Capítulo 11

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- Ele resolveu desistir depois de 3 seções de quimio fracassadas, os médicos disseram que mesmo assim ele teria chance se fizesse só mais uma, uma última que significaria sua vida ou sua morte, ele acabou desistindo e agarrando a morte por antecipação, eu e sua mãe tentamos convence-lo a voltar mas não conseguimos, brigamos muito até “aceitar” isso – fez um sinal de aspas com as mãos ao falar aceitar – se ele voltar a fazer as seções ele terá chance.

Fiquei olhando sério pra ele depois daquela revelação um tanto bombástica, quando iria formular algumas palavras, a porta da enfermaria é aberta.

- Eu já disse que não precisa mãe, eu estou bem – falava o Fagner apoiado em sua mãe.

- Nada disso, você vai ao hospital sim – protestou sua mãe – ah graças a Deus que você já está aqui Keverson, vamos levar o mocinho aqui a um hospital – falava ela agora com seu marido que se levantou, também me levantei.

- Tá melhor Fagner? – perguntei.

- Sim, estou, esse foi o cara que salvou minha vida por hoje mãe – falou sorrindo me deixando com vergonha.

- Ah muito prazer te conhecer, Lucas não é? – falou ela abrindo um sorriso.

- Sim, Lucas. O prazer é todo meu senhora...

- Luana – falou ela – será sempre bem vindo lá em casa meu filho. Agora temos que levar o mocinho aqui a um especialista, vamos amor – falou passando por mim com o Fagner na qual me deu tchau.

- Espero que você possa convence-lo do contrário – falou Keverson baixinho para que só eu pudesse ouvir.

- Tudo bem – falei assim que ele se virou pra sair.

Depois de alguns minutos tentando assimilar as coisas e pensar no que faria voltei pra sala e avisei a todos que ele já estava melhor e que tinha sido apenas um susto, me sentei e passei o resto da aula conversando com Teresa, Caio e as vezes com outras pessoas que queriam saber mais sobre o que o Fagner teve já que não teve mais aula direito.

Fui pra casa com o Caio.

- O que ele queria com você? – indagou Caio se referindo ao pedido que Fagner havia feito na enfermaria para nos deixar a sós.

- Ele só queria agradecer – falei.

- E porque não agradeceu na nossa frente?

- Tá com ciúmes? – Falei em um pequeno tom de zombaria.

- Que ciúmes o que Lucas, desse mau eu não sofro.

- Acredito – falei rindo.

- Gosto muito de você – seu olhar que estava no caminho a frente se relanceou em mim quando disse isso, me pegando de surpresa, Olhei pra ele e sorri – não vai dizer “Eu também”? – falou ele parando e se virando pra me encarar, já estava na frente de casa.

- Acho que não precisa, você já sabe. – falei.

- Tá certo – falou visivelmente chateado – a gente se fala no watts – e se virou pra sair mas segurei em seu braço.

- Eu te amo seu besta – ele abriu um sorriso imenso pra mim.

- Se não estivéssemos no meio da rua te agarraria aqui mesmo – falou.

- Meus pais não estão em casa – falei abrindo um sorriso malicioso.

- Isso é um convite?

- Uma intimação.

- sim senhor – falou rindo.

Entramos dentro de casa e ele já foi me agarrando, beijando meu pescoço e já iria tirando minha roupa mas acabei o impedindo e o guiei até meu quarto, onde aí sim lhe deixei tirar minha roupa, fiz o mesmo com ele.

Louco Amor (Lipe "Anjo Apaixonado" CDC)Onde histórias criam vida. Descubra agora