Vinte e nove

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Parece confuso? Está! Mas vocês vão entender no próximo. Espero que gostem e comentem bastante. Fiquem bem. 💜

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Sana

Há um momento no qual você pensa que sua felicidade morreu naquele instante, naquele milésimo de segundo que se fez presente e se foi tão rápido, seco e doloroso como uma lâmina afiada.

Aquela lâmina cortava com maestria, rápido, fazendo com que a dor viesse forte e constante de uma só vez.

Quando me dei conta, eu estava encarando o teto branco da sala dos enfermeiros, minha cabeça zonza não me permitia pensar com clareza sobre o que eu havia escutado, mas era sobre Jihyo.

Tudo era sobre ela.

Jihyo se tornou a causa da minha alegria, da minha tristeza, de minha paz e da guerra dentro de mim mesma. Ela se tornou toda a substância necessária a minha vida e por mais que eu tentasse ser forte, eu não conseguia porque além de minha fortaleza, ela era a minha fraqueza. Vê-la mal me matava.

Eu pensei sobre isso enquanto caminhava zonza pelo corredor e pensar em como cheguei ali era difícil, muito difícil. Eu vi o intenso movimento de pessoas, as meninas estavam em um bloco de espera naquela cena que partiu meu coração em pedaços ainda menores. Nayeon chorava silenciosamente enquanto Jeongyeon tinha o braço enfaixado a envolvendo num abraço firme. Os cacos de meu coração arderam mais intensamente quando vi Dahyun chorando junto das outras. Era muito, muito doloroso. Eu nunca a via chorar por nada, eram raras as vezes e ali estava bem diante dos meus olhos a alegria do grupo em pedaços.

Eu senti minhas pernas bambas, deslizei pela parede do corredor, jurava que aquele moletom iria me sufocar. Tentei respirar, ato que soava cada vez mais impossível porque eu sentia um ardor forte no peito, meus nervos não respondiam, minha mente se tornou ainda mais confusa. Eu me perdi, eu só podia fazer tudo dar certo com Jihyo, sem ela eu era nada.

Eu a fiz meu tudo e agora eu não tinha nada.

•••

_Sincope vasovagal. -Nayeon ouviu o médico falar sobre Sana. _A pressão arterial caiu e a frequência cardíaca diminuiu. Ela sofreu um baque emocional forte demais, a medicamos e agora só resta esperar. -Ele lamentou.

_Com licença. -O médico responsável por Jihyo se aproximou. Ele havia a recebido na sala de emergências há mais de uma hora. _Preciso dos pais de Park Jihyo aqui.

_O pai dela está a caminho, há um congestionamento na principal, ele está preso lá. -Nayeon disse enxugando os olhos.

_Bom, preciso falar com a senhorita então. -O médico disse, se afastaram poucos metros dali e ele suspirou antes de falar, Nayeon sentiu seu corpo doer mais forte, por alguma razão não conseguia ser confiante. _Jihyo deu entrada com uma perfuração na nuca e outra na barriga.

_O que? -Nayeon ficou afoita._Disseram que parecia raspão...

_Testemunhas contaram aos paramédicos que Jihyo entrou na frente de Jeongyeon para a proteger do tiro, uma bala atingiu a nuca por causa do movimento que ela fez e outra pegou em sua barriga, não muito profundo então ela provavelmente não sentiu nada.

_Então por que falaram que foi raspão? -Nayeon sussurrou.

_Porque não houve sangramento intenso na hora, porém ao retirarmos as balas, ambos os orifícios jorraram sangue, o segundo apesar de não ser tão profundo, atingiu diversos "vasinhos" sanguíneos e-

TWICE - Sahyo feat. (Kang Daniel) - Eu, você e ele (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora