9- Patrão

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Zabdiel's

- Se não quer que eu faça nada com ela, para que o sequestro? Por acaso tá pensando que serei alguma babá?- Falo.

Tá certo que eu não questiono meus contratantes sobre nada. Mais se tem uma coisa que eu não gosto é de perder meu tempo e meu esforço com besteira.

- Digamos que ela precisa de um tempo afastada para esclarecer algumas coisas.- Lorenzo responde.

- Claro, por que eu sou guia de alguma colônia de férias não é mesmo? Por que não matar ou torturar pra ela ficar calada?

- Só faça o que pedimos até passar essas eleições.- Ele fala.

- Como? Até passar as eleições? Mais essa merda é daqui a meses.

- Prometemos que será bem recompensando.

- Disso eu tenho certeza que sim. Por que caso contrário acho bom você e seja lá quem for o seu chefe, terem um ótimo plano funerário.- Falo e ele espremesse.- Amanhã digo o valor.

- Okay.- Ele responde quando me preparava pra sair.- Só faz isso o mais rápido possível.

Não respondo. Levanto, ponho o óculos escuro, coloco as mãos, que ainda estavam com os "nós" dos dedos vermelhos pelos socos no Pérez ontem, nos bolsos do casaco e saio. Cominho lentamente de volta a moto estacionada na rua ao lado. Mais sem para um segundo de pensar: "Como farei isso?"
Não o sequestro, que isso eu sei bem como fazer. Afinal essa foi a primeira coisa que fiz quando entrei para o mundo do crime.
Só que em todos os casos sempre terminavam em tortura e morte. Seja homem ou mulher, que eu conhecesse ou não. Se eu fui contratado para fazer aquilo, era claro que eu faria.

Mais como irei sequestrar alguém que não posso tocar?

Subi na moto, coloco o capacete, baixo a viseira. Por um milagre as ruas estavam totalmente livres, todos os sinais abertos, o que facilitou minha rápida chegada em casa.
Estaciono a moto na garagem, e entro pela porta da cozinha. Não encontro Rita.
Imediatamente me ponho em alerta. Coloco a mão direita por baixo do casaco, segurando a arma pronta para tirá-la com qualquer atitude suspeita.
Sem chamar atenção ou perguntar por ela, caminho de forma imperceptível olhando para todos os lados. Até que escuto barulhos no andar de cima. Silenciosamente subo os degraus, tendo ainda a mão nas costas. Dessa vez ouço uma das portas fechar e passos surgir.
Saco a arma, segurando firme com o dedo no gatilho pronto para disparar.

- MEU DEUS.- Rita grita levantando as mãos abertas soltando tudo o que segura.

- PORRA RITA.- Grito.- QUER MORRER CARALHO?

- E... E... Eu só estava limpando seu quarto senhor.- Ela gagueja.

- Quantas vezes eu preciso falar para só limpar ele quando eu estiver em casa?

- Desculpe senhor. Sei que não gosta que entrem no seu quarto. Mais eu precisava limpar e também ir no mercado para repor a dispensa.- Ela fala ainda assustada pegando as coisas no chão.

- Okay.- Falo guardando novamente a arma.- De quanto precisa?

- Não muito. Só o necessário para repor o que está faltando.- Ela responde.

- Tá, fica aí que vou pegar.- Falo seguindo ao meu quarto.

Sim, todo meu dinheiro é guardado no quarto, assim como todas as outras que são importantes para mim e sobre mim.
E também, Sim. Não suporto que entrem aqui. Pois esse é o lugar do meu refúgio. Rita só tem permissão de entrar aqui quando estou em casa e apenas única e exclusivamente para limpar.
Bom, sigo ao closet onde tinha um compartimento escondido por trás dos calçados que guardava um cofre. Digito a senha seguido de minha digital, e assim a porta abre. Milhões de dólares organizadamente empilhados. Tirei dois maços, fechei a porta voltando os sapatos aos seus lugares e assim sai.

I'm Dirty - Zabdiel & Sabina - (CNCO-NU)Onde histórias criam vida. Descubra agora