1- Batalhando pela vida

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Valentinn na Mídia 

Capítulo Revisado

Valentinn

Desde que meu pai me pôs pra fora de casa aos 15 anos, eu não sei o que é um ambiente familiar, sempre fui muito afeminado, segundo ele eu era a chacota do bairro, na escola sempre tive boas notas, mas era raro o dia que me deixavam em paz, sempre colocavam apelidos, me chamavam de bichinha, canela, princesinha entre outros que nem vale a pena por aqui pra vocês lerem, minha mãe é uma mulher muito forte porque, aguenta um pai como o meu, tem que ser forte mesmo, mas ela é aquela dona de casa que não teve estudos, que acha que o marido manda em tudo e aceita calada, tenho mais três irmãos, eu sou o caçula.

Meus irmãos e nada tudo e uma coisa só, nunca fomos tão chegados, nunca me defenderam, não que eu precisasse, pois, se bater apanha também, nunca fui de levar desaforos pra casa. Até porque o mundo não é pelos fracos. 

Meu pai quando completei meus 15 anos, me disse que meu presente era o convite de sair da casa dele, que eu já havia feito ele passar vergonha demais, como a tarde eu fazia alguns biquinhos nos salões de beleza, tinha dinheiro guardado. Minha mãe só chorava, meus irmãos estavam incrédulos com o presente do meu pai, e eu aliviado, já que não sou obrigado a está num lugar em que não sou bem-vindo, arrumei minhas roupas, minhas maquiagens, o meu material de trabalho e sai da casa dele, apenas dei um até mais.

Aluguei um quartinho, paguei seis meses adiantados a dona Ana, uma mulher que muitos acham difícil, mas pagando o aluguel em dias ela é um doce.

Eu sempre soube que o mundo pra quem e afeminado é cruel, mas nunca deixei que fizessem de minha pessoa um tapete.

Às vezes minha mãe vinha me ver escondido, trazia sua maravilhosa comida, mas nunca me disse o que realmente pensava, dizia que meu pai um dia iria aceitar. E eu? Nem aí pra ele.

Aos domingos, trabalhava na feira, numa barraca de fruta, era uma gozação com minha cara, mas eu fazia dessa gozação minha arma pra vender. Seu Paulo um senhor de 50 anos que me chamava pra vender as frutas, achava graça quando eu começava a vender, porque o que sobrava era apenas a frutas machucada.

Durante a semana, eu estudava pela manhã meu último ano do ensino médio, a tarde fazia meus bicos e a noite tinha cursinho, queria fazer uma faculdade.

O bom de morar na capital, é que você tem várias oportunidades, só não se destaca se não quiser.

Inclusive trabalhei em casa de família, lavando roupa e fazendo comida, coisa que minha mãe me ensinou bem. Queria era ter o meu dinheiro.

Me engracei com Paulão, um moreno se quase 2 metros de altura, bandido.

As pessoas tinham medo dele, eu tinha respeito agora medo, nunca.

Sempre gostei de usar roupas curtas, valorizando minhas pernas. Usava um aparelho dental que a cada mês eu mudava de cor.

Paulão: Esse short tá! Muito curto gazela, o que é meu não se mostra pros outros.

Eu: Tá aí a resposta, o que é seu, como não sou sua propriedade uso o que me convém.

Paulão: Tinn você não me desafia moleque.

Eu fui bem pertinho dele, colei minha boca no seu ouvido, levantei minha perna empinando minha bunda e disse a ele.

Eu: Saiba que eu não tô te desafiando, mas desde o início, você sabe que nosso lance, você não manda em mim, que sou um passarinho livre, que tenho um macho só, se não confia no seu taco, o problema não e meu, e sim seu Paulão.

Valentinn(a) Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora