I'm Dirty - Zabdiel & Sabina - (CNCO-NU)

48- Bem Vindo ao Seu Inferno

Narrador's

É curioso como todas as coisas parecem ser interligadas por algum tipo de linha, força cósmica, ou qualquer outra palavra que possa definir tantos acontecimentos em um único dia.

Pois tudo começara pelo clima. Mais uma vez o céu parecia sentir o que estava acontecendo e principalmente o que estaria por acontecer. As nuvens carregadas deixavam o céu de um começo de tarde, que deveria ser ensolarado, tão escuro quanto o crepúsculo. A vizinhança estava silenciosa, nem ao menos fazia-se ouvir latidos de cachorros ou miados de gatos.
Poderia-se facilmente dizer que todas as coisas estavam temendo a ira do Zabdiel que mantinha-se de pé, por trás dos corpos que acabara de matar enquanto fitava o Scott tendo um olhar desesperado.

Em outro ponto completamente afastado dali, estava Emma. A mulher estava em ponto de desesperar-se com o sumiço e falta de notícias do Zabdiel. Ainda mais depois da forma em que ele saiu de casa três dias atrás. Ele estava transformado, cego de ódio e isso era o que mais a preocupava. Pois ele poderia cometer algum descuido e ser pego.

Zabdiel's

E o meu primeiro prazer acaba de acontecer. Não por ter matado essas duas pessoas, por que isso já é algo natural, mais sim pelo fato de ter um Scott completamente atônito a minha frente.

- Sabe Scott.- Falo enquanto desamarro o cadáver da mulher e empurro seu corpo para que caia no chão. Ainda sem piscar ele acompanha com o olhar o corpo de sua irmã que sangrava formando uma poça no chão. É quando estalo os dedos chamando o cachorro.- Ali.- Aponto com o dedo a vítima.

- NÃO.- Scott grita.- SEU FILHO DA PUTA. O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?- Ele se debatia na cadeira.

- Três dias tendo comida racionada?- Falo vendo o animal cheirar o corpo.- Ele deve estar faminto.

- SEU DESGRAÇADO MISERÁVEL.- Ele olhava a cena.- COMO PODE...

- Ser capaz?- Sento na cadeira.- Não se preocupe. Logo você irá descobrir.- Ponho-me de pé pegando a tesoura na bandeja prateada.

Volto ao Scott e sua atenção estava em seu cachorro que começava lamber a mulher. Num primeiro corte comecei cortar sua camisa pelas mangas e depois dos retalhos da mesma estarem sobre o chão, começo por sua calça deixando o miserável completamente nu.
Tal visão era a mesma coisa que eu estivesse vendo a entrada do purgatório. Mais talvez para ele eu estivesse sendo o próprio diabo. Pois tenho certeza que ele sabe o que o aguarda.

- Você não faz ideia do que te espera.- Essa frase soou até engraçado.

Não respondi e voltando a bandeja, pego meu primeiro equipamento. Um maçarico manual, só que enquanto ele aquece tomo em mãos uma das duas seringas recebendo mais uma vez o olhar assustado do miserável.
Seguro o rosto dele que ainda tentava protestar, perfuro a pele de seu maxilar e assim aplico uma pequena dosagem do líquido paralisante. Espero por alguns segundos e percebo que seu rosto fica imóvel.

- Espero que todos esses meses em que me perseguiu, você também tenha se preparado para o dia em que eu lhe capturasse.- Falo enquanto tiro o sobretudo apoiando-o na cadeira em minhas costas logo voltando a bandeja. Primeiramente pegando uma de minhas facas.- Por um tempo eu apenas quis te matar.- Falo e de forma lenta faço o primeiro corte em seu braço. Os olhos dele piscam forte.- Só pelo fato que sequestrei a detetive e você insistia em ser decepcionante em suas investigações. Isso só queria me fazer te matar rapidamente.- Passo por trás de seu corpo fazendo dois grandes rasgos em suas costas.- Só que sua prepotência e arrogância.- Passo em seu lado direito.- Por tocar em duas pessoas de valor...- Mudei a forma de segurar a faca e soltando meu braço com força, cravo a lâmina por completo em sua mão, fazendo-a ser visível ao outro lado. E um baixo gemido rosna em sua garganta.- Para mim. Acabou por me fazer querer ouvir você implorar pela morte.- Enquanto a faca estava cravada em sua mão e o sangue escorria ate o chão, volto novamente a bandeja pegando o grande recipiente branco onde tinha escrito "álcool". Abri sua tampa e voltando a sua mão que tremia, derramei quase todo recipiente. Mais uma vez ele gemeu.