Anos depois

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Já havia se passado 25 anos e eu estava novamente sozinha. Stefan, havia falecido de um infarto a mais ou menos 3 meses e eu entrei em um profundo desconsolo. Era tudo tão difícil sem ele, vivemos uma vida incrível juntos, tivemos um casal de gêmeos, Daphne e Peter. Eles eram inseparáveis, e extremamente unidos, eles acabara de completar 16 anos quando Stefan se foi, era dolorido demais para nós estar sem ele. 

(...) 

Todos seguiram suas vidas, Margô agora morava na Espanha e tivera uma linda filha, Raquel se casou com um homem que ela havia conhecido na Grécia, Marcos? RODOU... Lise e Renan se casaram e ficaram na Califórnia. Meu pai estava vivo, bem velhinho.. morando em minha casa. Jeny já era uma moça e viajava o mundo com sua beleza, virou modelo. E Renan Emberson? Eu não sei. Nunca mais ouvi falar. 

Eu Stefan vivemos uma vida incrível, vinte e cinco anos juntos, agora sei o que meu pai sentira quando minha mãe se foi. Um enorme buraco no peito, que nada pudesse preencher. Toda vez que eu olhava Peter, eu via Stefan, era incrível como eles eram parecidos, e Daphne era minha cópia apesar de ter cabelos castanhos, isso era incrível também. Eles eram filhos maravilhosos, todos os dias quando chegavam em casa me davam um beijo e diziam o quanto eu era especial. Mesmo sem Stefan, eu me sentia bem, pois meus filhos eram minha vida. 

Certo dia eu estava sentada em meu escritório vendo algumas peças de teatro que eu fiz. Ah pois bem, me esqueci de falar que eu me formei na academia de teatro, e após me aposentar virei escritora de peças teatrais. Era maravilhoso, eu realmente sempre tive talento para isso. Daphne apesar de puxar a minha aparência gostava das mesmas coisas que o pai, que era administrar negócios da família;  já Peter era muito parecido comigo, ele gostava de teatro e festas muitas festas. Daphne Às vezes o acompanhava nas festas, mas era raro, ela apesar de ser maravilhosa comigo... não tinha amigos, só um.

(...) 

Eu estava em meu escritorio, quando  eles chegaram do colegio, Daphne entrou correndo gritando que Peter estava namorando uma menina que se chamava Melinda. Peter ficou muito bravo com ela, eu até achava engraçado a forma com que os dois se relacionavam. Daphne era muito reservada, já Peter um verdadeiro garanhão. Sentei-me com Peter e perguntei  se ele gostava mesmo de Melinda, Ele disse que sim e eu disse que queria conhecê-la. Perguntei como ela era e ele apaixonadamente respondeu que ela era branquinha e seus olhos cor de mel e seus cabelos até altura do ombro, ela era meio loira e tinha uma mecha azul no fundo do cabelo. Ela era muito inteligente e gostava muito de teatro assim como ele, perguntei se ele tinha certeza que que gostava dela ele disse que sim. Então eu falei para ele levá-la em casa porque eu queria conhece-la.

(...)

Quando finalmente o dia chegou eu havia preparado um banquete no jardim, era um sábado e Peter tinha acabado de buscar Melinda em sua casa. Quando ela entrou no jardim observei o quanto ela era bonita da maneira com que ele tinha me dito. Ela era muito simpática e doce, ela havia me contado que seu pai e sua mãe acabavam de se divorciar e ela estava muito triste, então eu disse para ela não ficar daquela forma pois ela teria o pai e a mãe e duas mesadas. 

Ela então sorriu para mim e agradeceu pelas palavras de conforto. No decorrer do dia conversamos sobre o teatro, sobre suas viagens, sobre seu irmão mais velho Nolan de 18 anos e etc.. olhei de longe e avistei Daphne, percebi que ela não  se sentia à vontade com a nova cunhada, mas não disse nada. Talvez fosse só uma rincha de adolescentes... passamos a tarde inteira juntos e mais tarde nosso motorista levou Melinda para sua casa.

(...)

Eu estava na maior correria em uma terça-feira de manhã quando Peter e Daphne vieram correndo para eu poder levar eles para escola, estavam atrasados (puxaram para a mamae) isso era comum. Eu sempre levava eles quando estavam atrasados. Peguei o carro, os dois entraram e eu corri em direção à escola, por coincidência Melinda também estava atrasada, desci do carro para cumprimentar seu pai que estava ao lado de fora com a filha. 

Quando cheguei mais perto, ele se assustou. 

- Cléo? 

Eu me assustei ao ouvir aquela voz, olhei para ele e então reconheci aqueles olhos cor de mel... Renan Emberson novamente estava em minha vida.  

Daphne, Peter e Melinda nos olhavam curiosos. E perguntaram em coro.

- De onde vocês se conhecem?

Renan ficou quieto, e eu fui obrigada a responder.

- Vocês não estavam atrasados? Vão logo!!! 

E Então os três correram em direção ao corredor da escola. Dando várias espiadas para ver se estávamos conversando. 

- Que mundo pequeno Cléo! 

- Sim, Renan... pensei que você tinha sumido.

- Então minha filha namora o seu filho?

- Pelo jeito sim. 

- Aqui estamos nós novamente.

- Só que dessa vez, com uma história diferente. 

Ele sorriu, notei que mesmo mais velho, continuava lindo. Só que agora éramos maduros, adultos e responsáveis. Não éramos mais jovens,  tínhamos filhos e responsabilidades, havíamos vivido uma vida separados. E por mais que eu lembra-se dele algumas vezes, não era da mesma forma como era a 25 anos atrás, ele era parte de uma recordação. Reencontra-lo foi muito bom, mesmo sendo estranho, era estranho ver que nossos filhos se amavam, mas não podíamos impedir. Nós sabíamos bem, como era o amor... AHH O AMOR E SUAS SURPRESAS...

Agora viveríamos uma nova história, só que dessa vez com personagens diferentes.

Fim

QUERIDO PROFESSOR 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora