A noite foi complicada.
Eli quase não pregou olho, já que a ansiedade a corroía até à medula. Levantou-se um sem número de vezes para ir ver a pequena Lilly e, depois, ficava a velar o sono de Zach até voltar a adormecer. Mesmo depois de adormecer, dava voltas e mais voltas no leito.
Por seu lado, Zach acordava por cada vez que Eli saía da cama. Ficou balançado entre ir atrás dela e convencê-la a descansar um pouco, ou respeitar aquele vai e vem dela. O problema é que compreendia muito bem o que Eli estava a sentir e optou por deixá-la certificar-se, constantemente, de que Lilly estava bem.
Com aquele corrupio noturno, nenhum deles dormiu em condições.
Quando Zach desperta, por volta das oito da manhã, a primeira visão dele foi Eli sentada na cama, recostada na almofada e a acariciar a barriga, iluminada pela pouca claridade que vinha da janela do quarto. Não conseguiu evitar sorrir com aquele quadro.
- Bom dia, amores da minha vida. – Zach aproxima-se dela, beija-a e a sua barriga, sentando-se a seu lado.
- Bom dia, Amorzinho.
- Não dormiste nada de jeito, Eli.
- Mesmo nada de jeito. Estou preocupada e isso fez com que eu precisasse de ir ver a Lilly a toda a hora. Nem sei quantas vezes revi a estratégia na minha cabeça e nem quantos cenários imaginei.
- Tens noção de que isso é prejudicial?
- Eu sei! Mas foi complicado, Zach, não consegui evitar.
- Sentes-te bem?
- Um pouco ansiosa, mas bem.
- Fome?
- Faminta!
Os dois desatam a rir e só param quando ouvem bater à porta. Depois de Zach dar licença, Lilly espreita à porta.
- Posso? – Lilly adentra com Senkai na sua cola.
- Vem cá, princesa. – Pede Zach.
- Bom dia!
- Bom dia. Só faltava este amor da tua vida, Zach.
- Agora, sim. Já os tenho todos ao pé de mim.
Lilly senta-se no colo do pai, depois de abraçá-los. Entram numa conversa animada, e ficam naquilo durante algum tempo, desfrutando.
Quando a fome está a tomar mesmo conta dela, Eli apressa pai e filha para se despacharem e ir tomar o pequeno-almoço.
Descem completamente alheios a quem está na sala.
- Mãe, pai?! – Eli pára no fim das escadas, boquiaberta. – O que fazem aqui?
- E um abraço, não? – Remata o seu pai.
Eli vai até aos pais, com o passo apressado, abraçando-os ao mesmo tempo.
- Ai, que saudades, filha! – Murmura a mãe, no seu ouvido. – É impressão minha, ou tens algo para me contar?
- Hã?!
- Tens? – Moira continua a falar num tom muito baixo.
- Como...?!
- O teu corpo delatou-te, assim que te meti os olhos em cima.
- Oh! – Eli enrubesce. - Já falamos, pode ser?
- Claro, querida.
- O que é que tanto cochicham? – Pergunta David.
- Logo te conto. – Moira pisca-lhe o olho.
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Segura de si
RomanceQuem disse que a tropa não é para mulheres, está bem enganado. Eliana de Sá foi Sargento no Exército, sendo militar durante sete anos, e saiu apenas para trabalhar numa empresa conceituada de segurança privada, onde já exerce a sua atual profissão h...