Capítulo 14

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Assim que chegamos ao hospital, o levaram direto para a sala de cirurgia, referente a isso, estava incrivelmente calmo, se eu não havia o pedido lá no chão da lanchonete, não seria agora e nem tão cedo que iria perde-lo, acreditava veementemente nisso!

Liguei para Teresa, ela precisava saber mas como eu sabia que ela era muito nervosa a fiz entregar o celular a sua mãe na qual dei notícia, liguei também para minha mãe e lhe avisei o ocorrido, para isso bolei uma mentira que não convenceria nem a uma criança de 5 anos pois havia lhe dito que iria sair para um acampamento com alguns amigos. Ambos chegariam em 30 min.

Me sentei em uma cadeira e comecei a ficar apreensivo, minha perna chacoalhava para cima e para baixo, minha mão suada a todo momento sendo esfregada na calça. Toda minha esperança estava acabando, estava com medo, muito medo, aquele lugar não ajudava em nada.

Em 30 minutos minha mãe e meu pai estavam adentrando a porta e para minha surpresa o Fagner os acompanhava, assim que os vi, acenei e eles vieram até min, nem preciso dizer que me encheram de perguntas e preocupação.

– Como ele está? – Perguntou minha mãe.

– Não sei, nesse momento ele está na sala de cirurgia – falei sentido as palavras pesarem em minha garganta.

O Fagner que se mantinha um pouco afastado e até então calado se aproximou de mim.

– Como você está? – sussurrou como se tivesse me contando um segredo.

– Tirando o susto, estou bem sim. Como soube que eu estava aqui? – falei me sentando e fazendo sinal para que se sentasse ao meu lado, meus pais já haviam se acomodado há tempo.

– Eu havia ido a sua casa e eles me falaram que você tinha saído para um acampamento com amigos, já iria embora quando você ligou pra sua mãe e ela acabou me falando.

– Desculpa de não ter falado desse “acampamento” – falei fazendo um sinal de aspas com a mão.

– Tudo bem, não tem problema – falou ele visivelmente chateado.

Não falei nada, apenas me deixei perder em meus pensamentos, ficava a todo momento olhando para o corredor que há pouco o Caio havia entrado e as vezes até chegava próximo a porta onde não nos deixam passar, isso umas três vezes em intervalos de 5min até o Fagner colocar sua mão sobre a minha quando eu fiz menção em me levantar pela quarta vez.

– Vai ficar tudo bem! Ele vai sair dessa! Se acalma! – falou ele com um olhar compreensível.

– Foi por essa pessoa que eu me tornei amigo – falei, ele apena me olhou triste e quando foi fazer menção em falar algo a Teresa chega berrando a plenos pulmões na sala de espera totalmente nervosa com sua mãe do lado tentando a todo custo acalma-la, sabia que ela iria fazer aquilo então fui ao seu encontro e segurei em sua mão.

– Ei, ei Teresa vai ficar tudo bem, ele é forte – falei tentando lhe passar confiança.

Ela na mesma hora em que me viu me abraçou forte – Eu não posso perde-lo Lucas, não posso – falou ela começando a chorar, aquilo me cortou o coração, não pensei que pudesse ficar pior do que já estava.

– Você não vai perde-lo.

Agora sentada ao meu lado, sua mão tremia segurando o corpo de água que com muito custo fizemos com que ela tomasse.

– Como foi que aconteceu isso Lucas? – perguntou ela me olhando fundo fazendo com que meus pais e sua mãe me encarassem esperando uma resposta – porque até onde eu sei o Caio iria passar uns dias na casa dos pais.

Louco Amor (Lipe "Anjo Apaixonado" CDC)Onde histórias criam vida. Descubra agora