Quatro

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Quando a comida ficou pronta, Sana arrumou a mesa de vidro com a ajuda de Jihyo, tirou o avental, soltou os cabelos e os ajeitou para trás. Pegou dois pares de hashis de acrílico com carácteres bordados e entregou um dos pares para Jihyo.

A líder agradeceu em japonês e Sana soltou uma risada com jeitinho acanhado.

_Hummm, está perfeito! -Jihyo disse ao comer um dos rolinhos. _Definitivamente a sua culinária é a melhor do mundo.

_Eu prefiro a italiana por causa das massas.

_E eu prefiro a sua pelos sabores agridoces.

Sana a viu sorrir apenas com os lábios e seu coração acelerou, os cabelos curtos capturavam a atenção da japonesa que negava aquele sentimento internamente até a morte.

_Pare com isso. -Jihyo pediu ao limpar os lábios.

_Desculpe. -Sana pediu, sua voz era tão fofa. Era difícil para Jihyo aguentar aquilo tudo, era quase impossível para ser sincera.

Jihyo balançou a cabeça enquanto sorria, sua mente parecia um turbilhão e de repente ficar perto de Sana era algo perigoso demais.

Batidas na porta interromperam o jantar e Sana foi atender, mastigou rapidamente a tempo de abrir e encontrar o caseiro parado ajeitando o cinto. O homem gentilmente disse que aguardaria por elas em sua casa após o jantar.

Sana voltou para a mesa e sentiu os olhos de Jihyo em seu corpo como brasas vivas.

Acabaram de comer em silêncio, esse silêncio se transformou em uma agitação quando saíram da casa à noite. A pequena trilha iluminada levava até a casa do caseiro mais aos fundos da propriedade. O resto do espaço era escuro, Jihyo ia logo atrás de Sana que sentia a respiração pesada em seu pescoço. A japonesa parou no lugar alguns segundos e Jihyo fez o mesmo de supetão.

_Está tudo bem?

_Sim, eu só estou um pouco estranha, não sei. -Sana bufou e continuou andando. Estava nervosa com a presença dela.

As duas chamaram o homem que saiu junto da esposa, a mulher as cumprimentou com uma reverência. Entraram na quatro por quatro, Sana e Jihyo atrás e apenas o homem na frente. Como Jihyo não falava bem japonês todos preferiram ficar em silêncio.

A líder deixou o braço pender para o lado e consequentemente tocou a mão de Sana acabando por entrelaçar seus dedos aos dela.

Durante os quinze minutos de trajeto até a cidade, viram casas tradicionais e jardins impecáveis pelo percurso, o asfalto era bem cuidado e até as estradas de terra chamaram atenção de Jihyo.

_De todos os lugares que já estivemos, esse é o mais aconchegante de todos. -Jihyo falou e a viu concordar.

_Gosto daqui pela tranquilidade e os kanjis antigos. -Sana falou com o tom ainda mais fino, a delicadeza fazia Jihyo se sentir a vontade com ela.

À vontade não era bem o termo.

Na cidade, o caseiro parou o carro no lugar dito por Sana. Jihyo desceu junto dela e agradeceu a Deus pela presença de Sana que conversou com a recepcionista em japonês e ela lhes disse que poderiam subir para pegar a mala de Jihyo.

_Cartão de débito, identidade, passaporte... -Jihyo disse conferindo tudo. _Certo. Vamos.

Colocou a mochila rosa nas costas e viu Sana pegar sua mala com certa dificuldade e insistir em levá-la.

Na caminhonete, a japonesa entrou com a mala a deixou ali e voltou para agradecer a recepcionista. Sana ouviu um clique.

_HEY, VOCÊ! -Gritou para um paparazzi. Por sorte Jihyo estava no carro. _Deus do céu. -Murmurou e voltou correndo para a caminhonete. _Aqueles malditos seguiram você. -Sana disse se referindo ao Dispatch.

TWICE - Sahyo feat. (Kang Daniel) - Eu, você e ele (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora