Capítulo 33

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Quando entramos na fazenda dos pais de Caio a primeira coisa que vimos foi uma viatura e dois policias jovens até, conversando com dona Estela, mãe de Caio e seu Joaquim, o pai carrasco, em frente à entrada do casarão. Agradecemos mais uma vez ao Jonas e então saímos do carro, já sabendo que tínhamos muito que explicar.

Dona Estela assim que viu o filho correu em sua direção e o abraçou forte, os outros que até então estavam sentados na escada se aproximaram a passos largos até mim, Fagner foi o primeiro a me abraçar.

– Onde foi que se enfiasse cara? Passamos a noite toda preocupados sem poder fazer nada com aquela chuva terrível lá fora, nem dormimos direito.

– Calma Fagner – falei saindo do abraço – vamos explicar tudo.

Ele assentiu e antes que eu pudesse respirar, Laura já estava agarrada ao meu pescoço, gemi um pouco de dor pela intensidade do abraço, mas nada do que eu não pudesse me recuperar. Ela nem percebeu.

– Meu Deus Lucas, tu não faz noção do alivio que me deu ao te ver saindo daquele carro.

– Também me dar um alivio em saber que ainda estou vivo. – brinco.

– O quê? Como assim Lucas? – perguntou me olhando com cara de preocupação.

Disse a ela o mesmo que disse a Fagner, que explicaria tudo com calma depois. Ela também entendeu.

Dona Estela também me abraçou e perguntou se eu estava bem antes de se juntar a seu Joaquim para explicar tudo aos policias, Caio se aproximou mais de mim ao mesmo tempo em que Caique também se aproximava tímido pelo descontrole do dia anterior, Laura abraçou Caio enquanto Caique se dirigiu em minha direção, o clima que pairou ali foi estranho.

– Queria te pedir desculpas por ontem, eu estava de cabeça quente, espero que não fique com má impressão de mim, até porque eu não sou assim.

Eu coloquei a mão em seu ombro o tranquilizando.

– Eu entendo Caique, tá desculpado cara.

Ele sorri e me abraça.

Assim que me solta percebo Caio nos olhando, ele queria falar, ele iria falar algo, se desculpar, talvez, mas se calou quando Caique o abraçou pegando-o de surpresa, a todos nós na verdade.

– Desculpa por tudo mano.

– Sem ressentimento meu irmão. – disse saindo do abraço – Mas não é a mim que deves pedir desculpas. – disse por fim se referindo a Fagner.

Ele assentiu e se aproximou de Fagner.

Uma das coisas que eu mais queria nos últimos dias estava prestes a se tornar realidade bem diante dos meus olhos, juro que tentei guarda o sorriso para o final, quando os dois finalmente se entendessem, mas não consegui.

– Olha, eu não sei por onde começar, mas eu te dou minha palavra que eu não queria que aquilo chegasse aquele ponto, eu não tenho uma mente tão psicopata assim... Eu só quero dizer que estou disposto a mudar, crescer um pouco mais, apaga tudo de mal entendido que aconteceu entre a gente desde o começo e segui a diante, recomeçar, podemos fazer isso?

Fagner olhou pensativo para tudo que era lugar antes de finalmente responder e acabar com aquela aflição.

– Pra quê rancor né, a vida é uma só. Podemos sim recomeçar.

– melhores amigos?

– Calma. Vamos nos encaminhar pra isso – diz Fagner nos fazendo rir.

Caio se aproxima um pouco mais e o abraça.

Louco Amor (Lipe "Anjo Apaixonado" CDC)Onde histórias criam vida. Descubra agora