Valentinn(a) Romance Gay

6- Jantar Sensual

Capítulo Revisado

Capítulo dedicado a BrennCSouza

Vallentina

Chego em casa, com um tempo curtíssimo para fazer todo meu ritual de beleza.

Tiro minha roupa, e vou procurar um vestido que tem as costas nuas.
Escolho, brincos e uma pulseira, usarei meu escapulário.
Mesmo que ainda não dê para notar, os meus seios estão crescendo, venho tomando meus hormônios, toda semana. Não tive como ir ao endocrinologista, para poder fazer uma consulta detalhada e saber como fazer uso correto desses hormônios.
Tomo um banho, uso um óleo com uma essência muito boa.
Escolho um conjunto vermelho de renda, que consiste em um sutiã e uma calcinha.

Depois de aquendar a neca, me olho no espelho e mando um beijo para meu reflexo, onde vejo uma mulher linda, gostosa, sensual e que pode ter sim um homem como Yuri na sua vida amorosa.
Falando nele, eu achei tão fofo como ele me defendeu. Eu jamais imaginaria que ele faria tal ato.
Eu ainda tenho que me preocupar com Cristina e Diego.
Coloco meu vestido, que ficou desenhando meu corpo, escolho um salto agulha, que tem uma tira fina.
Meu cabelo faço um coque alto, com fios desconectados com uma franja, levemente escovada, deixando com um ar sensual, se é para provocar? Então, vou dar uma aula.
Como uso uma base a prova d'água, retoco a make deixando ela mais noite e uso um batom vermelho fatal.
Passo um perfume que comprei na mão de Dona Cura, segundo ela, é um perfume internacional, só me resta acreditar, esse Angel é um perfume doce, com um toque de frescor.
Meu celular toca e vejo uma mensagem de Yuri, dizendo que está na minha porta me esperando.
Revejo meu look, sigo apagando algumas luzes e deixando apenas meu abajur ligado.

Yuri: Nossa se isso tudo for pra mim, eu me apaixonei mais.
Eu: Não seja tão convencido Yuri, uma mulher não se arruma apenas para um homem e sim para ela mesmo.
Ele beija minha mão, abre a porta do carro, ah já ia esquecendo peguei minha bolsa fina dourada, preta com detalhes dourados também.
Yuri: Que perfume gostoso.
Eu: Obrigada, para aonde vamos?
Yuri: Reservei uma mesa em um restaurante novo que abriu, segundo a crítica, atende a todos os gostos, e você vai ofuscar a beleza do lugar de tão linda que está.
Eu: Não estou acostumada a tantos elogios.
Yuri: Se acostume, pois, eu sempre estarei exaltando a sua beleza.
Eu: Se você diz, quem sou para discordar.
Chegamos no Mayson bistrô, um lugar chique. Ele desceu abriu a porta bem, cavalheiro.
O rapaz chegou e pegou as chaves do carro dele e seguimos rumo ao restaurante.
Moça: Boa noite, sejam bem-vindos ao Mayson bistrô, me chamo Maiara, em que poderia ajuda-los?
Olhando a Maiara, momento nenhum ela me olhou, como se fosse uma aberração, pelo contrário, me olhou com admiração.
Yuri: Tenho uma reserva em meu nome.
Assim que ele falou o nome e o sobrenome, um garçom e o maitre chegou para nos conduziu até nossa mesa que tinha uma vista espetacular.
Yuri pediu um vinho de uma cartela especial.
Logo fomos servidos.
Yuri: Um brinde ao nosso primeiro encontro.
Eu: Primeiro e último.
Eu gosto de provocar o Yuri, não posso ser tão dada.
Yuri: Isso já não posso garantir, meu amor. Eu fiquei feliz que aceitou meu convite.
Eu: Não lembro de ter dito um sim!
Yuri: Detalhes meu amor, apenas detalhes. Sabe que não sou de meia conversa, se eu falar aqui que não estou louco pra te beijar, vou mentir, mas quero algo sério com você, eu sei que já fui mulherengo, contudo só tenho olhos agora pra você.
Eu: Olha vamos devagar, vamos nos conhecer melhor, vamos com calma, afinal esse meu mundo é novo pra você Yuri, você está preparado pra ser o cochicho do momento?
Yuri: Quem te desrespeitar vai conhecer meus punhos, não admito que uma mulher tão linda como você seja alvo de preconceito.
Eu: Violência gera violência meu anjo, não apenas eu sou bonita mas, todas nós travestis, transexual, gays, afeminadas, somos lindas e poderosas, então a violência não é a solução, porém o respeito sim.
Yuri: Me chama de novo de anjo?!
Eu: De tudo que falei, você só ouviu o meu anjo?
Yuri: Meu amor eu ouvi tudo, mas, os seus lábios me chamando de anjo, foi primordial. E farei o que você desejar.
Eu: Muito meloso você hein!
Garçom: Senhor, senhorita, já escolheram o que desejam?
Yuri: Traga as entradas enquanto escolhemos o prato principal.
Logo chegou uns canapés que modéstia parte estavam uma delícia.
Yuri: Sabe Vallentina, vai ser bom te conhecer melhor.
Eu: Porque?
Yuri: Pelo pouco que te conheci vejo que você é uma pessoa doce, não leva desaforo pra casa, sabe ser atenciosa e valente quando é necessário.
Eu: Na vida precisamos aprender a se defender, a minha vida nunca foi flores, luto diariamente pra que nada atrapalhe minha felicidade, a vida de nenhum homossexual é fácil, travamos lutas com nosso corpo em transição, travamos luta por respeito, e o principal, lutamos por nossos direitos.
Yuri: Você é uma mulher forte e sei que ao seu lado eu vou aprender muito mais sobre universo LGBT.
Eu: Que bom! Saiba que nem tudo são flores.
Falamos de assunto banais, coisa que amei foi que momento nenhum ele falou sobre trabalho ou perguntas idiotas, tínhamos muitos assuntos.
Pedimos o prato principal que foi um ravióli de frutos-do-mar com espuma de alguma coisa que não lembro o nome, de sobremesa uma terrina de chocolate com carolinas.
Após ele pagar o jantar, ele me conduziu até o carro.
Yuri: Topa mais um passeio?
Eu: Sei que estou segura em suas mãos.
Seguimos rumo a um parque de diversões, que está instalado na cidade. Havia vários casais.
Paramos na barraca de algodão-doce onde ele comprou um para dividirmos.
Yuri: Vamos à roda gigante? Dizem que todo casal tem que ir na roda gigante.
Eu: E somos um casal?
Yuri: Vallentinna, eu quero uma relação séria com você, não estou iludindo você não, acredita em mim, por favor.
Eu: Vai com calma aí querido.