– Ah... Fagner veio aqui saber como você estava e aproveitei pra chama-lo para o cinema também.
– E aí cara, tá melhor? – perguntou Fagner.
– Estou sim – respondeu descendo o resto da escada – e ah, queria te agradecer por ter me ajudado e também pedi desculpas pela minha criancisse, se conseguir esquecer aquilo, fico grato, Não estava nos meus melhores dias.
– Tudo bem – disse Fagner se levantando, também me levantei – bem, vou indo, a gente se ver a noite então.
O acompanhei até a porta onde lhe dei um abraço apertado de despedida. Voltei para a sala mas não vi o Caio que estava ali, alguns segundos antes, gritei o seu nome e ele respondeu dizendo que estava na cozinha.
– Ah filha da mãe – disse pra mim mesmo, segundos antes de correr pra cozinha pra velo devorando o hambúrguer que eu havia feito.
– Nossa, está muito gostoso cara – debochou com a boca cheia.
– Ah cara, você acaba de mexer com uma pessoa faminta e extremamente preguiçosa – disse começando a andar ao redor da mesa pra poder alcança-lo mas ele também andava e intensificou os passos assim que eu intensifiquei os meus, corremos bastante ao redor da mesa rindo e soltando piadas feitos crianças até expandirmos a correria pelo resto da casa, só paramos no quarto quando o encurralei mas aí já não tinha premio algum, pois ele acabara de colocar o último pedaço do meu hambúrguer na boca.
– Você vai se arrepender disso Caio – disse rindo.
– Ah é, o que vai fazer? Estou morrendo de medo – disse rebolando em ritmo de deboche na minha frente.
Corri e pulei em cima dele que por sua vez caiu em cima da minha cama, rapidamente peguei um travesseiro e bati na cara dele que se defendeu com a mão.
– Essa é pelo meu esforço perdido (travesseirada) essa é pelo meu hambúrguer (traveisserada) Essa é por...
– Para, para Lucas, que dor – disse fazendo cara de dor enquanto colocava a mão no ferimento da bala.
– Puta merda Caio – disse saindo de cima dele na qual se virou de lado ficando em posição fetal agarrado com a barriga, me estiquei até a escrivaninha na qual havia deixado o remédio pouco antes dele sair do banho, o fiz engolir a seco enquanto corri na cozinha pra pegar um copo d´agua.
– Desculpa vei, acabei me esquecendo, as vezes tu age como se estivesse 100% – disse lhe entregando o corpo com água.
– Nada de desculpas, foi divertido – disse dando um sorriso meio torto pra logo em seguida beber a água.
– Está doendo ainda?
– Pouco, daqui a pouco passa – disse voltando a deitar de lado depois que bebeu a água – Deita aqui comigo que eu garanto que vai passar mais rápido.
Deitei ao seu lado, frente a frente com ele, lhe beijei e passei minha mão por sua cintura, ficamos lá namorando um pouco, falando coisas bonitas um ao outro, testa com testa, os famosos clichês que nenhum ser humano se cansa de ouvir. Poderia passar o dia todo ali com ele, naquele clima de começo de namoro, onde os dois sentem um amor avassalador pelo outro. Queria ser capaz de eternizar aquele sentimento, o amava tanto que eu não conseguia imaginar que no mundo todo outra pessoa pudesse sentir o que eu estava sentido. Os minutos se passaram e tivemos que nos levantar, meus pais chegariam em breve e aliás, ainda estava morrendo de fome, preparei outro hambúrguer e dessa vez consegui comer.
Meus pais chegaram no estante em que eu e Caio iria dá uma passada em seu ape para poder pegar roupas mais confortável pra ele e também dinheiro. Havia o convencido de ficar aquele final de semana lá em casa para que eu pudesse cuidar dele melhor, lá vimos sua mãe que praticamente havia se mudado pra lá para poder cuidar dele, ela surtou quando viu Caio mais arrebentado do que nunca, lhe dissermos que havia sido um assalto que não terminou muito bem, ela ficou muito desconfiada e com razão, desde quando um raio cai duas vezes no mesmo lugar em tão pouco tempo? Pois é, não tivemos muito tempo pra pensar em algo melhor, mas resumindo toda essa história: passamos 2 horas com ela nos enchendo de perguntas até nós deixar ir. Acho que depois daquilo ela resolveu voltar pra sua cidade.
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Louco Amor (Lipe "Anjo Apaixonado" CDC)
Romance(+)18 🍃LIVRO UM 🍃 Um sentimento de repudio e imensa tristeza me inundava naquele momento, nem mesmo a água gélida que escorria pelo meu corpo me deixava melhor, as lembranças vivas na minha mente do que havia acontecido há pouco me atormentavam...