"O tempo estava passando rápido demais para um casal prestes a crescer"
Josephine's P.O.V.
Quatro meses com ele ao meu lado e meus sentimentos só nutriam-se.
Hoje ele disse que tem um presente para mim, e então me chamou para sua casa.
Me arrumei casualmente, com uma calça moletom preta, camiseta preta, um moletom branco por cima, com minhas uggs e um gorrinho vermelho.
Fui andando até sua casa e ele já estava na frente, à minha espera, creio eu.
Estava tão lindo com sua calça cinza e suéter preto de gola V, seus cabelos perfeitamente bagunçados.
– Vamos? – ele perguntou.
– Onde?
– Ali – apontou para a cafeteria da dona Karen.
– Vamos. – falei, e ele pôs os tênis.
Fomos até lá, observamos as várias crianças que ali estavam e meu peito doeu. Podiam ser as minhas filhas.
Puxei as lágrimas que ameaçavam cair e sentamo-nos em uma das mesas.
Dona Karen sequer chegou perto da mesa.
Pedi um café preto, e Hero um Macchiato.
Quando fui tomar meu café, estava amargo que nem fel.
Pigarreei e chamei dona Karen, que logo se emburrou e cochichou algo no ouvido de alguém. Ela respira fundo e vem até a mesa.
– Olá! O que foi?– perguntou, com um sorrisinho.
– Meu café estava amargo demais.– falei, e ela arqueou as sobrancelhas.
– Essa caixinha na mesa é de açúcar, caso não saiba. – ela me informou, rispidamente.
– É, eu realmente não sabia. Obrigada.
Ela saiu de perto, e adocei meu café.
– Tens problemas com a dona Karen? Nunca a vi falando assim. – perguntou Hero.
– Na verdade, ela é uma grande amiga. – falei, também confusa pelo ato de Karen.
Não quisemos comer nada, e ficamos sentados no banquinho estofado que rodeava a mesa, quietos, apenas abraçados.
Eu gostava disso. Gostava do abraço dele, até o nosso silêncio me agradava.
Esse homem está me fazendo gostar dele mais do que eu devia.
Ele "fungou" para sentir o cheiro de algo. Por um momento, tive receio. Eu estava com algum cheiro ruim?
– Vem comigo! – ele falou animado, me pegou pela mão e saímos da cafeteria rapidamente.
– O quê foi? – perguntei.
– Espera… está quase… – ele falou, e apontou para o céu. – Em 3, 2, … – a neve começou a cair antes que ele citasse o número 1.
Sua alegria contagiante diante da neve me deixara encantada.
Seus olhos brilhavam, seu sorriso se espandia, ele abria os braços e jogava a cabeça para trás, como uma criança vendo a neve pela primeira vez.
– Você… tá linda, ainda mais na neve!– ele falou, e sorri. – Me deixa tirar uma foto sua? – perguntou.
– Deixo. – falei, e ele saiu correndo até uma lojinha pequena.
Depois de alguns minutos, ele voltou com a câmera de tirar fotos estilo Polaroide.
Ele tirou a foto, e logo a retirou, só virando-a para mim.
– Gostei. – falei, e ele ficou confuso.
Hero virou a foto para ele e pôs a mão na testa.
– Eu sou um burro mesmo. – repassou um papel para frente da foto que havia tirado.
Quando virou para mim, as letras curisvas bem desenhadas faziam-me uma pergunta: "Quer namorar comigo?"
Naquele instante, meu corpo todo estremeceu e sua expressão ansiava por uma resposta.
Após minutos lutando comigo mesma para achar a reposta, a deixei sair:
– Sim. – falei, e seu sorriso incerto virou um esperançoso, se espandindo.
Ele chegou bem perto de mim, me tomou pelos braços e beijou-me de uma forma doce. Doce e delicada. Sua língua passeava pela minha boca sutilmente, acariciando-me apenas.
* * *
Estávamos na casa dele, onde Hero me ofereceu uma taça de vinho.
Bebi-a rapidamente e ele virou-se para mim.
Em minutos, estávamos amando um ao outro. Nossas salivas, nossos corpos, nosso suor se misturando.
Ele deitou-se na cama e subi nele, permitindo entregar-me ao corpo dele sem pudor.
Ele nos girou na cama, ficando por cima de mim. Me transportou para milhares de lugares com movimentos aparentemente calculados. Ele me beijou intensamente, sem interromper suas investidas. Gemi seu nome dentro de sua boca e senti o desejo aumentando dentro dele.
Senti meu corpo tremer em espasmos, cinco ou seis novas investidas e ele já havia se entregado completamente a mim.
Ele saiu, retirou o preservativo e veio para o meu lado.
Estávamos suados, ofegantes, tomados pela paixão e excitação sentidas enquanto fazíamos amor.
Ele me trouxe para junto de seu peito e lá repousei.
Acho que talvez eu o ame.
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E Quando o Verão Acabar? - Livro 1 "O Fim das Estações" [EM REVISÃO]
Fanfic"Ele entrou na minha casa sem permissão, e não saiu mais da minha vida." Hero é um cara que nasceu em Londres, Reino Unido e mora na "Rua de Pari", no subúrbio de Saint-Constant. Jo é uma garota que vem de Perth, na Austrália para "Rua de Lucerne"...