O Corvo e o Lobo 3 - Revolução Mágica

O Grande Inventor de Mentiras

Veremos mais um pouco sobre a espada sagrada nesse capitulo. Espero que gostem

Narrador Neron

Agora que a mensagem já havia sido transmitida, restava apenas aguardar a repercussão que isso traria, mas sem sombras de duvidas nada seria mais como antes, tanto para os humanos quanto para os filhos da magia; gostava mais desse nome, pelo menos algo sensato Morgana foi capaz de fazer.

Erigor se despediu com um aperto de mãos, dizendo que Taru teria se orgulhado, porém isso pouco me importava, a maioria dos problemas havia sido causada por ele mesmo e sua mania de esconder a verdade, algo que também possuía não posso negar, só de pensar nisso fez com que um gosto ruim tomasse conta da minha boca. Não queria ser uma versão de Taru e para isso mudanças deveriam ser feitas, dessa vez em mim.

—Jonathan! —Chamei por ele que conversava com sua mãe, fazendo com que ele se virasse assustado para mim.

—O que aconteceu? —Disse ele já se preparando para outra grande bomba, como se algum outro vilão surgisse das sombras e estivesse próximo de me atacar.

—Eu prometo que nunca mais vou esconder a verdade de você, mesmo se estiver com medo.

Ele pareceu surpreso com aquilo que eu disse de uma hora para outra, tinha ficado sem palavras e por alguns segundos apenas me observava. Até que ele me abraçou outra vez, provavelmente na esperança que isso resolvesse todos os problemas, o que realmente resolvia.

—Deveria ter feito você prometer isso a muito tempo atrás.

—Abraço coletivo! —Disse Karasu se apoiando sobre nós, mais nãos sentia peso algum.

Em meio a gargalhadas pude ver Aurea se aproximando da rainha, e como sempre ela não se incomodou nenhum pouco em abaixar seu tom de voz autoritário, para que eu escutasse propositalmente.

—Minha senhora os membros do conselho exigem uma reunião imediatamente com o feiticeiro Neron, para falaram sobre a mensagem transmitida sem que os consultassem ou lhe avisassem.

—Deixe que eu mesmo lido com aqueles homens. —Assim que disse aquilo Semíramis piscou para mim, como se dissesse para que eu aproveitasse aquele momento com Jonathan, Karasu e minha mãe que logo se reuniram ao nosso abraço, puxando Charlotte contra sua vontade para o nosso meio; eu sem dúvidas precisava disso.

Os dias se passaram tranquilamente, já me sentia quase totalmente recuperado com ajuda da minha mãe e de todas as suas poções milagrosas, minha magia já até havia voltado a se manifestar sem problema algum. No entanto era apenas o meu poder, a minha energia escarlate que emanava dos meus dedos, enquanto estava deitado encarando o teto esculpido do meu quarto, não havia nenhum rastro do poder de Escarmom como se tivesse desaparecido totalmente. Ainda era difícil acreditar que ele realmente havia sido derrotado e que não precisava mais me preocupar. Durante várias vezes precisava que Jonathan voltasse a me confirmar que estávamos seguros, passamos tanto tempo lutando por nossas vidas, fugindo e esperando por uma ameaça eminente que acho que tinha me esquecido do que era viver uma vida normal e sem preocupações; bem eu estava gostando disso.

Todavia possuía uma marca em minha pele para que sempre lembrasse de tudo o que tínhamos passado, tinha a impressão que jamais conseguiria me livrar do cristal em meu peito. Talvez fosse ali dentro que estivesse todo o poder de Escarmom, ainda guardado, esperando apenas pelo momento em que fosse precisar dele outra vez. Pelo visto dúvidas e outras perguntas sempre borbulhariam dentro da minha cabeça, quem sabe fosse ali o seu habitat natural e jamais pudesse me livrar delas.