Narrador's
Zabdiel e Emma estão envolvidos. Não exatamente uma relação. Mais a convivência, dia após dia, a raiva, o ódio começou dar lugar a sentimentos novos. Só que isso também causava certa apreensão.
Principalmente para o Zabdiel, que sempre se manteve em cautela quanto a dar espaço para algo que não esteja sob seu completo controle, pois ele sabe o quanto isso afeta um homem no mundo em que ele vive. Era fácil chantagear alguém que está sentimentalmente vulnerável. Afinal o próprio Zabdiel já usou muitas e muitas vezes, a pior das torturas e uma das mais cruéis formas de se ter o que quer, chamada: Chantagem emocional.
E só em ter o Chris como parceiro já lhe causava receio que algo o acontecesse, agora então envolvido com a Emma... Isso pode explicar o por que dele está odiando essas barreiras que o mesmo havia imposto em sua vida sendo derrubadas tão facilmente pela detetive.A manhã havia começado fria... Quer dizer. Não no quarto principal da casa, tamanha era a temperatura lá, que estava praticamente em ponto de ebulição.
Mas... É, existe o "mas".
Tem a outra parte de tudo isso.
Scott, Raquel, Lorenzo, Bruce, todo o distrito e força policial do estado.
- Qual delas é a Raquel?- Christopher que estava sentado numa das mesas ao canto, escuta um homem procurando pela "prostituta intocável".
Agora com cada vez mais tempo livre e praticamente ganhando dinheiro sem trabalhar ou correr risco de vida. O parceiro do Zabdiel passava seus, mais recentes, vagos dias entre comer, dormir e casas noturnas. Contudo mantendo-se sempre alerta para com o caso do seu chefe e amigo.
- Ela não está disponível.- A garota sentada no colo do Chris responde. Enquanto ele mantinha-se em silêncio observando o homem a sua frente. Mesmo o local sendo parcialmente escuro tendo uma iluminação chula que intercalava entre vermelho e azul, o jovem pôde notar ele usar uma roupa formal demais para se estar em um lugar daqueles.
- Por que não?- O homem usando sobretudo marrom claro volta atenção para a loira.
- Ela é de outro.- Sério, Chris apenas observava.
- Quero falar com ela.- E Scott tira o distintivo preso no cinto.- Agora.- Não, ele não podia ter usado o distintivo para obter informações sobre o caso da Emma, afinal ele havia sido afastado. O Chris sabia disso, mais como jovem iria conseguir explicar ter essa informação?
Melhor o silêncio.
A mulher em seu colo sai apressada e segue em busca de sua colega de trabalho.
- Ei Raquel.- Ela chama a mulher que agora atendia no bar.- Aquele cara ali quer falar com você. Parece ser sério.
- Já disse que não estou disponível.- A mulher de cabelos loiros limpava o balcão.
- Acho que não é pra isso.
- Tá, Tá... manda ele vir aqui.
- Okay.
Usando short jeans e um sutiã vermelho completamente rendado a jovem volta a mesa vendo o Chris sentado e o homem de pé observando todo o ambiente.
- Lá no bar.- A moça passa sentando novamente no colo do jovem.
Sem pronunciar uma única palavra Scott caminha até o bar.
Raquel tinha batom vermelho, olhos carregados com maquiagem preta, tinha uma goma de mascar na boca a horas que nem lembra, usava camiseta branca e mini saia.
- Você é a Raquel?
- Quem deseja saber?
- Detetive Scott.- Em forma de intimidação o homem apresenta mais uma vez o distintivo.
- O que quer?- Sem esboçar qualquer reação a mulher continua os afazeres.
- Informações de alguém que você conhece.
- Eu sou cega, surda e muda quando se trata de gente do seu tipo.
- De Jesús.- O homem não desiste.
E assim a mulher para a limpeza do balcão encarando pela primeira vez o homem que a buscava.
- Por que?- Tentando desfarçar ela volta fazer movimentos circulares sobre a bancada com uma flanela.
- Ele é suspeito de um crime.
- Não me diga?- Sorrindo de forma sarcástica a mulher responde.
- Tenho informações de que era seus serviços que ele contratava. Também fiquei sabendo que quando te dispensou lhe tratou pior que um cachorro.- Scott tocou na ferida.
Os dentes da Raquel trincaram ao lembrar das palavras rudes e da forma humilhante a que foi tratada, depois de tantos meses transando com ela e ele simplesmente a rebaixa menos que o chão.
- Aquele filho da puta me fez...
Enquanto Scott conseguia, de forma baixa, obter informações sobre o De Jesús, Chris observava atento toda a cena. Ele estava apreensivo, precisava saber o que eles conversavam.
- Te pago o dobro se conseguir ouvir a conversa da sua amiga com o homem.- Ele olha a mulher em seu colo.
- Triplo.- Extorsão.
- Okay. Okay. Agora anda logo.- Ele literalmente a empurra.
A mulher sai, logo aproximando-se do balcão. Perto de onde os dois conversavam ela debruça-se sobre o lugar pegando dois copos por dentro seguindo a passos lentos até a máquina de chopp, que ficava atrás do homem.
- Ele nunca me falava nada. Era apenas sexo intenso.- Ela escuta a amiga falar.
- Mais não tem nenhum detalhe que você tenha notado? Algum comportamento estranho ou repetitivo?- O homem insistia.
- Ele sempre aparecia numa moto preta e trazendo uma mochila de costas que não deixava ninguém tocar.
- Sabe a marca da moto ou da mochila.
- Não parei para prestar atenção nessas coisas. Eu só queria o sexo. O que sei é que a moto era uma dessas bem potentes, o ronco do motor me causava arrepios.
- Okay, verei como isso pode ajudar. Quais eram os dias em que ele aparecia?
- Nos finais de semana. Sempre a tarde. E é só o que sei.- A mulher responde.
- Obrigado. E aqui está.- A jovem percebe o homem tirar alguns dólares da carteira.
Antes mesmo que ele saia, ela volta ao Chris levando os dois copos de cerveja.
- E então?- Chris estava realmente nervoso.
- Ela só falou informações sobre um cara aí.
- Que tipo de informações?
- Que ele...
A garota começa a repetir tudo o que escutou segundos atrás, enquanto Chris se mantinha atento a cada palavra, ao mesmo tempo tentando rapidamente raciocinar se era possível que o Scott descobrisse algo.
- Okay. Valeu.- Deixando o copo de cerveja intocável ele tira da carteira o valor combinado com a prostituta e sai às pressas.
Zabdiel precisa ser avisado.
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I'm Dirty - Zabdiel & Sabina - (CNCO-NU)
FanficCONCLUÍDA!! Zabdiel de Jesús vivia segundo as próprias regras e servia apenas a quem lhe convém. Ou melhor, a quem o pagasse melhor por seus serviços. Homem muito requisitado em sua área de "trabalho" ele era o melhor no que fazia. Tão requisitado q...