Capítulo 27

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- Esta demora não é normal - Zach anda de um lado para o outro. – Aconteceu alguma coisa!

- Filho, geralmente, todas as noivas se atrasam. – Laura tenta acalmar o filho.

- Mas já passaram quinze minutos!

- Eli tem razão. Tu és impaciente p'ra caramba, filho!

- Não é impaciência, mãe, são nervos! – Zach fala baixinho, segurando as mãos da mãe entre as suas.

- Oh, filho, não tens por que te preocupar. Ela vem. – Laura não consegue suster o riso. - As noivas têm de estar perfeitas, e isso leva o seu tempo.

- Ainda me vai dar um treco... - A mãe volta a rir e abana a cabeça depois de Zach murmurar.

Zach enverga um smoking tradicional, de cor preta, e um simples papillon azul escuro, com uma flor solitária na lapela, e sapatos pretos, brilhantes. O seu cabelo está penteado para o lado, com gel, e a barba bem aparada.
Já estava habituado a usar fato, mas, está tão ansioso pela chegada de Eli, que se sentia sufocado.
Naquele momento, já devia ter percorrido cerca de um quilómetro no vai e vem em que se encontra.

A pequena capela, que escolheram, é acolhedora e de uma beleza simples. O teto, alto, com vigas de madeira sobressaídas, numa espécie de arco oval, por todo o comprimento do edifício, adequa-se, perfeitamente, a uma descrição de construção rústica. Bancos de madeira, corridos, formam o corredor. Enfeitados, no topo, com pequenos arranjos de flores brancas, entrançadas em ramos verdes.
Pétalas brancas estão amontoadas no chão, compondo o corredor que leva ao altar simples, também decorado com fores brancas e velas.
O pano de fundo é completado com um magnífico vitral.

Zach espera, ansioso, no altar, acompanhado pela mãe e os seus padrinhos, Ella e Quinn.
No outro lado, Rodriguez e Leia, a psicóloga de Lilly, que se tornou a melhor amiga de Eli e namorada de Rodriguez.

A organizadora do casamento chega perto de Zach e avisa-o de que Eli chegara. Respirando fundo, coloca-se no seu lugar, depois da mãe lhe dar um abraço e o padre o cumprimentar.

À porta da capela, Eli está completamente trémula, resultado de uma emoção inexplicável. O pai e Lilly tentam fazer com que a ansiedade se esvaia, mas é uma tarefa quase impossível. A mãe dela aperta a sua mão, transmitindo força.

- Mamã, vamos? – Lilly sorri.

- Está na hora, filha. – David murmura, abraçando a filha.

- Filha, eu vou acalmar o teu homem! – Moira diz, piscando o olho, antes de entrar. – A esta hora, Zach deve estar impacientíssimo!

- Vamos lá! Acho que, se demorarmos mais um segundo, o Zach vai ter um ataque! – Os quatro irrompem às gargalhadas.

Eli respira fundo, antes de encaixar o seu braço no seu pai, e aperta o bouquet, de flores brancas e rosas.

O seu vestido branco, em tecido leve, sustenta o seu busto e cai solto. A parte de cima é adornada com renda, completando umas mangas delicadas, e uma fita de cetim faz o acabamento, ajustado por cima da barriga saliente. Os sapatos, também brancos, lisos. O cabelo está preso num coque lateral baixo, elaborado com uma simplicidade elegante, adornado com pequenas flores brancas, e a maquiagem ilumina o rosto.

Lilly enverga um vestido volumoso, com renda na parte superior. Uma fita de cetim rosa é ajustada acima da sua cintura, e uma flor, da mesma cor das do bouquet de Eli e da fita, prende o seu cabelo solto, atrás da orelha. A menina segura uma fita que prende um pequena esfera de galhos entrelaçados, onde as alianças estão encaixadas.

As portas abrem-se e soa a marcha nupcial tradicional.

Zach fica embasbacado, assim que avista a sua filha entrar, antecedendo Eli e David. Sem conseguir controlar, uma lágrima, carregada de emoção e felicidade, desce pela sua face, abrindo um sorriso de orelha a orelha. Tenta limpar disfarçadamente, mas, assim que nota as lágrimas de Eli, as suas derramam-se de igual forma.

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