Capítulo 10

300 24 0
                                    




Vi na hora que o Fagner saiu de casa, ele olhou pra mim e eu sorri mas ele fechou a cara e passou por mim sem falar nada.

- Fagner, espera – chamei, ele virou pra me olhar – só estou esperando o Caio, vamos juntos.

- Não, obrigado – falou num tom seco e já ia se virando, eu não estava entendendo mais nada, corri até ele que ainda estava perto.

- O que aconteceu Fagner? – perguntei segurando em seu braço.

- O problema é que eu não sou premio de consolação!

- Como assim cara? – indaguei meio confuso.

- Ah não? Eu preocupado com você, fui lá na sua casa pra te fazer se sentir bem e quando Caio resolve chegar lá você me despensa?

- Mas eu não te chamei pra lugar algum, eu não pedi sua ajuda, você que se ofereceu...

Um segundo após do que eu havia falado a raiva em seu rosto se desvaneceu para um sentimento que eu não sabia qual, eu não poderia ter falado aquilo, nunca, nunca, eu não era daquele jeito. Que ódio.

- Oh Fagner, perdão – fui abraça-lo mas ele me impediu.

- Você tem razão, eu sou um intrometido mesmo – ele já estava com os olhos marejados.

- você não é...

- Me poupe por favor – fez um sinal com a mão me interrompendo e se virou pra ir embora me deixando com a cara no chão, eu estava me odiando com todas as forças possíveis, eu já iria começar a andar atrás dele quando uma mão repousa em meu ombro, olho para trás e vejo o Caio, ele me abre um sorriso.

- Esperou muito?

- Não – falei com desanimo.

- O que foi que aconteceu?

- Eu e o Fagner brigamos – confessei.

- Não gosto desse cara – falou ele cruzando os braços e fechando a cara.

- Mas eu gosto Caio – falei numa forma de repreende-lo.

- Ah então fica com ele merda – falou ele alto, me assustei um pouco pois não esperava, ele já iria saí de perto de mim quando seguro em seu braço lhe fazendo parar.

- Eu não quero brigar com você também Caio, eu gosto do Fagner como amigo, eu não gosto dessa situação, agora vai, desmancha essa cara feia – falei virando o rosto dele para o lado a todo momento que ele me olhava com a cara feia até ele sorrir, envolveu sua mão em minha cintura e me puxou pra perto de si e ficamos nariz com nariz nos olhando, por ser muito cedo ainda, a rua se encontrava vazia.

- Olha o que você é capaz de fazer comigo Lucas.

- O que eu sou capaz de fazer?

- É capaz de me deixar romântico, de me fazer sorrir na mesma hora quando fico com raiva, e acredite, não é fácil. Talvez... – fechou os olhos – seja o medo de te perder.

- Também tenho medo de ter perder, eu te amo Caio – falei já embarcando na emoção.

- eu sei – murmurou em resposta. Ele se declarava de todas as formas mas não dizia “Eu te amo”, eu sei que eram apenas palavras mas significavam muito pra mim.

- Sua mão já estar melhor? – perguntei notando que sua mão já não estava mais enfaixada.

- Dói um pouco – falou abrindo e fechando a mão enquanto a olhava – mas está melhor, vamos? – falou me soltando.

Louco Amor (Lipe "Anjo Apaixonado" CDC)Onde histórias criam vida. Descubra agora