16- Sol

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Emma's

- Comecem.- A voz do Zabdiel surge me acordando.- AGORA.

- É... É... eu.- A mulher que a dias atrás eu havia conhecido e seu rosto ainda estava fresco em minha memória, gaguejava.

- A verdade Rita.- Ele sentado a olhava sério.

- Nos encontramos no mercado.- Tomei a vez mentindo.

Ele que me olhava, volta o olhar para a mulher.

- Desculpa senhorita.- Seu olhar era de alguém que tentava me tranquilizar.- A senhorita Emma é vizinha da minha amiga Cléo. Eu a conheci no dia em que pedi permição pra visitá-la.- Rita olhava Zabdiel.

- Humm.- Ele arqueia as duas sobrancelhas.- Interessante.- Ele fala e me dou conta de que era ele o chefe misterioso que dona Cléo questionava a amiga nunca ter dado mais detalhes.- Pode ir Rita. Depois conversamos melhor.- A mulher sai rápido e ficamos apenas nós.- Tá vendo detetive. Sou bem compreensivo.

- Ou apenas irá matá-la depois.- Falo.- Ela não tem culpa de nada.

- Será possível que tudo o que você pensa é em morte? Ou melhor, tudo o que você pensa relacionado a mim, é morte?

- Talvez seja por que eu lhe conheça. Tenha quase um livro de ficha criminal em seu nome sobre a minha mesa no distrito. Onde noventa por cento dos seus crimes são assassinato e tortura... Quer que eu continue?- Eu não me importava em confronta-lo

- Tenha certeza de uma coisa detetive.- Ele fala e seu tom tinha um mix de irônico, sarcástico e ameaçador.- Ninguém, absolutamente ninguém me conhece. As pessoas só sabem o que eu quero que saibam. E fique certa de que eu posso ser muito pior.- Não sei o que aconteceu mais nossos olhos estavam grudados e sim eu estremeci.- O jantar Rita.- Ele volta a postura normal ainda me olhando, enquanto acordei piscando rápido algumas vezes.

( 5 dias depois )

Os minutos, as horas, os dias se passavam e cá estava eu. Presa na casa do De Jesús. É, isso ainda me surpreende. O que faz aumentar ainda mais minha lista de perguntas.
Por que em sua casa?
Será que ele é tão arrogante assim que não imagina que uma hora eu tentarei sim fugir?
Pois se tem uma coisa que não está em meus planos é ficar presa a ele.
Mesmo que tenha essa pulseira em meu pulso e seja lá o que ela faça, eu irei sim me livrar dele.

Porém também mesmo eu tentando não aceitar. É inegável que algo está mudado. De alguma forma, que eu ainda não sei como, ele está desconstruindo o perfil de carrasco sanguinário que eu havia montado durante todo meu tempo de investigação.
Ou também vai ver essa é uma das muitas máscaras que ele usa.

Céus, quando eu irei parar de me questionar sobre De Jesús?

Talvez hoje seja o quarto ou quinto dia. Depois que conheci ou reconheci sua empregada, ela veio limpar o quarto todos os dias, porém evitava contato comigo. Não sei se por vergonha ou ordens de seu chefe. Vez ou outra eu escutava o ronco de um motor de carro potente assim como uma segunda voz masculina e passos rápidos. Será que era o De Jesús com seus comparsas?
Talvez tramando mais algum crime?

E mais uma vez me pego questionando sobre ele.

Enfim, o clima lá fora parecia estar quente, pois mesmo as janelas com películas, eu conseguia ver os raios de sol tentando passar pelas frestas.

Escuto os cadeados abrirem pela primeira vez hoje.

- Vem.- De Jesús aparece, usando calção com estampa militar e dessa vez regata preta.

- Quê?- Pergunto novamente sentada na cama.

- Você precisa de sol.- Por um milésimo de segundo pareceu que ele se importava.

I'm Dirty - Zabdiel & Sabina - (CNCO-NU)Onde histórias criam vida. Descubra agora