28- Planos

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Narrador's

- Fala aí chefe.- Scott é cumprimentado assim que desce do carro parado numa esquina deserta próximo ao subúrbio da cidade.- Qual a boa?- Um dos três jovens, que estavam encostados na parede de um galpão antigo, fala ao soltar a tragada de cigarro.

- Vocês já sabem.- Scott responde sem esboçar qualquer cautela ao aproximar-se.

- Continuamos sem nada.- O mesmo volta a falar tragando a droga até encher os pulmões.

- Mais tem aquele dia...- Um segundo rapaz começa.

- Cala a porra da boca que isso não vem ao caso.- O que aparentava ser o chefe impede-o.

- O que não vem ao caso? Se for informações, tudo é válido.

- Não foi nada chefe.

- Não foi nada o caralho.- A capacidade que Scott tinha de rapidamente perder a paciência era incrível.- Falem o que sabem.

- QUE PORRA É ESSA?- Um quarto homem sai do galpão. E esse sim era consideravelmente mais ameaçador que os três pequenos jovens.

Scott pôs-se em sentido de cautela.

- Gregório. Achei que não estivesse pelas redondezas.

- É detetive. Estou voltando.- Com seus cento e vinte quilos distribuídos pelos seus dois metros de altura e linhagem italiana, Gregório responde.

- O que o fez voltar?

- Um conhecido em comum nosso.

- De Jesús?

- Venha. Temos assuntos a tratar.- Girando o corpo, Gregório segue à frente rumo a aparente ruína que era aquele galpão.

Ao adentrar, Scott se depara com uma inicial fábrica de entorpecentes, que nitidamente tinha como foco a cocaína. Mulheres vestidas em trajes íntimos assim como alguns homens, que eram cercados por notáveis cinco capangas armados com fuzis.
Atento aos detalhes Scott seguia o homem que adentra uma pequena sala afastada, mais que dava total visão do movimentar da produção.

- O que tem sobre ele?- Assim que a porta é fechada, o sentido detetive fala mais alto.

- Sente-se.- Gregório não pediu. Ordenou. E assim Scott o fez.- De Jesús me causou muito prejuízo.- Ele começa.- A gangue dos latinos eram os principais clientes do meu pó puro. Todos agora mortos meu lucro diminuiu consideravelmente.

- Desde quando a gangue dos latinos teve relações de negócios com vocês da Europa?

- Quando se trata de dinheiro não existe fronteiras detetive. Nem mesmo para a lei.- Gregório encara o homem a sua frente.- Você sabe do que estou falando.

- Tá. Agora tratemos do nosso interesse em comum. O que quer com o De Jesús?

- Morto.- Gregório foi taxativo.- E sem a polícia no meu caminho impedindo os meus métodos.

- Não posso ceder isso. Já passo por cima de muitos limites, protocolos e leis só em está aqui conversando com você e fazendo vista grossa sobre toda essa merda aí fora.- Scott aponta a produção que não parava.

- E para seu próprio bem é bom que continue assim.

- Nenhum de nós dois estamos em posição se ameaças. Você sabe muito bem que precisa de mim para se manter na cidade.

- Não confie tanto nisso. Com a quantia certa é possível se ter muito mais policiais corruptos além de você.- Gregório consegue deixar Scott tenso.- Mais por enquanto continuaremos com nossos negócios.

I'm Dirty - Zabdiel & Sabina - (CNCO-NU)Onde histórias criam vida. Descubra agora