Masmorras

667 133 24
                                    

Boa Leitura, não se esqueçam de votar na estrelinha isso ajuda muito.

...................................................

Não consegui ficar muito tempo naquele lugar encarando minha mãe daquela forma, ainda não conseguia acreditar que aquela era ela, porém o pior era que provavelmente haviam muitos outros feiticeiros neste estado por terem perdido seus guardiões, o que também significava que Morgana possuía um exército inteiro de guardiões além de seus demônios de estimação.

De todos os fins que pensava para uma eminente guerra, em todos nós estávamos em desvantagens, pois uma das maiores raças da Ordem estava praticamente fora de combate, mesmo se toda a Ordem se unisse contra Morgana, estaríamos desfalcados sem uma das raças, sendo que a energia magica usada pelos guardiões poderia deixar os feiticeiros ainda mais fragilizados, se não algo pior levando em consideração a forma com que Serafim está; ela quase lembra um zumbi.

Claro que se eu não podia perguntar a Semíramis como faria para chegar nas masmorras do castelo, aposto que diria a mesma coisa que Charlotte mas já tinha algo em mente.

Não importa para onde olhasse, sempre havia algum servo do castelo caminhando pelos corredores, além dos soldados de armadura que se revezavam para manter a segurança. O que acho um pouco exagerado, pois ainda não havia entendido a ameaça de Aurea sobre existirem perigos pelo castelo, principalmente anoite, justificando assim os quartos serem trancados.

Caminhei até uma das servas do castelo que limpava um grande espelho em um dos corredores. Ela não percebeu que eu me aproximava, se assustando que chamei por ela.

―Desculpa não quis assustar você.

Mesmo com as minhas desculpas ela ainda parecia apavorada, talvez não tivesse se assustado apenas por eu ter me aproximado mansinho mas se assustado por ter sido eu que a chamara. Sempre que me aproximava os servos do castelo eles mudavam de direção ou corriam sem a menor cerimônia, sendo que havia participado do banquete em comemoração ao aniversário de Semíramis sem ocorrer nenhum desses casos. Restando então apenas a teoria que depois que me viram sendo controlado por Escarmom durante a batalha, ficaram completamente apavorados; seria impossível não terem visto.

―A senhora entende a minha língua?

Como não tive resposta e a serva dava pequenos passinhos para trás, apertando seu avental com força, imaginei que ela não entendesse. Muitas vezes presenciei Semíramis conversando com Áurea em sua língua nativa, claro que sempre faziam isso quando não queriam que entendêssemos sobre o que conversavam, sequer conseguia imitar as palavras que pronunciavam, mas pelo tom acalorado de Áurea com certeza não parecia ser algo muito generoso.

"INTELLIGUINT QUID DICUNT"

Conjurei um feitiço simples do livro de feitiços que havia ganhado de Serafim de aniversário, ele não estava mais comigo mas me lembrava perfeitamente do feitiço; uma das vantagens da minha amnésia passageira. Haviam se passado meses desde que fui trazido de volta a vida por Taru e capturado por Arcanjos, porém tinha a sensação de que haviam se passado poucas semanas.

Com o feitiço que conjurei, tudo aquilo que eu dissesse seria ouvido pela serva em sua língua nativa, o que facilitaria em muito a nossa comunicação. Por mais que isso a tivesse deixado ainda mais assustada.

―Me leve até as masmorras do castelo, preciso ver meu cachorro.

Acho que a maneira com que disse aquilo suou como ameaça para ela, pela forma com qual se rosto se contorceu de medo, mas isso de certa forma também ajudou já que ela não fez mais perguntas, apenas saiu apressada pelos corredores.

O Corvo e o Lobo 3 - Revolução MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora