser remunerado para esta fantochada. – Eli provoca.
- Ora aí está. Mas também por conta própria. – Ele volta a sorrir com malícia. – Lembram-se da Jessica?
- O que tem?
- Ela é minha mulher. E, desde que a despediram, ela não conseguiu mais trabalhos de ama. E isso não é justo! – Grita na última parte, fazendo Lilly encolher-se.
- Eu paguei o que ela tinha direito.
- Mas não lhe deu carta de recomendação.
- Eu penso que ela não a merecia. Então, acho que Zach não tinha de dar referências. - Intervém Eli.
- Já estou a perder a paciência contigo. – Ele fala com agressividade para Eli.
Ótimo. Era mesmo isso que Eli pretendia.
- Olhe, senhor, ela era um pouco incompetente.
- Eliana de Sá, não me provoques.
- É verdade.
- Acho que os Lawrence vão ficar muito contentes se eu acabar com vocês três.
- Os Lawrence?
- E os Bradford. A sirigaita mais nova até pediu para eu poupar o Williams, mas penso que não vou fazer o gostinho à Sarah.
Ena pá, para quem aparentava inteligência acima da média, estava a ser bastante inepto.
- O dinheiro é bem-vindo, mas a vingança vai saber-me muito melhor.
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Segura de si
RomanceQuem disse que a tropa não é para mulheres, está bem enganado. Eliana de Sá foi Sargento no Exército, sendo militar durante sete anos, e saiu apenas para trabalhar numa empresa conceituada de segurança privada, onde já exerce a sua atual profissão h...