Sob Controle

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Boa leitura. Não se esqueçam de votar na estrelinha.

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Assim que ouvi aquela voz a tensão do meu corpo se desfez na mesma hora. Era Taru que estava atrás de mim, segurando seu cajado de madeira, por mais que estivesse sério ele não era a representação que eu tinha de assustador. Por outro lado Arina e Greta pararam de atacar, provavelmente por Greta ser a guardiã de Taru e por saberem o poder que apenas aquele velhinho sozinho possuía. Encurraladas, Greta abriu um portal atrás de si e sem dizer nada as duas guardiãs desapareceram por ele.

―Você está bem? ―Disse Taru, estendendo seu cajado para que eu me apoiasse para levantar.

―Mas que droga foi aquilo? ―Disse ignorando a pergunta de Taru. Apontando para o rastro de destruição causado pelo ataque de Greta, além de todos os restos dos espinhos conjurados por Arina, que ainda pegavam fogo.

―Energia de Luz Primal. ―Respondeu Taru, também admirado o que havia restado do corredor. ―Greta pode absorver a luz de um ambiente e comprimi-la dentro de um cubo perfeito, amplificando sua intensidade em até mil vezes, criando um feixe de luz que desintegra tudo o que atingir.

―Não é sobre isso que estou me referindo. Porque Arina e Greta me atacaram?

―Não foi apenas você, Greta também atacou Semíramis assim como a guardiã em forma infantil atacou sua mestra, acompanhada do cachorro branco; um guardião sem um mestre, realmente deveras surpreendente. ―Disse Taru provavelmente se referindo a Cérbero, mas isso não vinha ao caso agora já que minha mãe também havia sido atacada por Arina.

―Como Serafim está?

―Não se preocupe ela está bem, pelo menos por enquanto.

Aquilo não me tranquilizou nenhum pouco, várias imagens em que Serafim estava gravemente ferida passaram pela minha cabeça, mas Taru não estaria tão tranquilo se algo assim tivesse acontecido, o que me fez acreditar que era apenas uma aflição normal de filho, assim como quando ela demorava demais no supermercado e já imaginava mil coisas ruins que podiam ter acontecido no caminho, como ter sido assaltada ou atropelada; ainda bem que nada disso nunca aconteceu.

―Neron! ―Gritou Jonathan, vindo do corredor destruído. Ele segurava o braço direito com a mão esquerda, como se estivesse ferido, além de estar com marcas de suor na camisa. Ele estava tentando arrombar a porta do quarto até agora?

Expliquei a ele o que havia acontecido, Jonathan não teria acreditado se não tivesse visto o rastro de destruição, além de ter escutado o som das explosões, disse que foi isso o que lhe deu mais forças para arrombar a porta, mesmo bloqueada pelos espinhos de Arina, porque tinha medo algo pior tivesse acontecido comigo. Se culpando por ter fechado a porta na minha cara mais cedo.

―Pare de dizer besteiras Jonathan, sei que precisava de um tempo para você, só fiquei triste porque queria estar ao seu lado depois do que aconteceu. Não precisa ter medo de chorar na minha frente, porque eu vou enxugar suas lagrimas. ―Disse enquanto aproximava meus lábios dos dele, só que antes que pudesse tocá-los, acabei encostando em seu braço ferido, fazendo Jonathan grunhir de dor.

―Ai!

O braço de Jonathan estava roxo e um pouco inchado de tanto se lançar contra a porta do quarto.

―Você tem sorte de ter um namorado feiticeiro. ―Disse enquanto conjurava um pequeno feitiço de cura, não era um ferimento tão fatal então até mesmo eu podia curá-lo, por mais que a magia das trevas não fosse muito usada para cura.

-Não precisava se incomodar, logo me regeneraria. -Comentou Jonathan, mas um obrigado ja seria suficiente.

Não demorou muito para que Semíramis, Charlotte e Serafim também aparecessem completamente espantadas, sendo que assim que viram o que restava do corredor do castelo ficaram ainda mais preocupadas. Serafim veio correndo até mim perguntando como eu estava, segurando o meu rosto para se certificar que eu estava mesmo bem.

O Corvo e o Lobo 3 - Revolução MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora