Capítulo 8

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"Há cada dia que passava, mais tensa ela ficava em relação à situação que se encontrava. Ela tentava de todas as formas ser feliz, mas não conseguia..."

Hero's P.O.V.

Ela não quer falar sobre isso, então não irei forçá-la a nada.

Eu olhava para a garota em minha frente e a única coisa que eu sentia de ruim era a vontade de agarrá-la sem poder fazer isso. Não posso dizer que gosto dela, tipo... gostar. É complicado, é tudo muito complicado. E vejo que não seria um sentimento recíproco. Ela sempre tenta me afastar, é incrível sua grande habilidade de fazer isso.

Seu sorriso consegue me encantar e me desmontar, e consigo sentir o gosto dos lábios dela há cada segundo que passo observando sua boca.

-Não vai comer?- Josephine pergunta, rindo enquanto limpa o canto da boca e me afasta de meus pensamentos.

-Ah, vou sim.

-Então... como é a Mercy? Pode ser que eu já tenha a visto por aí...- ela pergunta. Eu amo quando ela se mostra interessada em algo que esteja relacionado a mim.

-Mercy é esta da foto- mostro uma foto da minha carteira em que está Mercy, meu pai e eu.

-Meu Deus, ela é linda!- ela exclama- acho que já vi ela sim, mas conhecer eu não conheço. o- completa

-Ela sempre está andando por aí- - Rio e guardo a foto.

-Então... na foto é seu pai?- perguntou

-Sim, é ele... e minha mãe é esta- mostro outra foto que guardo comigo

-Você guarda fotos reveladas na carteira?- ela ri, meu Deus, ela está me achando brega?

-Guardo. Para quando eu sentir saudades...- digo e ela sorri

-É ótimo saber que não sou a única!- ela diz, retirando sua carteira. Lá há uma foto de uma criança parecida com ela, outra de uma mulher que está faltando um pedaço, mais uma, agora de um casal com ela, um cara num penhasco e uma foto dela com uma criança nos braços, ela está linda! É incrível que consegue ser linda em todas as fotos

-Quem são?- perguntei

-Essa é minha mãe, este o casal que me adotou, aqui é minha irmã perdida...- ela para

- e esses dois?- pergunto sobre o bebê e o cara que se parecem... não tenho resposta.

Olho para Josephine e seus olhos estão marejados

-Bom... vamos terminar de comer?- ela diz, nervosa e guarda a carteira.

-Você está bem?- pergunto, ela assente, mas sua expressão por trás do sorriso falso insiste em me dizer que não.- Quer ir para casa?- pergunto, ela solta a comida e assente.

Pago a conta enquanto Josephine fica calada. Apesar de tudo, fico feliz de não ter que discutir para ver quem irá pagar, e ela teria dinheiro suficiente para pagar oito lanches desses no exato momento.

Vamos para o carro e dou a partida. Olho para o lado e ela está com o rosto virado para a janela. Não quer conversar, é óbvio. Que merda eu fiz?

-Tá tudo bem?- pergunto. Ela assente com a cabeça, ainda virada para a janela, mas logo coloca a mão no rosto e chora. Paro o carro no acostamento.- o que foi?- pergunto, puxando-a para meu peito.

-Ele morreu! Ele morreu!- chorava desesperadamente

-Quem? Quem morreu?- pergunto, acariciando seu cabelo enquanto a abraço.

E Quando o Verão Acabar? - Livro 1 "O Fim das Estações" [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora