Capítulo 08

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- Que notícia é essa em? Espero que seja muito boa.

- É ótima – falou ela – estão preparados?

- Vai fala – dessa vez foi o Caio.

- Eu... estou gravidaaaa

Falou ela pulando em minha direção e me abraçando, eu fiquei totalmente paralisado com aquilo, nem nos meus piores sonhos eu me imaginaria numa situação daquelas, podia jurar que ao fundo tocava aquela música “Meu mundo caiu”. Ok, se aquilo era um pesadelo, já estava na hora de eu acordar.

- Brincadeira né – irrompeu Caio o ataque de euforia de Teresa.

- Claro que não – falou me largando e se sentou no colo dele lhe dando um beijo.

Um pequeno silencio se seguiu na sala, eu deveria está parecendo uma estátua ali parado hora olhando Teresa que havia parado um pouco para nos observar e hora olhando o Caio que sustentava uma aparência tão perplexa quanto a minha no momento.

- Ah gente – falou Teresa se levantando – eu disse que estava gravida não que o mundo iria acabar.

Reage Lucas – pensava eu.

- É que você pegou a gente de surpresa Teresa, é serio isso?

Suspirou fundo – claro Lucas.

- Quanto tempo faz isso? – perguntou Caio ainda sentado.

- Só tive certeza, 7 dias atrás, já estou com um mês – meu olhar seguiu sua mão que repousou em sua barriga fazendo movimentos circulares como se a criança pudesse sentir o seu carinho, senti meus olhos arderem, eu sabia que uma criança era algo muito importante entre duas pessoas, eu não podia me intrometer desse jeito. Eu segui em seu encontro e lhe dei um braço apertado na qual prontamente ela retribuiu, deixei as lagrimas rolarem enquanto olhava o Caio por sobre o ombro.

- Parabéns minha amiga – falei com a voz embargada.

- Não sabia que você era tão sentimental assim Lucas, para, se não eu vou chorar também.

- Uma criança é sempre motivo de alegria não é – falei lhe soltando.

- Claro – falou limpando minhas lagrimas com o polegar.

- Vou deixar vocês curtindo o momento, depois a gente faz algo pra comemorar – falei

- Ok – falou ela me dando um beijo na testa.

Olhei uma última vez para o Caio que no mesmo estante olhou pra mim, parecia estar com um olhar perdido, desorientado e talvez com medo, aquilo havia me deixado em frangalhos, eu precisava ficar sozinho.

- Juízo em – falei saindo.

- É o meu segundo nome – falou ela.

- E “sem” é o primeiro – falei forçando uma risadinha.

Não aguentei esperar o elevador então desci as escadas – estava no 5ª andar – eu queria estar o mais longe possível daquela loucura que tinha se transformado minha vida. Quando passei pela portaria senti as lágrimas voltando a cair pelo meu rosto, sentia culpa e dor. Em pensar que até ontem “tudo estava se saindo tão bem”. Boa parte de mim tinha certeza que eu merecia aquilo.

- LUCAS – gritou alguém meu nome.

Instintivamente olhei para o lado, de onde veio o som, levei um baque de consciência porque não pensei que estava tão perto de casa, já estava na frente da casa do Fagner. Limpei minhas lágrimas rapidamente enquanto ele vinha em minha direção e tentei me recompor.

Louco Amor (Lipe "Anjo Apaixonado" CDC)Onde histórias criam vida. Descubra agora